Archive for the ‘Filme’ Category

Natalia Nissen@_natalices

Sábado nublado para ficar em casa ouvindo uma música no repeat eterno. A música do dia é Ghost Riders In The Sky.  Para quem não lembra assim de nome, é aquela que toca no final do filme Motoqueiro Fantasma. No Youtube tem uma penca de versões e vou deixar três aqui, afinal são mais de 60 anos de música.

Só prestar atenção na letra e imaginar o tal rebanho das vacas de olhos vermelhos. Eita, capiroto!  E hoje vai assim, mais vídeo do que música. Mais do que o normal.

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Natalia Nissen@_natalices

Quando a imprensa divulgou que o Nico Nicolaiewsky estava doente, eu pensei que ele passaria por um longo tratamento e o Tangos e Tragédias voltaria com tudo algum tempo depois. Mas para a infelicidade dos fãs,  quinze dias depois veio a triste notícia que o maestro Pletskaya ia descansar e o palco ficaria “meio” vazio.

Imagem: divulgação

Imagem: divulgação

Meses depois e eu ainda fico arrepiada de ler a entrevista que o Hique Gomez concedeu à ZH falando sobre a morte do companheiro de Tangos e Tragédias. Os fãs diziam “não deixe a Sbórnia morrer”. Pois bem, dia 30 de outubro estreia nos cinemas ~ e nos mares do mundo ~ o longa “Até que a Sbórnia nos separe”, que conta uma história de amor nesta ilha tão emblemática.

Estou contando os dias para pegar meu saquinho de pipoca e assistir à adaptação. Só de ver o trailer no cinema já deu vontade de cantar junto “bah!”. Não é “música do dia”, nem lançamento de disco, nem resenha de show e muito menos post pago. Mas é uma dica de filme que eu nem vi, mas tenho certeza que vale cada centavo do ingresso investido. Se alguém for e não gostar, pode vir aqui me xingar. É um programão para todas as idades. E também tem Fernanda Takai na dublagem!

“Até que a Sbórnia nos separe” ganhou o Prêmio de Melhor Filme Longa-Metragem, na escolha do Júri Popular, e Melhor Direção de Arte no Festival de Cinema de Gramado. Também li por aí que o longa está entre as melhores animações brasileiras.  Bonito de ver :). É filme pra nenhum gaúcho botar defeito.

“Sobre o filme

Até que a Sbórnia nos separe é uma fábula que fala do direito dos lugares de permanecerem com suas identidades próprias, sem necessariamente assimilar a padronização de culturas hegemônicas. Para isso, adaptou-se para o cinema a metáfora  do mundo sborniano.

Até que a Sbórnia nos separe faz uso da técnica de animação 2D clássica, valendo-se também de recursos de 3D para otimização da produção em cenas que envolvam reutilização de cenários e movimentos de câmera mais ousados”.

Natalia Nissen@_natiiiii

Já faz quase um mês que ganhei o DVD e só agora tive tempo de assistir, na verdade só assisti aos bônus e é disso que vou escrever. Conheço pessoas que preferem assistir ao making of, outras gostam mesmo é do show, e ainda há aqueles que aproveitam tudo que um DVD oferece e assistem até aos créditos no final.

Capa do dvd "AC/DC Live At River Plate" (Foto: divulgação)

O AC/DC Live At River Plate documenta a turnê Black Ice World Tour (que passou pelo Brasil), mais especificamente os três shows que a banda fez em Buenos Aires em 2009. São mais de duas horas de muita música e quase 200 mil fãs enlouquecidos lotando o estádio em todas as noites de apresentação.

Em “faixas bônus” tem o documentário “The Fan, The Roadie, The Guitar Tech & The Meat” dirigido por Gavin Elder. É o backstage do AC/DC e por isso fiz questão de escrever sobre. O registro foi filmado com 32 câmeras em alta definição e mostra vários detalhes que passam despercebidos por quem compra o ingresso e espera horas na fila para entrar no estádio e ficar praticamente em transe durante todo o espetáculo.

Além das entrevistas com a banda e equipe, tem a espera dos fãs do lado de fora do estádio, histórias de quem admira desde criança e viaja milhares de quilômetros por causa de um show. É muito interessante ver a montagem do palco que começa logo depois de um jogo de futebol e termina em 48 horas. Embaixo do campo tem uma escola e os técnicos precisam parar por alguns momentos para não “atropelar” as crianças, e um deles garante que é bem ruim ter que interromper o trabalho por causa dos estudantes. Outro afirma que já assistiu a mais de 200 shows do AC/DC e todo o trabalho de criação e montagem de um show compensa.

Indico o documentário (e o show também) para todos aqueles que gostam de música, de AC/DC, e também para quem tem vontade de trabalhar com isso. Às vezes as pessoas acabam pensando que só trabalha com música quem sabe fazer e o “The Fan, The Roadie, The Guitar Tech & The Meat” mostra que, ao contrário disso, existem muito mais pessoas envolvidas nisso do que imaginamos. Há técnicos, cinegrafistas, músicos, iluminadores, assessores, e claro, os fãs, dentre tantos outros profissionais que trabalham muito para que os grandes espetáculos de música sejam feitos.

A música auxilia a publicidade

Posted: 12/04/2011 in Filme
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Débora Giese@dee_boraa

“I’m free to be whatever I / Whatever I choose / And I’ll sing the blues if I want / I’m free to say whatever I / Whatever I like / If it’s wrong or right it’s alrigh” (Whatever – Oasis)

Apesar dos jingles (aquelas músicas curtas e repetitivas que ficam na cabeça por horas) serem mais populares na propaganda, é cada vez mais comum ligarmos a televisão e nos depararmos com um comercial que possui uma música como trilha sonora. Provavelmente você já ouviu a canção cujo trecho da letra está no início deste post: talvez na tv, no rádio ou em alguma página na internet. “Whatever”, da banda britânica Oasis, é a trilha sonora da nova propaganda da mundialmente famosa fábrica de refrigerantes Coca-cola.

A canção, entoada na voz das crianças, empresta sua suavidade às imagens que motivam os espectadores a lutar por um mundo melhor: “Existem razões para acreditar. Os bons são maioria”, diz a mensagem da campanha.

A escolha certa da música aumenta o impacto da propaganda. Algumas são tão bem escolhidas que se tornam “marca registrada” de determinados produtos. Quando isso acontece, a associação da música ao produto é feita automaticamente pelos consumidores. A grande maioria vai buscar descobrir o autor e nome da música de determinado comercial, mas acaba identificando o som como “aquele do comercial de tal coisa”.

O empresário Julian Ortiz Gonçalves, 25 anos, comenta que é preciso muito investimento para fazer uma propaganda assim. O custo de um comercial com música é absurdo: tem direito autoral, e isso inclui se a música é própria da banda ou se é de outra, se a letra é igual, se é paródia, quantas vezes o comercial vai ser veiculado, enfim, muita burocracia. Um grande risco financeiro, pois a campanha sempre tem a chance de não dar certo, de não emplacar como o esperado.

Cena da propaganda do Banco Itaú (Frame de vídeo)

Exemplos de filmes publicitários que tiveram sucesso nessa parceria entre música já consagrada e propaganda não faltam. O Banco Itaú, no ano passado, utilizou a “Imagine” do John Lenon para fazer seus clientes sonharem. Em 2008, a Ford fazia todo mundo cantar junto “Happy Together” do The Turtles durante a apresentação do novo Focus. Em 2009, enquanto a Claro perguntava “Should I Stay or Should I Go?” (do The Clash), a Coca-cola dizia “what a wonderful world”, numa versão cantada por Joey Ramone.

“Essas propagandas, como a da Coca-cola, trabalham só o institucional. A marca tá tão impregnada na cultura do mundo inteiro que os caras só trabalham a imagem, conceitos” diz o assistente de marketing, Thierry Nowacki Moura, de 23 anos. Os publicitários aproveitam a chance de “escapar” de jingles juntando a consagração da música com uma marca de sucesso e, voilà! Surge um comercial genial com grandes chances de permanecer na memória dos consumidores por bastante tempo.

Não há dúvida sobre a capacidade de a música salvar uma produção ou destruí-la de vez. A sensação que ela provoca nas pessoas é algo único. E a publicidade, assim como o cinema, sabe explorá-la como ninguém. Ou vai dizer que quando você ouve “we will rock you” não lembra da Pepsi e de suas gladiadoras?

Natalia Nissen@_natiiiii

– Por que Deus não me fez Elvis?

– Porque estava guardando você para ser John Lennon.

Hoje estreia no Brasil o filme “O Garoto de Liverpool” (2009) – falei dele aqui, uma história de John Lennon com direção de Sam Taylor-Wood. Aaron Johnson não se parece fisicamente com Lennon, mas sem dúvidas, fez uma interpretação admirável de uma personagem que conhecemos bem. O longa mostra a adolescência de John, um jovem solitário que mora com a tia, Mimi, e começou a gostar de Elvis Presley sob a influência da mãe.

Mimi é a tia que controla tudo, quer cada coisa no seu lugar e trata o sobrinho com certa frieza. Logo nos primeiros minutos do filme o marido de Mimi, George, morre e John fica sem a figura masculina mais importante que tem. Assim, o jovem decide procurar sua mãe e a partir daí a história realmente começa.

John aprende a fazer música, poesia, e conhece Paul. Lembranças de infância, gaitas, violões, “The Quarrymen”, cigarros e garotas.

A trilha sonora vale por si só. Os amantes da boa música vão ouvir rock’n’roll da melhor qualidade. Beatlemaníacos, ou não, assistam ao “Garoto de Liverpool”. É um drama de encher os olhos e ouvidos.

O filme está em cartaz em alguns cinemas de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Salvador e Porto Alegre.

Assista ao trailer do filme aqui.

Site oficial do filme “Nowhere Boy“.