Carol Govari Nunes – @carolgnunes
Neste sábado, 15, a banda Cartolas se apresenta em Frederico Westphalen. Há quatro meses parada, a Green Lounge reinaugura seu espaço e comemora 3 anos de grandes e comentadas festas. Para essa comemoração, a banda principal da noite vem de Porto Alegre com dois CD’s na bagagem e preparando um novo disco para lançar ainda esse ano. Por e-mail – e um e-mail bem engraçado, diga-se de passagem, porque virou um chat entre os integrantes – os músicos da banda responderam várias perguntas ao The Backstage e garantiram que quem for ao show amanhã vai conferir todos os antigos e novos sucessos da banda, além de versões esdrúxulas do rock’n’roll.
Confere aí:

Com dois discos na carreira, a banda pretende lançar um disco, single e clipe novo ainda nesse semestre (Foto: Rômulo Lubachesky)
The Backstage: Quando vocês iniciaram a banda?
Cartolas: A banda começou com o André e o Otávio (nosso ex-baixista), que são irmãos. Os primeiros shows da banda foram em 2005.
TB: Quais as principais influências?
C: Beatles, Franz Ferdinand, Supergrass, Chico Buarque, cerveja, Oasis, Machado de Assis, Strokes, The Kinks, relacionamentos e por aí vai.
Essas são as principais influências que nós 5 temos em comum. O André andou fissuradão em Marvin Gaye e adora o “The Suburbs” do Arcade Fire, o Preza e eu [Pedro] adoramos soul (Tim Maia, Stevie Wonder, Otis Redding, Stax/Motown…), o Melão manja de The Doors, samba e jovem guarda e o Mariano adora Queen e Arctic Monkeys.
TB: O que vocês têm ouvido ultimamente?
C: Na van, temos ouvido Sharon Jones & The Dap-Kings, Supertramp, o mais recente [e, infelizmente, também último] dos Beastie Boys (“Hot Sauce Committee part 2”), Lalo Schifrin, o “By The Grace of God” dos Hellacopters, o “First Band on The Moon” dos Cardigans, O “The Love Below” do Outkast, Sondre Lerche, Pizzicato Five, Mike Viola… Um pouco de tudo.
TB: Como vocês enxergam o atual cenário musical das bandas independentes? Sabem palpitar sobre o domínio do sertanejo e o sumiço do rock nas rádios?
C: Bom, podemos dizer que não tá fácil pra ninguém. Quanto à segunda pergunta, acho que sempre tem a onda do momento, que no momento infelizmente é esse gênero particularmente artificial de musica sertaneja.
TB: Quais os principais trabalhos da banda? Vem single novo por aí?

No site da banda, você faz o download dos dois discos, além das letras e cifras das músicas (Foto: Rômulo Lubachesky)
C: Temos dois discos lançados. “Original de Fábrica”, de 2007, e “Quase Certeza Absoluta”, de 2010. Sim! Vem single, clipe E disco novo por aí! Oba!! O álbum ainda não tem nome, mas o primeiro single deve sair em duas semanas e se chama “Um Segundo”.
TB: Vocês tem dois CDs. Como foi o processo de gravação deles?
C: Um bem diferente do outro. O primeiro foi gravado no Rio de Janeiro, na Toca do Bandido (um baita estúdio fundado pelo “Late Great” Tom Capone), e produzido pelo (Carlos Eduardo Miranda. A gravação desse álbum foi prêmio de um festival nacional de bandas que nós vencemos em 2005. O segundo foi produzido pelo Ray-Z (Produtor paulista erradicado no RS, ex-Jupiter Maçã, Os Ostras e RPM!). Fizemos a pré-produção (arranjos das músicas e gravação de demos) em um sítio em São Francisco de Paula e gravamos em Porto Alegre. Para o próximo, estamos bolando um projeto de financiamento coletivo (vulgo Crowdfunding), que é um lance muito legal. Aliás, quem quiser sugerir alguma recompensa maluca, ainda dá tempo de dar um grito lá na nossa página do Facebook.
TB: O que o público frederiquense pode esperar do show de vocês aqui na cidade?
C: Um show QUENTUXO. Questão de hora e meia de agito, com todos os nossos sucessos e mais alguns covers que a gente curte. Como diria o Preza, nosso vocalista: “Um histerismo louco – Isso é Tremendo”!!!