Natalia Nissen – @_natalices
Quando a imprensa divulgou que o Nico Nicolaiewsky estava doente, eu pensei que ele passaria por um longo tratamento e o Tangos e Tragédias voltaria com tudo algum tempo depois. Mas para a infelicidade dos fãs, quinze dias depois veio a triste notícia que o maestro Pletskaya ia descansar e o palco ficaria “meio” vazio.
Meses depois e eu ainda fico arrepiada de ler a entrevista que o Hique Gomez concedeu à ZH falando sobre a morte do companheiro de Tangos e Tragédias. Os fãs diziam “não deixe a Sbórnia morrer”. Pois bem, dia 30 de outubro estreia nos cinemas ~ e nos mares do mundo ~ o longa “Até que a Sbórnia nos separe”, que conta uma história de amor nesta ilha tão emblemática.
Estou contando os dias para pegar meu saquinho de pipoca e assistir à adaptação. Só de ver o trailer no cinema já deu vontade de cantar junto “bah!”. Não é “música do dia”, nem lançamento de disco, nem resenha de show e muito menos post pago. Mas é uma dica de filme que eu nem vi, mas tenho certeza que vale cada centavo do ingresso investido. Se alguém for e não gostar, pode vir aqui me xingar. É um programão para todas as idades. E também tem Fernanda Takai na dublagem!
“Até que a Sbórnia nos separe” ganhou o Prêmio de Melhor Filme Longa-Metragem, na escolha do Júri Popular, e Melhor Direção de Arte no Festival de Cinema de Gramado. Também li por aí que o longa está entre as melhores animações brasileiras. Bonito de ver :). É filme pra nenhum gaúcho botar defeito.
“Sobre o filme
Até que a Sbórnia nos separe é uma fábula que fala do direito dos lugares de permanecerem com suas identidades próprias, sem necessariamente assimilar a padronização de culturas hegemônicas. Para isso, adaptou-se para o cinema a metáfora do mundo sborniano.
Até que a Sbórnia nos separe faz uso da técnica de animação 2D clássica, valendo-se também de recursos de 3D para otimização da produção em cenas que envolvam reutilização de cenários e movimentos de câmera mais ousados”.