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Agosto veio com tudo para a cantora Pitty: um mês inteiro celebrando os 15 anos do Anacrônico, seu segundo disco, lançado em 21 de agosto de 2005. Como escrevi sobre os 15 anos do Admirável Chip Novo, achei que seria um interessante exercício de memória escrever também sobre os 15 anos do Anacrônico.

Três dias antes do lançamento, no dia 18, eu completava 17 anos; então um disco novo da minha cantora favorita foi um bom presente de aniversário. Em abril daquele ano, vi um show em Santa Maria, na região central do Rio Grande do Sul, onde Pitty tocou “Brinquedo Torto” e talvez “A Saideira” e/ou “Anacrônico” (“Brinquedo Torto” é a única que tenho certeza, pois já sabia de cor e porque segue sendo uma das minhas preferidas do disco); uma versão muito mal gravada de algum show circulava na internet, provavelmente na comunidade Viciados em MP3 da Pitty, no Orkut, onde tinha de tudo – menos os discos oficiais, regra primordial da Comunidade. Lá eu também devo ter feito o download de “Déjà Vu”, “Claritin D” (que virou “Aahhh…!”) e “Seu Mestre Mandou”, todos áudios extraídos de algum show, e “O Muro”, só para citar algumas.

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Pôster do disco, que veio em algum caderno (Acervo pessoal)

Depois, vi o show de lançamento da turnê em Chapecó, no oeste de Santa Catarina, porque arrumei uma carona até a cidade, o que acabou me fazendo abrir mão da viagem para o show em Porto Alegre. Foi a pior troca que eu poderia fazer, pois quase não tenho lembranças deste show – o que me leva a crer que muito das nossas memórias se associam aos locais onde estas ocorrem; no caso, pra mim, o bar Opinião, palco da maioria dos shows que vi da Pitty. Por exemplo, lembro perfeitamente de outro show, ainda da turnê Anacrônico, que vi no Opinião, em 2006. Essas viagens me renderam um prêmio: na época, a Na Moral, antiga produtora que cuidava da carreira da cantora, fez uma promoção chamada “Mochileiros Pitty”, que premiava pessoas com as melhores histórias de viagens para shows. Ganhei uma mochila vermelha do Anacrônico, que usei até desmanchar, literalmente. Levei várias vezes em um sapateiro para consertar, até que ela se despediu deste plano, sem registros fotográficos, mas com muitas histórias que ficam para outro momento – inclusive a que eu contei para ganhar a mochila.

2005 foi um ano movimentado na banda: a saída de Peu Sousa e a entrada de Martin Mendonça, vindo da excelente Cascadura, deu uma encorpada nas guitarras do segundo disco. No primeiro show que eu vi com o Martin (aquele em Santa Maria, ainda do ACN, mas já com spoilers do Anacrônico), ele tocava praticamente o show inteiro com uma Fender Stratocaster amarela/branca-encardida, muito diferente das performances que eu tinha visto com Peu, onde ele trocava de guitarra várias vezes ao longo do show. A guitarra amarela/branca-encardida de Martin, de onde saíram muitos riffs que até hoje ecoam em nossas cabeças (e o solo de “No Escuro”, que ele gravou bêbado após uma desvairada epopeia em um brinquedo que te derruba em um colchão), aparece no Sessões Anacrônicas, que documenta as gravações do disco e vai ser disponibilizado em breve. Se não me engano (me corrijam se eu estiver errada), o lançamento do Sessões Anacrônicas foi no formato DualDisc, onde de um lado tínhamos o áudio do disco e do outro lado o documentário, o clipe da faixa-título e uma galeria de fotos. Ganhei o DualDisc de presente de formatura do Ensino Médio, onde entrei justamente com “Anacrônico”, que naquele ano continha o riff de introdução MAIS AFUDÊ da história das entradas em solenidades de formaturas do Ensino Médio.

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Recortes e revistas sobre a divulgação do disco (Acervo pessoal)

Ainda contextualizando esse período, em 2005 Pitty foi indicada a inúmeros prêmios, vencendo alguns dos mais importantes, especialmente no Prêmio Multishow de Música Brasileira e no VMB. O Pitty-List começava a se expandir, e consequentemente outras listas e fã-clubes foram surgindo e organizando a galera para os mutirões de votação. Desses prêmios de 2005 como, por exemplo, melhor cantora e vocalista da banda dos sonhos, talvez o de Ídolo MTV tenha sido o mais marcante. Lembro como se fosse hoje do discurso e do impacto no público que estava se formando (para acompanhar a carreira de um artista e como indivíduo, mesmo). Se trazido para os dias de hoje, o discurso ajuda a refletir sobre a cultura do cancelamento de artistas e a quebra as projeções nos relacionamentos entre fã e ídolo. Não vou me estender nesta observação porque tenho em mente outro texto sobre a arte ser superior ao artista e o cancelamento (principalmente retroativo) na era digital, mas vejam o discurso e pensem quais discussões ele pode incitar e como podemos reformular a visão que temos sobre nossos ídolos (e pra essas discussões, me chamem!).

EM 2020, BABY STREAMER E FEITICEIRA

Uma pandemia afetou o mundo inteiro e trouxe à tona a dependência que temos da cultura. Obras literárias, musicais, televisivas: recorremos a todo tipo de arte para atravessar este período de maneira mais confortável – muitas vezes, fugindo momentaneamente da realidade. Junto com isso, nos deparamos com um sistema frágil – falando aqui somente da área do entretenimento – e que não oferece auxílio aos artistas (e suas equipes) que não estão podendo exercer a atividade de onde tiravam seu principal sustento: o show ao vivo. A despeito dessa problemática, que envolve assunto demais para tratar neste post, as lives explodem como uma alternativa à aglomeração presencial; num primeiro momento, fujo de todas, atordoada com tanta informação e já exausta do mundo-tela que viria pela frente. Depois, me amanso e aceito que é preciso trabalhar com o que se tem, além de aos poucos ir escolhendo por quais canais e com quem, de fato, é proveitoso interagir.

Um desses canais foi a Twitch, plataforma de streaming da Amazon, para onde vários músicos migraram durante a pandemia. Antes habitado especialmente por gamers, a Twich vem ganhando artistas e público que até então estavam no YouTube e no Instagram, principalmente.

A Pitty foi uma dessas, que está lá há pouco mais de três meses, e já contabiliza quase 34 mil seguidores. No texto sobre os 15 anos do ACN, comentei sobre sua forma de contato com o público, passando por todas as possibilidades de interação (lista de discussão, flogs etc), fortalecendo a rede criada em 2003 e estimulando o pensamento autônomo de sua audiência, focando no que mais importa: a música. Seu canal na Twitch vem para dar mais um passo nessa direção: mais do que lives musicais, a cantora apresenta uma programação semanal onde debate diversos assuntos relacionados especialmente à arte, mas também joga conversa fora, num esquema audiovisual do Boteco que havia em seu site.

Falando em boteco, deixo aqui um post de exatos 15 anos atrás, onde Pitty fala sobre o trabalho de divulgação do álbum. Massa reler isso, não? E tem história nessa história…

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Print tosco do Boteco em 12 de agosto de 2005


AGOSTO(SO)

E a programação especial de comemoração do Anacrônico começa amanhã, em um papo com a fodástica cantora e compositora Josyara (procure conhecer!). Por aqui, estou bastante empolgada para acompanhar tudo o que vai rolar. No dia 18, ao invés de um Zoom Party, aparentemente vou ter que fazer uma Twitch Party, já que uma conversa sobre o Sessões Anacrônicas é imperdível. Abaixo, a programação completa:

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Programação de agosto no canal da Pitty na Twitch

Bom, por hoje é isso. Feliz aniversário, Anacrônico! ❤
Nos vemos novamente no aniversário de 15 anos do {Des}Concerto ao Vivo 😉

PS: Estou sem meu HD externo, por isso não postei fotos dos shows que comentei. Também não estou com meu DualDisc, por isso não tenho certeza do conteúdo exato que tem nele. Esses recortes, pôsteres e crachá (que ganhei de alguém da produção no show em Santa Maria) são coisas que achei na casa dos meus pais.

Desde que voltei pro RS eu fui atropelada pela minha tese de doutorado. Não escrevo nada por aqui desde o Coquetel Molotov, que rolou em outubro do ano passado, mas achei que essa era uma data especial e não poderia deixar passar em branco.

O Admirável Chip Novo, disco de estreia da Pitty, completou 15 anos no último dia 7 de maio. Há 15 anos eu tinha 14 anos. Uma adolescente virada em hormônios e com uma enorme disposição pra “fazer arte”, como diz minha mãe. Se fosse no sentido de ser artista seria ótimo, mas era no sentido de ser arteira, mesmo. Estava no 1º ano do 2º grau (que nem deve mais ser chamado dessa forma), usando roupas do avesso porque não queria fazer nada que fosse correto (que absurdo roupa ter lado certo pra usar) e era um misto de “Maladragem” (Cássia Eller), “Lithium” (Nirvana), “Arrastão do Amor” (Comunidade Nin-Jitsu), “Queimando Tudo” (Planet Hemp), “Suck My Kiss” (RHCP) e “Rebelde Sem Causa” (Ultraje a Rigor), basicamente.

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Recorte da capa do 2º Caderno da ZH onde anunciava o show da Pitty pela primeira vez no RS. Junho de 2004 (não sei a data exata e a pasta onde guardo tudo isso está na casa dos meus pais)

Na minha casa não tinha TV por assinatura, então a gente não tinha MTV. Não vi quando o clipe de “Máscara” foi lançado, mas logo fiquei sabendo porque uma amiga me contou. Perguntei (no ICQ) o que ela andava escutando, ela disse que gostava de “Máscara”, da Pitty. Abri o Kazaa (!), procurei e baixei. Achei aquilo muito, muito, muito estranho. A música era foda, pesadona, guitarrão, mas não sabia se gostava do timbre da voz da cantora; ela parecia meio afobada, também. Aquilo era estranho, mas também era interessante, então de alguma forma acabou me pegando, me deixando curiosa, porque no final de semana seguinte (os jóvis de hoje nunca vão saber como era conectar internet discada às 14h da tarde do sábado e só desconectar no domingo de madrugada) resolvi baixar outras músicas. Tentei baixar “Emboscada” e veio uma música do Leonardo (ah, as maravilhas do Kazaa). Procurei de novo, baixei “Emboscada”: opa! essa aí é legal. Baixei “O Lobo”, “Do Mesmo Lado”, “Temporal” e quando baixei “I Wanna Be” bateu imediatamente: aquela letra fazia totalmente sentido pra mim. Num Top 3 do ACN, ainda fico com “I Wanna Be”, “Do Mesmo Lado” e “Só de Passagem”. Ao vivo, “Máscara”, “Admirável Chip Novo” e “Equalize”. Aliás, eu só fui gostar de “Máscara” e “Equalize”, por exemplo, um pouco mais tarde, justamente quando vi a execução dessas músicas ao vivo. Pra mim a apresentação-chave foi “Máscara” no VMB de 2003. Ali foi o exato momento em que algo acendeu dentro de mim e nunca mais apagou. Também fiz o download da apresentação, claro, assistia ininterruptamente e ficava pausando pra anotar o nome das bandas baianas que Pitty fala no meio da música, fato que desencadeou minha quase-obsessão pela cena de rock de Salvador, sendo fortemente acentuada com o lançamento do Admirável Vídeo Novo, mas esse é outro longo assunto.

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Recorte também da capa do 2º Caderno da ZH, falando dos shows que rolariam em novembro de 2004. Fui no de POA e no de Portão

No ano seguinte, Pitty se apresentaria pela primeira vez em Porto Alegre. Era junho de 2004, eu já tinha 15 anos, praticamente uma adulta, uma mulher super experiente, e que, mesmo assim, a mãe não deixou viajar porque a passagem era muito cara e nem tinha ônibus direto da minha cidade natal pra POA. Ela veio novamente para o RS ainda naquele ano, e dessa vez eu estava decidida que daria um jeito de viajar pra POA e ver o show. Semana vai, semana vem, eu era a única pessoa que tinha computador com gravador de CD na minha turma, e esse foi o jeito que eu achei de juntar dinheiro pra passagem: comecei a gravar cópias piratas do ACN, com mais algumas músicas aleatórias que a pessoa quisesse, porque tinha espaço no CD-R, e vendia por 5 pila. Além de eu nunca ter comprado o ACN, ainda fazia cópias do disco para as outras pessoas. Um exemplo de fã, diga-se de passagem. Consegui juntar 45 pila, não lembro se esse era o valor exato da passagem, mas mesmo assim a minha mãe decidiu que eu não iria viajar 450 km sozinha de ônibus de linha. Tentou me convencer dizendo que se eu não fosse no show ela compraria um violão elétrico que era meu atual sonho de consumo – um Eagle preto que eu namorava numa Loja Multisom, em Ijuí, onde minha irmã estudava na época –, então eu não tive outra alternativa: precisei chorar copiosamente durante uma tarde inteira (bem rebelde, ela) pra minha mãe deixar eu ir pra POA. De quebra, ainda ganhei o violão, que tenho até hoje.

Sempre lembro que eu mandei um e-mail pra Pitty avisando que eu ia viajar pra POA pra ver o show dela pela primeira vez, porque, né, do alto do meu egocentrismo-adolescente-leonino, aquilo precisava ser comunicado (na verdade, era muito potencializado pelo contato através do Pitty-list, mas esse também é outro assunto e só quem viveu sabe como aquela época foi divertidíssima – e chuto, numa análise muito rápida, essencial pra formar uma rede que perdura até hoje). Ela respondeu dizendo que esperava que aquele fosse um dia especial na minha vida. Foi tão especial que eu ainda estou aqui.

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Turnê do ACN, primeiro show que eu assisti. Bar Opinião – POA, 19/11/04

Seria extremamente repetitivo se eu começasse a falar dos shows da Pitty – tem um arquivo inteiro nesse blog só sobre isso. Mas eu me sinto muito sortuda por ter acompanhado sua carreira desde o primeiro disco, podendo discutir tudo o que permanece, o que mudou, e curiosa com o que ainda vem pela frente. Ficaria horas escrevendo sobre isso, tranquilamente.

Em outra análise muito rápida, acho que a Pitty conseguiu, nesses 15 anos, lidar muito bem com todas as mídias e formatos de consumo musical: CD, vinil, dual disc, streaming, single em vinil, single digital, youtube, agora K7, ou seja, soube explorar a variedade de formatos desde que estreou nesse mundão da indústria fonográfica. Na questão do contato com o público, também: lista de discussão, flogs e todos os sites de redes sociais que foram surgindo pelo caminho, falando diretamente com/para seu público, fortalecendo aquela rede que eu citei anteriormente. Quando eu andei em uma vibe mais digital e surgiu a hipótese de ela ser um dos meus objetos na tese, recuperei todos os arquivos de listas de discussão e materiais entre 2004 e 2017, analisando a tal “coerência expressiva” que a gente tanto discute nos estudos de Comunicação e Performance. Mas esse também é outro assunto e acabou que minha tese não foi por esse caminho, então tudo o que eu analisar sobre ela, no momento, é só por diversão.

Por fim, acho que a comemoração dos 15 anos do ACN vale muito mais pelo projeto do que somente pelo disco. Por mais que eu tenha sentido uma identificação imediata com “I Wanna Be” e na sequência com as outras músicas, olhando pra trás o que me marca mesmo é o conjunto da obra: CD, DVD, identidade visual, postura, comunicação com o público, discurso, site, clipes, turnê. Foi um lançamento cheio de vigor e coerência em uma época já digital, repleta de distrações e superficialidades, fazendo com que Pitty se tornasse o nome mais consistente de sua geração.

Feliz aniversário, Chip Novo

Carol Govari Nunes@carolgnunes

A banda Sabonetes abriu o show para o Jota Quest aqui, em Passo Fundo e Alvorada (Foto: Carol Govari Nunes)

Na última sexta-feira, dia 20, Frederico Westphalen recebeu, na Ecco Eventos, a banda Jota Quest em uma noite memorável e com muitas atrações. A banda mineira, que iniciou sua turnê que celebra os 15 anos de estrada, trouxe consigo os Sabonetes (leia aqui a entrevista com Wonder, guitarrista da banda), curitibanos radicados em São Paulo, como banda de abertura.

Depois do voo que traria os Sabonetes até Chapecó (SC) ser cancelado, a banda teve que pegar um voo até Porto Alegre, de onde vieram até Frederico Westphalen com uma van fretada pela companhia aérea.

Chegando direto de Porto Alegre ao local do show – e na hora do show (por volta das 23h), os Sabonetes subiram ao palco dando abertura à noite que ali se iniciava. Apesar do desgaste da viagem, a banda fez um show de aproximadamente uma hora e meia, animando o público que lotava a Ecco Eventos. Artur Roman, vocalista dos Sabonetes, comandou o show com a dignidade de um belo e eficiente frontman. Conversou com a plateia, pulou, cantou e tocou guitarra durante todo o show, além de pará-lo assim que uma garota desmaiou. Devido ao calor e pouca circulação de ar no local, alguns acidentes, como este desmaio, aconteceram. Assim que a garota foi retirada da grade que separava público e banda, o show, que estava se encaminhando para o final, prosseguiu.

Além das músicas do álbum Sabonetes (2010), a banda fez versões de “Should I stay or should I go”, do  The Clash, “Last night”, dos Strokes e “Seven nation army”, do White Stripes, essa cantada pelo guitarrista Wonder Bettin.

Quem foi até o local sem saber da presença dos Sabonetes teve uma feliz surpresa. Músicas de qualidade e bem executadas, mostrando fazer parte de uma ótima leva de bandas que estão aparecendo no cenário do rock nacional. A aceitação do público ficou visível durante todo o show e principalmente no final, quando os músicos se juntaram ao público para prestigiar o Jota Quest e foram surpreendidos pelas pessoas que apareceram para cumprimentá-los.

O Jota Quest apresentou os maiores sucessos destes 15 anos de banda (Foto: Carol Govari Nunes)

O Jota Quest, atração principal da noite, foi aclamado logo de entrada: muitos gritos fizeram coro assim que Rogério Flausino, vocalista da banda, apareceu no palco. Com um set list passeando pelos 15 anos de banda, o Jota Quest apresentou seus maiores hits durante o show – não tinha quem não cantasse ou conhecesse as músicas. Flausino elogiou a banda de abertura e conversou com o público em diversos momentos do show, além de agradecer os patrocinadores do evento e contar um pouco desses 15 anos de história da banda. O show teve mais ou menos duas horas de duração – muito mais que o esperado. A banda, que também sofreu com atraso e cancelamento de voo, mostrou-se disposta durante todo o tempo, acabando com os comentários de que bandas famosas mostram-se indiferentes quando o público é pequeno. Flausino fez parte do sempre presente coro “Ah, eu sou gaúcho” e ainda comentou que os mineiros não têm essa empolgação do público do Rio Grande do Sul, aumentando o delírio dos que estavam ali presentes.

Quem seguiu com a festa no palco ao lado – porque o palco do Jota Quest em seguida foi desmontado, devido aos shows do final de semana – foi a banda local Fliperama. A Santo Graau apareceu para tocar 3 músicas com a Fliperama, que embalou o final da noite com sucessos oitentistas como, por exemplo, Cazuza, Iron Maiden, TNT, Van Halen e uma lista gigante de nomes famosos.

A Fliperama encerrou os shows da noite com os grandes clássicos dos anos 80 (Foto: Carol Govari Nunes)

Apesar de uma gripe que deixou o vocalista Sandro Vieira quase sem voz, o show foi impecável, tanto que Rogério Flausino e P.J (baixista do Jota Quest) foram conferir junto com o público o show da Fliperama. Nos bastidores, Flausino, ao escutar o som da Fliperama, comentou que a banda era muito boa e em seguida saiu do camarim, andou pela Ecco Eventos e parou em frente ao palco para assistir ao show. Obviamente, muitas pessoas foram até ele para conversar e tirar foto, que foi extremamente atencioso com todos.

O mesmo aconteceu na parte subterrânea do local, onde um DJ seguiu tocando até amanhecer. Lá, Flausino também tirou fotos com fãs e aproveitou a festa até a hora que a van que os levaria para o hotel foi embora.

No sábado as bandas tocaram em Passo Fundo e hoje na cidade de Alvorada.

Você pode conferir toda a agenda dos Sabonetes no site da banda e ficar sabendo por onde o Jota Quest passa durante essa turnê de comemoração no site Jota 15, feito exclusivamente para a comemoração da data.