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Antes tarde do que muito mais tarde, resolvi fazer um resumão de todos os shows que vi durante os 6 meses que passei em Montreal (3 shows – The Interrupters, Rat Boy e Masked Intruder – vi em Quebec City, e outros 2 shows – The Creepshow e Quinzelle – foram em Ottawa).

Os que já estão publicados aqui no blog são aqueles em que fui credenciada como imprensa; os outros, como não encontrei tempo para escrever e postar (atividades, prazos e relatórios do doutorado-sanduíche, sabem como é), vou escrever rapidamente neste post. A ideia é fazer um registro, mesmo, apenas uma lista com links para as bandas, caso alguém tenha interesse em ouvir. Dos shows que mais me impressionaram, vou fazer alguns comentários – nada muito crítico ou aprofundado.

Vale lembrar que Montreal é uma cidade conhecida por seus festivais de música. Além dos festivais, é uma cidade onde rolam dezenas de shows absolutamente t-o-d-o-s os dias. Eu passei o inverno lá – quando teoricamente qualquer cidade dá uma hibernada e, afinal, peguei temperaturas de -30ºC (feels like -35ºC) –, e mesmo assim tive que escolher no que não ir. E no início de 2019 precisei focar em todas as chamadas de artigos e eventos científicos, então não consegui ver nada durante janeiro e fevereiro.

Por uma questão de ordem, vou listar todos os shows, e os que já estão postados, vou colar o link para o texto 😊

2018

10 de novembro: Stiff Little Fingers (abertura: The Mahones)

22, 23 e 24 de novembro: Montreal Ska Festival com Danny Rebel & The KGB, The Hangers, Foolish, The Planet Smashers, The Dreadnoughts, The Sentries, Rub-a-Dub Rebels, The Void Union, The Peelers e The Classy Wrecks.

8 de dezembro: K-Man & The 45s, Sprankton, The Slums, The Cardboard Crowns

13 de dezembro: The Lef7overs, Lousy Riders, Muffler Crunch e Nightwiches. Ponto alto, na minha opinião, para The Lef7overs, que pude ver novamente em 22/03/19, e Muffler Crunch, um duo pesadíssimo composto por Angie “The Barbarian” na bateria/voz e Luc Lavigne (guitarra/voz). Vale pesquisar, ver vídeos – ao vivo, de preferência. Baita performance, acreditem.

2019

8 de março: Danny Rebel & KGB. Já tinha visto a banda no Montreal Ska Festival, mas neste dia, no Hurley’s Irish Pub, o som estava muito melhor. A banda é ótima, tem ótimos discos. Vale a pena procurar.

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Pixies (Foto: Carol Govari Nunes)

13 de março: Pixies e Weezer (abertura: Basement). Os shows aconteceram no Centre Bell, ginásio onde ocorrem as partidas de hóquei e também shows grande em Montreal (comporta mais de 30 mil pessoas). O show do Pixies entrou no Top 5 dos melhores shows que já vi até hoje. A banda nunca esteve entre as minhas favoritas, mas fiquei realmente impressionada com a precisão e perfeição da execução das músicas. Um show incrível. O do Weezer foi um show muito bom, em termos técnicos, mas que não me emocionou. (E talvez eu tenha ficado tão impactada com o Pixies que nem tenha conseguido dar a devida atenção ao Weezer)

15 de março: The Sentries (que eu já tinha visto no Montreal Ska Festival. É uma big band com um bom repertório e um bom show) e The Beatdown

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The Interrupters (Foto: Carol Govari Nunes)

19 de março: The Interrupters, banda de ska-punk, uma das minhas preferidas, atualmente. A abertura ficou por conta do Rat Boy e Masked Intruder. O show do The Interrupters foi ótimo, superdivertido, pra cima, como todas as músicas dos 3 discos (todos produzidos pelo Tim Armstrong e lançados pela Hellcat Records, vale apontar). Os irmãos Binova se destacam muito mais do que Aimee “Interrupter” Allen, vocalista da banda, mas é um show que funciona bem.

22 de março: Mustard Plug, PLMafia e The Let7overs

23 de março: Amanda Fucking Palmer. Bom, o texto tá todo ali, mostrando que eu fiquei de cama depois desse show. É totalmente um exagero e parece mentira: mas sim, fiquei destruída. É um texto enorme, emotivo, que eu escrevi porque precisava escrever. Hoje estou ótima, recuperada, apenas com as cicatrizes. Fazer o que, né? Alguns shows causam esse impacto em mim.  ¯\_(ツ)_/¯

26 de março: David Rourke Trio (com André Withe e Eric Lagagé) e outras duas bandas de jazz de estudantes da McGill University.

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The Creepshow (Foto: Carol Govari Nunes)

3 de abril: Concordia Jazz Students – uma jam session com duas bandas de estudantes da Concordia University. Duas vezes por semana os estudantes se reúnem para essa jam no Upstairs, um ótimo bar de jazz que tem em Montreal.

6 de abril: The Creepshow – banda de psychobilly, com ótimos discos, mas um show beeem morno (pelo menos nesse dia) e Quinzelle.

Bom, é isso 🙂

Até o próximo show – agora no Brasil.

 

Natalia Nissen@_natiiiii

O último final de semana do mês de abril foi agitado na cena rock and roll de Frederico Westphalen. O festival “Vive La Résistance” foi um sucesso e o público rocker superou as expectativas nos dois dias. A banda Vera Loca voltou à cidade e encerrou o final de semana em grande estilo com um show ovacionado pelos fãs neste domingo, 29, na Expofred 2012.

Milhares de fãs assistiram ao show da Vera Loca (Foto: arquivo da banda)

Na plateia pessoas de todas as idades aproveitaram a apresentação que durou aproximadamente uma hora e meia e nem pareciam se importar com o frio de 12ºC. Os sucessos de várias etapas da carreira que completou 10 anos no mês de fevereiro foram acompanhados pelo coral da plateia, entre eles “Parece Que Foi Ontem”, “Borracho Y Loco”, “Palácio dos Enfeites”, “Preto e Branco” e “Maria Lucia”. Fabrício Beck, o vocalista, ainda brincou afirmando que o público estava muito afinado “tá parecendo o Coral do Auxiliadora” (tradicional grupo de coral reconhecido em todo o Rio Grande do Sul).

Os integrantes da Vera Loca não mostraram apenas técnica, mas também, carisma e muito entusiasmo durante todo o espetáculo. O vocalista surpreendeu com sua interpretação de “Back In Black” e “Highway To Hell” do AC/DC, não deixou a desejar sequer na representação dos trejeitos de Brian Johnson. A banda impôs respeito e mostrou que não faz música só por brincadeira.

Mumu, baixista, era o aniversariante do dia e recebeu os parabéns dos fãs e dos companheiros de banda e, ainda, afirmou que o grande presente pela data foi o show. Antes do encerramento a banda atendeu a alguns pedidos do público, era o momento em que a Vera Loca toca o que os chamados “veralocos” pedem.

O vocalista foi quem mais interagiu com o público, enalteceu que a banda estava muito feliz por participar da noite dedicada ao rock e disse que receberia todos os fãs no camarim, nem que precisasse ficar no local até amanhecer a segunda-feira. Ainda agradeceu, principalmente, aos que votaram na banda para ser a grande atração de rock and roll da Expofred. Em entrevista dada ao The Backstage a banda fala um pouco sobre a relação com o público de Frederico Westphalen, para ler é só clicar aqui.

Canja Rave: 100 shows em 2010

Posted: 08/12/2010 in Entrevista, Pop, Rock
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Natalia Nissen@_natiiiii

O duo de pop rock formado por Paula Nozzari e Chris Kochenborger vai completar 100 apresentações feitas em 2010. A banda Canja Rave está na ativa desde 2005, desde então já tocou em vários, e importantes, festivais no Brasil e no resto do mundo. Este ano foi lançado o segundo álbum – “Badango” – que contou com versão em vinil. “Badango” foi gravado no estúdio do produtor musical Jim Diamond (que produziu os dois primeiros discos da dupla White Stripes).  Aqui no The Backstage você confere uma entrevista exclusiva com a dupla.

Canja Rave (Foto: Fabio Nagel - divulgação)

The Backstage: Por que “Badango”?

Canja Rave: “Badango” é a mistura de duas expressões muito usadas: o nosso “Bah” e “Dango” –  falado especialmente em Detroit (uma abreviação de “damn good”). Quando estávamos lá criamos essa palavra que acabou virando uma gíria entre todos nossos amigos.

TB: O primeiro álbum de vocês foi gravado ao longo de um ano, no Estúdio Submarino Amarelo. O “Badango” teve um processo completamente diferente, gravado em Detroit, durante cinco dias, é isso mesmo? Como aconteceu essa gravação, muito cansativa?

CR: Sim, o segundo disco foi gravado com outro conceito…a moda antiga! Gravamos tudo ao vivo, não utilizamos recursos digitais, usamos instrumentos anos 50, 60 e 70 e em fita de rolo!! Foi uma experiência desafiadora, pois para gravar com o Jim Diamond teria que ser assim. Ele é incrível principalmente na timbragem dos instrumentos e costuma gravar tudo muito rápido. Ele não gosta de gravar com bandas que repetem muitas vezes a mesma música. Para ele, quando você repete uma canção ela perde a espontaneidade. Nós optamos por experimentar essa fórmula e detalhes mínimos que em outras gravações seriam corrigidos, nós deixamos, pois o  disco “Badango” é o mais fiel possível ao que somos ao vivo.

TB: No blog da Canja Rave vocês colocam fotos e detalhes sobre as viagens que fazem durante a turnê internacional (deixando qualquer um com vontade de fazer as malas para ir viajar também), isso é uma maneira de manter a aproximação com os fãs brasileiros? Do que vocês sentem mais falta quando estão fora?

CR: Com certeza o blog é uma forma de aproximação com o público! Nem sempre conseguimos deixar atualizado como gostaríamos por causa da correria… Sempre nos organizamos para, além de tocar, também conhecer um pouco dos lugares, pois uma das coisas mais legais dessa  profissão é justamente o fato de conhecer cidades, países, culturas e pessoas interessantes. Tentamos aproveitar ao máximo e depois contamos um pouquinho destas experiências no blog. Quando estamos fora acho que sentimos mais falta das famílias, claro, e da comida do Brasil.

TB: Vocês gravaram o segundo disco e fecharam 100 shows em 2010. Qual a expectativa para o 100º show? Ele vai ser como os outros ou vai ter algo de especial?

CR: O ano de 2010 foi maravilhoso pra gente, evoluímos muito como banda e como pessoas! O show 100 será igual aos outros, faremos com a mesma energia e dedicação, pois todos foram muito importantes, afinal se não fosse o show 25 ou 46 não haveria o 100º, certo? Claro que no fim haverá uma sensação de missão cumprida, pois foi exatamente o número de shows que estipulamos como meta para esse ano.

TB: E dos shows que vocês fizeram, algum marcou mais que os outros?

CR: Nossa! Foram muitas situações loucas e novas, muitos shows foram marcantes. Tocar com -11 graus e muita altitude foi bastante difícil…dirigir e carregar os equipamentos na neve em Utah, USA…ter um show de strip tease antes do nosso show no interior da Inglaterra, tocar em festivais onde nenhuma banda brasileira havia tocado como o Motorcity Special e Blowout em Detroit, ter ganhado o prêmio do site Sonicbids pela participação no South by Southwest em Austin, Texas e ser a banda principal no Festival The Music Think Tank em Milão, Itália, ah e o show em Hamburgo, Alemanha que foi totalmente acústico, sem bateria, foi bem legal também!

TB: A Canja Rave já tem planos para 2011?

CR: Continuar indo tocar onde quiserem nos ouvir!

TB: Vocês conhecem Frederico Westphalen? Existe a possibilidade da Canja Rave passar por aqui?

CR: Eu (Paula) já tive a oportunidade de tocar na cidade com a Cidadão Quem e seria um prazer poder voltar com a Canja Rave, claro!! Ficaremos muito felizes se alguém quiser contratar nosso show, estamos a disposição!

Grande abraço a todos e feliz 2011!!!

Paula & Chris – Canja Rave

Quem quiser saber mais sobre a banda pode ouvir no My Space e ver no blog.