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Que Dylan fique jovem para sempre

Posted: 22/05/2011 in Famosos, Rock
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Natalia Nissen@_natiiiii

Dylan foi do folk ao rock passando pelo country e gospel (Foto: divulgação)

Na próxima terça-feira, 24, Robert Allen Zimmerman completa setenta anos de idade. Não entendeu? Estou falando do Bob Dylan, o artista norte-americano de mil e um talentos. Quando criança já escrevia poemas, autodidata aprendeu a tocar piano e guitarra na adolescência.

Bob Dylan ficou conhecido em todo os EUA depois de participar do Newport Folk Festival, em 1963, a convite de Joan Baez, cantora revelada na primeira edição do festival, conhecida por sua voz característica e o talento na guitarra acústica.

As músicas de Bob Dylan, assim como de outros importantes artistas, transformaram-se em hinos de protesto, mas a grande sacada era a união das declarações reclamonas com a poesia, assim ele foi considerado um dos mais influentes músicos de folk do início da década de 60. Já em 1964 ele começou a escrever canções mais pessoais, falando de amor, entre outras questões que já deixavam de lado as críticas sociais. Os fãs do Dylan que tocava folk ficaram decepcionados com a nova faceta rock-blues do cantor.

A nova fase do Dylan foi influenciada pela releitura que os ingleses fizeram do rock americano. Os críticos aprovaram e os fãs se multiplicaram, mesmo com o mau-juízo dos adeptos ao folk. Nessa época Bob Dylan lançou os clássicos “Mr. Tambourine Man”, “Like a Rolling Stone” e “Just Like a Woman”. Na década de 70 o cantor passou por maus-momentos e entre suas poucas boas obras estavam “Knockin’ on Heaven’s Door”(recebeu versões de Guns’n’Roses, Avril Lavigne e Zé Ramalho) e “Forever Young”.

Tiago Spezzatto, 21 anos, é um admirador da boa música. Em uma rede social ele escreveu aos seguidores “agora que você já voltou, saia de novo e vá ouvir um Bob Dylan. Fique assim até pegar no sono”. Ele explica que escreveu isso pela qualidade da música do Dylan, que ouvir as músicas é um aprendizado. Tiago ainda complementa  “a música folk teve um papel relevante nos movimentos sociais da década de 60 nos EUA. Era o tempo da Guerra Fria e o povo temia novos confrontos. Nesse contexto que surgiu a obra de Dylan, dando gás ao movimento da contracultura e da luta pelos direitos civis norte-americanos”.

Além do folk, blues e rock, o cantor ainda passou pelo estilo gospel e country, e também lançou um livro de desenhos, uma auto-biografia e um livro de romance-poema. Bob Dylan dedicava-se a pintura e criou 40 telas inspiradas nas paisagens brasileiras que conheceu durante as turnês por aqui (a última foi  “Never Ending Tour” em 2008).

“May you always be courageous, stand upright and be Strong, may you stay forever young”

Joan Baez e Bob Dylan (Foto: divulgação)

O cantor brasileiro Zé Ramalho gravou um álbum tributo ao Dylan, o “Tá tudo mudando”. Na capa do disco aparece Zé Ramalho com um cartaz, recriando as cenas do clipe “Subterranean Homesick Blues”. O trabalho traz 11 versões em português e uma regravação das músicas do Bob.

Para quem quiser saber mais sobre Bob Dylan, ainda tem o filme “I’m Not There” lançado em 2007. O filme conta a história do artista em várias fases, inclusive há 6 atores para interpretá-lo. Cate Blanchett recebeu o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante (2008) pela interpretação, e o filme foi vencedor do Globo de Ouro no mesmo ano. Vale à pena.

O projeto mais recente do cantor é uma coletânea com músicas inéditas do Hank Williams – ícone da música country norte-americana. Dylan convidou artistas como Jack White e Alan Jackson para terminarem de fazer as melodias das músicas que tinham apenas letras. Há boatos de que Dylan venha ao Brasil para se apresentar na edição deste ano do festival SWU.

No seu septuagésimo aniversário o que se pode desejar é que Bob Dylan fique sempre jovem, que ele suba os degraus da escada que ele mesmo construiu em direção às estrelas. E que seja sempre corajoso para continuar com seus projetos ousados sem deixar de lado a boa música que sempre fez.

Josefina Toniolo@jositoniolo

Demorei alguns dias para conseguir escrever sobre o show do Ozzy, até agora tudo que passava em minha mente era ele entrando no palco com um sorriso gigante… Ainda não havia encontrado palavras para descrever esse momento, ainda me parece um sonho louco. Se não fossem os hematomas para me lembrar de que foi real, talvez nem eu acreditasse.

Chegada sorridente de Ozzy no palco (Foto: Fábio Mattos - divulgação)

Sim, hematomas, pois ir em um show de metal requer muita força e resistência.  Nenhum playboy “bombado” de academia aguentaria mais que três músicas nos lugares da frente na pista com uns 5 mil headbangers  de 2 metros de altura  tentando te empurrar pra frente. Homens, sim, pois era a grande maioria, as mulheres que estavam lá eram guerreiras, as que sobreviveram até o final na grade são minhas “ídolas” porque, olha, era difícil, eu não aguentei e pedi pra sair.

Chegamos no Gigantinho às 8 da manhã, os portões abriram às 6 da tarde, nem com toda a insistência e gritos das milhares de pessoas que estavam lá, os seguranças abriram os portões antes.  Não é difícil ficar na fila, quando as pessoas têm algo em comum a conversa flui e o dia passa mais rápido. Os “únicos” problemas são a fome, a sede e a vontade de ir ao banheiro (que nesse caso ficava no outro lado daquela maldita rua super movimentada, transformando algo tão simples em uma missão impossível).

Quando os portões abrem e você percebe que conseguiu pegar ótimos lugares, todo o sofrimento vale a pena. Só mais três horas e o Ozzy, uma das maiores lendas vivas do rock, estaria ali na minha frente.

Ozzy comanda a platéia com maestria (Foto: Fábio Mattos - divulgação)

A banda de abertura, Gunport, tinha um som legal, as músicas eram próprias e bem tocadas, tudo nos conformes. Mas entraram mudos e saíram calados do palco, sem nenhum tipo de interação com o público. Alguns gritos de apoio se misturavam a gritos de “OZZY, OZZY” e vaias.  Afinal, ninguém quer saber da banda de abertura, ainda mais quando o som não tem muito a ver com o do show principal, era um rock mais leve, com uma pegada meio pop.

Às 21 horas, pontualmente, Ozzy apareceu no palco honrando sua nacionalidade britânica. Ele foi ovacionado pela platéia que delirava, chorava, gritava e pulava alucinadamente. Depois de um tempo, quando a pedidos, conseguiu diminuir um pouco (um pouco mesmo) da gritaria, falou algumas palavras que se perdiam no meio dos gritos e começou a “Bark at The Moon”, o gigantinho veio abaixo. Sem muitos efeitos especiais, pirotecnias e essas coisas, que definitivamente não fizeram falta nenhuma naquele momento. Um show simples. sem cerimônia. Logo em seguida foi a vez da única música do novo disco que fez parte do show, a Let Me Hear You Scream, que foi muito bem aceita pelos fãs.

A terceira música foi a clássica “Mr. Crowley”, que fez o gigantinho tremer, literalmente. Enquanto o tecladista Adam Wakeman fazia a tão famosa introdução, Ozzy parecia reger um culto satânico com gestos e caras de assustar qualquer criancinha. Maravilhoso, incomparável. A “I Don’t Know” deu continuidade a loucura que tinha se instaurado naquele ginásio, totalmente lotado. A “Fairies  Wear Boots” foi a primeira das cinco,  da sua ex-banda Black Sabbath, que fizeram parte do repertório.  Antes de começar a “Suicide Solution”, o Mr. Madman, muito simpático, incitou um “olê Ozzy” que em instantes virou um gigantesco coro.

Nos primeiros acordes da “Road to Nowhere”, uma das poucas baladas do show, muitas mãos, com alguns isqueiros e câmeras balançavam ritmicamente, em um dos momentos “fofos” do espetáculo. Mas nada supera os maiores clássicos, o  hino do Black Sabbath, “War Pigs”, levou todos a loucura, provando que quem estava ali tinha “conhecimento de causa”. Desde os mais velhos, que acompanharam a carreira da antiga banda, até os mais novos curtiram aquele que foi um dos pontos altos da noite.

A “Shot in the Dark” e a “Rat Salad” (outra do Black Sabbath) mantiveram a euforia e a energia que corria nas veias de todos ali presentes. A faixa instrumental, da ex-banda do Príncipe das Trevas, contou com mais de 10 minutos de solos de guitarra e bateria que, incrivelmente, alucinaram a platéia.

Parte da multidão que lotava o Gigantinho (Foto: Paz Fotos - divulgação)

A interação do baterista Tommy Clufetos em uma espécie de brincadeira com as baquetas transformou aquilo que poderia ser muito chato, como costumam ser os solos desse instrumento, em algo muito divertido. Esse momento serviu de descanso para o Ozzy que voltou para executar a “Iron Man”, clássico setentista do Black Sabbath, que transformou o gigantinho em um verdadeiro caldeirão humano, tamanha paixão pela música.

Dando continuidade, a “I Don’t Wanna Change the World” manteve o clima que encerrou o show com a “Crazy Train”, na minha humilde opinião, a música mais fantástica da noite. A performance dela ao vivo é coisa de louco, não tem como explicar a sensação e a vontade absurda de pular que essa música provoca. Nesse momento o show teve, aquele já conhecido, falso final. O pessoal meio confuso sobre o que gritar, chamava pelo Ozzy em meio a pedidos de mais um, uma zoada sonora se constituiu no ginásio. Foi quando Madman voltou ao palco e ensinou a todos como pedir mais música, puxando um coro de “one more song”.

Foi então que a música mais emocionante do show começou, gente chorando enquanto isqueiros, celulares e câmeras iluminavam o ambiente, criando uma imagem linda. Não era de se esperar menos para a clássica da sua carreira solo “Mama I’m Coming Home”.

A já tradicional espuma jogada por Ozzy no público (Foto: Paz Fotos - divulgação)

Sua voz quase desaparecia no meio das 13 mil outras vozes que cantavam a plenos pulmões essa música. Foi lindo, foi surreal, era impossível não se emocionar, também porque, quem tivesse olhado a set list dos outros shows da turnê saberia que essa era a penúltima música.

Eis então que começa a “Paranoid”, que causou um misto de felicidade absurda e tristeza, pois eu sabia que seria a última, ela encerraria aquela que foi a melhor noite da minha vida. Ninguém ficou parado. Não tinha ninguém sem pular, erguer os braços ou “bater cabelo”. Foi realmente um encerramento com chave de ouro.

Os poderes (quase mágicos) do Príncipe das Trevas

O Ozzy é lindo, magnífico, um gentleman. Mesmo com seus 62 anos e problemas de saúde causados pelos excessos do passado, comandou as quase duas horas de show como ninguém. Regia o público como um maestro, batia palmas, corria, jogava espuma e água nele mesmo e na platéia e até dava alguns pulinhos. Quem vê aquele tiozinho, meio curvado e com passinhos curtos, chegando no palco não acredita que ele se consiga durar o show todo, e ele o fez, melhor que muito gurizão de 20 anos por aí.

Ozzy causando euforia na torcida tricolor (Foto: Paz Fotos - divulgação)

Ele é uma simpatia, pegou o morcego de pano que atiraram e fingiu que ia comer a cabeça, satirizando o episódio tão famoso da sua história. Usou a bandeira do Grêmio como manto, para delírio dos gremistas, como eu, e tristeza dos colorados. Mas os tímidos gritos de desaprovação que surgiram, logo desapareceram novamente. O Ozzy é superior a tudo, até a essa rivalidade histórica.

Ao sair do local, ouvi alguém comentando algo que resume tudo: o Ozzy é um showman perfeito. É exatamente isso. Ele é ótimo e faz tudo com amor a camiseta, enchendo o palco com sua vontade de dar o melhor de si. Os músicos eram excelentes, mas quem mais me chamou atenção foi o baterista Tommy Clufetos, que destruía, literalmente, a bateria com muita força e habilidade. O medo dos fãs era a ausência do Zakk Wylde, substituído por Gus G. que agora ocupa seu posto de guitarrista. Mas, para a agradável surpresa de todos, o cara é realmente bom.

Saí de lá com a alma lavada, me sentindo no paraíso do Deus do Metal. Em novembro, quando comprei o ingresso fiquei com medo de que o desempenho dele ao vivo me decepcionasse. Mas não, para mim, o Ozzy agora garantiu seu posto de melhor do mundo, ele é O cara e duvido que alguém conteste a qualidade do seu show.

Ozzy na reta final do show (Foto: Paz Fotos - divulgação)

As pessoas saiam do Gigantinho praticamente flutuando de tanta satisfação. Foi onde um amigo meu perguntou: Josefina, agora já dá pra morrer tranqüila? Minha resposta não poderia ser outra além de “com certeza”. Se essa pergunta fosse feita para qualquer um no local, aposto que a resposta seria a mesma.

Existe vida pré e pós show do Ozzy e só quem teve a honra de conhecer esse segundo lado poderá entender o que estou dizendo.

Natalia Nissen@_natiiiii

– Por que Deus não me fez Elvis?

– Porque estava guardando você para ser John Lennon.

Hoje estreia no Brasil o filme “O Garoto de Liverpool” (2009) – falei dele aqui, uma história de John Lennon com direção de Sam Taylor-Wood. Aaron Johnson não se parece fisicamente com Lennon, mas sem dúvidas, fez uma interpretação admirável de uma personagem que conhecemos bem. O longa mostra a adolescência de John, um jovem solitário que mora com a tia, Mimi, e começou a gostar de Elvis Presley sob a influência da mãe.

Mimi é a tia que controla tudo, quer cada coisa no seu lugar e trata o sobrinho com certa frieza. Logo nos primeiros minutos do filme o marido de Mimi, George, morre e John fica sem a figura masculina mais importante que tem. Assim, o jovem decide procurar sua mãe e a partir daí a história realmente começa.

John aprende a fazer música, poesia, e conhece Paul. Lembranças de infância, gaitas, violões, “The Quarrymen”, cigarros e garotas.

A trilha sonora vale por si só. Os amantes da boa música vão ouvir rock’n’roll da melhor qualidade. Beatlemaníacos, ou não, assistam ao “Garoto de Liverpool”. É um drama de encher os olhos e ouvidos.

O filme está em cartaz em alguns cinemas de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Salvador e Porto Alegre.

Assista ao trailer do filme aqui.

Site oficial do filme “Nowhere Boy“.

 

Josefina Toniolo @jositoniolo

Foto: Divulgação

Depois de muitos boatos no twitter e em vários sites da internet sobre a vinda do Príncipe das Trevas ao Brasil, hoje a empresa Ticket For Fun confirmou o que todos esperavam: teremos Ozzy Osbourne em 2011 na nossa amada terrinha.

Segundo o site, a lenda do rock apresenta-se em:

– Porto Alegre no dia 30 de março

– São Paulo, na Arena Anhembi, dia 02 de abril

– Brasília dia 05 de abril

– Rio de Janeiro, no Citibank Hall, dia 07 de abril

– Belo Horizonte, dia 09 de abril.

Ainda não há local confirmado para o show em Porto Alegre. Existem rumores de que a princípio seria no Gigantinho, mas a produção estaria em busca de um lugar mais amplo. Os valores e a data da pré-venda de ingressos também não foram divulgados.

Os shows fazem parte da turnê mundial do novo álbum do artista, lançado esse ano, “Scream”. O trabalho vem recebendo ótimas críticas e as músicas foram muito bem aceitas pelos fãs.

A última vez que Ozzy esteve no Brasil foi em 2008. Se você não teve oportunidade de conferir ao vivo o espetáculo de um dos maiores mestres do rock, está aí a sua chance.

Enquanto isso, divirta-se com o vídeo promocional do disco, que é tão irreverente quanto seu criador:

Natalia Nissen@_natiiiii

Está previsto para o próximo dia 14 de dezembro o lançamento do álbum de músicas inéditas de Michael Jackson. O disco póstumo intitulado “Michael” gera controvérsia antes mesmo de ser lançado. Na última segunda-feira, 08, foi liberada para audição no site oficial do cantor a música “Breaking News” (gravada em 2007). A polêmica refere-se aos comentários sobre a origem dos vocais da música, há quem afirme não ser a voz de MJ. A família do artista declarara que um “imitador” cantou e apenas alguns trechos de outras músicas, nos quais Michael canta, foram adicionados a canção. O produtor e o empresário do rei do pop garantem que esta e todas as outras músicas do álbum têm apenas os vocais de Michael Jackson.

A discussão deve continuar até que mais músicas possam ser ouvidas pelo público e se for provado que há fraude na gravação do álbum os fãs (e a família do cantor) com certeza ficarão bastante decepcionados. Michael Jackson sempre declarou seu comprometimento com a legião de fãs que conquistou durante toda a sua carreira, e principalmente, o respeito para com aqueles que continuaram ao seu lado mesmo diante de tantas polêmicas nas quais o astro esteve envolvido.

Quem ouve a música com atenção e conhece os demais trabalhos do cantor pode notar uma sutil diferença nos vocais de alguns trechos de “Breaking News”. Mas a dúvida deve permanecer até que se prove algo, então, resta-nos esperar para conferir as outras canções do álbum. O single lançado esta semana pouco valoriza a voz do cantor, ao contrário de outros sucessos, como “The Way You Make Me Feel”, “Dangerous”, “This Is It” (irmãos de Michael nos backing vocals) e “Say Say Say” (gravada com Paul McCartney).

“Breaking News” está disponível aqui até o final de semana.

Assista ao videoclipe de “They Don’t Care About Us” gravado no Brasil e que tem participação do grupo Olodum.