A Rede de Pesquisadores em Comunicação e Música – Rede Musicom – torna pública a chamada de trabalhos para o sétimo encontro nacional, que ocorrerá de 09 a 11 de outubro na UFMG, em Belo Horizonte.
Neste ano eu coordeno o GT 5 – Música, convergência tecnológica e performances em rede, que propõe o debate sobre a música e suas interações com as tecnologias digitais em relação à produção, circulação e consumo nas instâncias de mediações de sites de redes sociais, sistemas operacionais, softwares sociais, etc. A ideia do GT é pensar nas especificidades das culturas musicais nesses ambientes de e nas práticas de digitalização. Dentro disso, as discussões podem contemplar temas como a produção, a circulação e o consumo da música na Internet, performances de artistas (e fandoms) em sites de redes sociais, plataformas de streaming, curadoria digital, novas relações sociais possibilitadas pelas mídias digitais, cenas musicais virtuais, rearranjos, remixes, dentre outros.
A submissão dos artigos vai até 31 de julho. O calendário completo você encontra no site do evento:
Há um tempo que eu queria falar sobre a banda Vera Loca, mas não sabia como intercalar com o som dos caras. E então, perambulando na internet, vi o vídeo clipe que eles fizeram sobre a música “Amanhã pode ser bem melhor”, gravado no estúdio Mubemol, com o Humberto Gessinger. Pensei: “Taí uma pauta bacana!”
O convite!
Os integrantes da Vera Loca me contaram que sempre tiveram vontade de convidar o Gessinger para participar de um show deles, mas havia um desencontro nas agendas. Até que a chance de gravar a música – onde a letra é assinada somente pela banda – veio:
“É muito especial essa parceria. Estar com o Humberto em algum momento dessa caminhada da Vera Loca era um sonho da banda. Já havíamos falado com ele em outras oportunidades, convidando para participar de algum show nosso e ele sempre se mostrou afim, porém nunca deram certo as agendas.” – E ainda completou ao dizer que Gessinger não pensou duas vezes em aceitar o convite para gravar esta canção: “Foi muito generoso com a gente, o que só reforçou toda a admiração que temos por ele”, afirmaram os músicos.
Por e-mail, o Humberto também me disse sobre a satisfação em dividir esta parceria com uma banda que está há 15 anos na estrada: “Eu já tinha recebido convites para participar de show da VL, eles fizeram uma gravação bacana de “Parabólica”, mas minha agenda sempre impedia. A participação em estúdio foi mais fácil de armar. Foi um prazer participar”.
Quando duas bandas se encontram…
Para quem não sabe, a Vera Loca nasceu no Rio Grande do Sul, mas que está tomando uma dimensão maior em outros cantos do país. “Quando se fala de música, essas barreiras de tempo e espaço são bem menos importantes do que as pessoas imaginam. É legal tocar com quem se tem afinidade, independente de quando e onde” – destacou Gessinger quando foi questionado sobre essa ligação com uma banda que surgiu em uma época diferente da sua.
E ainda os caras da Vera Loca contaram que sempre se espelharam nos artistas de outras gerações, pois eles se reinventam na música. “A gente tenta seguir os passos. E também esses artistas estão sempre se renovando, nunca acomodados com o que já conquistaram.”
De fato, a internet colabora muito para que as novas bandas do rock gaúcho cresçam na cena musical. Quando eu perguntei ao Humberto Gessinger sobre a sua percepção diante deste universo tecnológico, a resposta foi a seguinte: “Gostaria de ter estas ferramentas quando comecei, se bem que… se minha circunstância fosse diferente, sabe lá como eu seria”, finalizou o músico.
…
Recentemente, o quinteto Vera Loca lançou um disco de inéditas, intitulado “A certeza de como valeu navegar nesse mar”. E quem também está com novidade na praça é o Humberto Gessinger com a turnê “Desde Aquele Dia” – em comemoração aos 30 anos do álbum “A Revolta dos Dândis”.
Que 2017 venha recheado de pautas interessantes e que o ano seja repleto de shows, clipes, livros, shows, discos, shows, documentários, lançamentos, shows… e eu já disse shows?
Na última quinta-feira, 24 de novembro, a banda Ultramen subiu ao palco do Opinião para lançar o DVD Máquina do Tempo, gravado 8 anos atrás naquele mesmo palco.
Além do lançamento do DVD, o show marcou a comemoração dos 25 anos da banda, que tem 4 discos de estúdio lançados e intercalou sucessos de todos os álbuns, além de “Robot Baby”, composição inédita do grupo. Pouco antes do show começar, o público assistiu a um vídeo do Mestre Guitarreiro Luis Vagner contra o fechamento da TVE e FM Cultura, movimento que a Ultramen também faz parte e endossou essa posição durante boa parte do show, principalmente no bis, quando todos os músicos voltaram com a camiseta “Salve salve a TVE e a FM Cultura” e Tonho Crocco disse que o medo dele – e da banda – não é perder espaço na mídia, mas sim perder a Fundação Piratini, essencial para bandas independentes, artes cênicas e cultura em geral.
Interação entre banda e público foi intensa durante toda a noite (Foto: Carol G. Nunes)
Mas retomando o início do show, que começou com “Tubarãozinho” (depois da “Intro”, seguindo a mesma ordem do DVD), e seguiu com clássicos da banda como “Grama Verde”, “Bico de Luz”, “Dívida”, “General”, “Preserve”, “Máquina do Tempo” e outras várias faixas que estão no DVD, tivemos uma noite com uma energia incrível e público super presente. Aliás, o público era bem mais diversificado do que o do último show que eu tinha visto da Ultramen, no ano passado. Gente de todas as faixas etárias e cores e sabores e amores lotaram o Opinião. Sem cotoveladas e sem empurra-empurra. Andei umas 5 vezes pelo bar, de ponta a ponta, e apesar de estar bem difícil de se locomover por causa da quantidade de pessoas, ninguém trancava a passagem ou te olhava de cara feia. Acho que um público também faz o show. Eu sou jornalista, mas eu também sou público. Eu gosto de circular, de observar – ainda não perdi isso da etnografia, confesso –, e shows da Ultramen são sempre interessantes – do ponto de vista jornalístico e também do ponto de vista etnográfico.
Várias participações também rolaram durante a noite: Buiu em “Esse é o Meu Compromisso”, Manos do Rap (rapper Du e Curumano) em “Erga Suas Mãos”, PX em “Peleia” e o Gibão, batera da Comunidade Nin-Jitsu entrou em “Hip Hop Beatbox com vocal e James Brown”.
BNegão participou em “Baobá” e “Dívida” (Foto: Carol G. Nunes)
No dia 20 de outubro, no Theatro São Pedro, em Porto Alegre, Tonho Crocco lançou o baita disco Das Galáxias. Com participação de BNegão em “Baobá” e acompanhado da in-crí-vel banda Partenon 80, Tonho tocou todas as faixas do disco Das Galáxias e faixas d’Olado brilhante da lua, além de algumas músicas da Ultramen. Além de BNegão, PX também fez uma participação especial em “Peleia”, junto com o mini-sobrinho de Tonho, que estava de aniversário, e matou a pau na coreografia de “Peleia” 🙂
O projeto foi contemplado pelo edital Natura Musical Rio Grande do Sul e já teve seus shows de lançamento por Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro. Vi na agenda que em dezembro eles vão tocar de novo em Porto Alegre e a dica é: vale conferir, pois o show é incrível, muito bem produzido e formatado.
Você pode baixar o Das Galáxias no site da Natura. O disco também está disponível em CD e vinil (comprei o vinil e o som é uma beleza, vale o investimento!).
Acaba de entrar nas principais plataformas mundiais para download e streaming, como iTunes e Spotify, o novo EP do Fire Department Club: Human Nature.
O terceiro EP do quarteto de Porto Alegre conserva a energia frenética de seu indie rock já característico, agora, adicionando refrões e sintetizadores ainda mais poderosos. Human Nature é o resultado de meses de trabalho, com a banda imersa em um mundo de referências oitentistas catapultadas por sua evolução musical e a experiência em festivais na América do Norte. As quatro faixas são complexas e diferentes entre si, mas surpreendem pelo tom “pop”. O vocalista André Ache afirma: “São canções fortes, cheias de nuances e elementos ocultos mas que você pode sair cantando junto na primeira ouvida!”.
Com instrumentais gravados no Estúdio Soma em Porto Alegre, e vocais no TDS Studio de Los Angeles, Human Nature tem a assinatura do produtor musical Luc Silveira. A Mixagem, também feita no TDS Studio, é de Tiago D’Errico, e masterização de Dave Locke (Smashing Pumpkins). Entre os colaboradores do projeto estão o artista plástico Patrick Rigon, responsável pela capa de Human Nature, além da escritora e liricista Gisele Firmino, que mais uma vez contribui nas letras da banda.
Clique aqui e escolha onde quer ouvir o novo EP da banda.