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Natalia Nissen@_natiiiii

Ontem, quinta-feira, Porto Alegre recebeu o “Deus da Guitarra” em um show que desagradou muitos fãs que esperavam um grande espetáculo no estacionamento da Fiergs depois de 10 anos da última turnê brasileira. A falta de interação com o público foi um dos maiores problemas, Clapton falou um “obrigado” e um “valeu” entre tantos outros “thank you” no final das músicas. Faltou carisma e vontade de chamar o público para cantar junto, público que desembolsou altos valores (entre ingresso, taxa de conveniência e taxa de entrega) e se frustrou por não ver uma apresentação daquelas de emocionar.

Foi um bom show com uma boa estrutura. Os telões de alta qualidade deixaram menos decepcionados os fãs da pista que quase nem viram o Eric Clapton lá no palco. A platéia era grande, mas havia espaço para todos, nada de aperto e pisões nos pés; alguns passaram dos limites e beberam demais, acabaram saindo da Fiergs carregados pelos bombeiros. A pontualidade britânica garantiu um dos pontos positivos ao show, às 22h01 o artista subiu ao palco e tocou por quase duas horas.

Deixando a falta de interação de lado, a técnica do Clapton e de toda a banda que o acompanhava era algo invejável. As backing vocals Sharon White e Michelle John poderiam fazer um show sozinhas que seria incrível. O próprio Eric Clapton demonstrou que, apesar dos seus 66 anos, ainda faz música de qualidade como se fosse brincadeira, a voz dele ao vivo é de colocar no chinelo muito cantor que tem por aí. Os improvisos e a atuação dos tecladistas Tim Carmom e Chris Staiton, do baterista Steve Gadd e do baixista Willie Weeks também chamaram muita atenção.

Nem “Layla” animou a plateia de aproximadamente 20 mil pessoas, uma sequência de músicas calmas deixou muita gente desanimada. Só em “Cocaine” o público ensaiou um coro e cantou junto. “Crossroads” também foi bastante esperada e o público correspondeu com certo entusiasmo à última canção do espetáculo. Algumas músicas que faziam parte do set list de outros shows desta turnê ficaram de fora da apresentação em Porto Alegre como o cover de Bob Marley “I Shot The Sheriff”.

Eric Clapton demonstrou muita técnica em solos e improvisos (Foto: Mauro Vieira)

A abertura do show ficou por conta da banda gaúcha Cartolas e durou aproximadamente meia hora. O público não participou muito da apresentação, mas a banda teve uma boa presença de palco e tocou músicas conhecidas como “Cara de Vilão”. O vocalista Luciano Preza agradeceu a presença dos fãs que pegaram mais para estar nas cadeiras à frente do palco, e também, aos que pagaram “180” para ficar na pista, todos estavam lá por um mesmo objetivo: Eric Clapton.

No domingo e na segunda-feira Eric Clapton se apresenta no Rio de Janeiro, em São Paulo o show acontece na próxima quarta-feira.

Natalia Nissen@_natiiiii

A capital gaúcha está cada vez mais perto de transformar-se em parte integrante do eixo de cidades que recebem os mais importantes shows do país. Se até há algum tempo  as pessoas só pensavam em ‘Rio-São Paulo’ como as cidades dos melhores shows, já podem incluir Porto Alegre como uma representante do eixo.

Depois de 10 anos Eric Clapton volta ao Brasil e faz show em Porto Alegre (Foto: divulgação)

Ano passado Paul McCartney fez um show no estádio Beira-Rio, Ozzy Ousborne lotou o Gigantinho, Green Day também marcou presença, entre outras grandes atrações que pousaram em Porto Alegre durante suas turnês brasileiras. Em 2011 já foram confirmados outros importantes espetáculos na capital. No próximo dia 10 de julho tem Mr. Big no Opinião.

O heavy metal será representado pela Black Label Society no dia 14 de agosto, também no bar Opinião. Para os headbangers de plantão ainda há outras atrações, Evergrey dia 28 de julho no Teatro Ciee e Machine Head e Sepultura dia 16 de outubro.

O guitarrista Eric Clapton toca em Porto Alegre no dia 06 de outubro, no estacionamento da FIERGS. A turnê do álbum ‘Clapton’, lançado em 2010, passa pelo Rio de Janeiro (09) e São Paulo (12), depois segue para a Argentina e Santiago (Chile). A venda dos ingressos para a apresentação em Porto Alegre começa no dia 29 de julho no site LivePass.

Essa semana foi confirmada a visita do ex-beatle Ringo Starr e sua banda, a All Starr Band. O show vai acontecer no Gigantinho dia 10 de novembro e as apresentações seguem para São Paulo (12 e 13), Rio de Janeiro (15), Belo Horizonte (16), Brasília (18) e Recife (20). Os ingressos serão vendidos a partir do dia 18 de julho. No repertório músicas da carreira solo de Ringo, e também, dos Beatles. Boatos ainda especulam que Paul McCartney fará show em Recife no mesmo mês da apresentação de Starr.

Ozzy fez show em setembro de 2010 e Zakk Wylde vem a Porto Alegre com a banda Black Label (Foto: divulgação)

Na última quarta-feira, 29, um jornalista confirmou no seu perfil em uma rede social o show da banda americana Pearl Jam. A última passagem deles por Porto Alegre foi em novembro de 2005. Seis anos depois a banda volta à capital e se apresenta em novembro no estádio do Zequinha. As informações sobre o show devem ser divulgadas nos próximos dias.

Roger Waters, um dos fundadores da banda Pink Floyd, vem ao Brasil em março de 2012. O astro vai passar por Porto Alegre no dia 17 com o show ‘The Wall’ e depois segue para duas apresentações em São Paulo (22 e 23) e uma no Rio (25). As atrações são muitas, rock para agradar a gregos e troianos. Agora só falta decidir quais shows merecem o investimento, afinal, os ingressos exigem algumas economias.

Natalia Nissen@_natiiiii

Gulivers e Acústicos & Valvulados são as bandas convidadas do Amplifica (Fotos: divulgação)

Um festival organizado por estudantes do curso de Formação de Produtores e Músicos de Rock (Unisinos), isso é o Amplifica, que no próximo dia 16 de junho acontece no Beco 203 em Porto Alegre. O Amplifica Indie Rock é organizado pela turma de formandos do curso, e o músico e produtor Cassiano Dal’Ago conta ao The Backstage como funciona o processo de organização do festival.

A ideia do Amplifica surgiu em 2010 durante as aulas da disciplina “Projeto Festival”, é uma maneira de mostrar novos talentos da cena underground. Os alunos devem contratar bandas, providenciar patrocinadores, parceiros, local para realização do evento, e tudo mais que for necessário para o festival funcionar. A primeira edição aconteceu no 8 e ½ Bar, o Amplifica Rock; depois aconteceu o Amplifica Underground, e desde então é realizado no Beco.

A turma define as bandas que devem se apresentar, na próxima edição sobem ao palco as convidadas Acústicos & Valvulados e Gulivers. Ainda fazem parte da programação The Modê e Tabascos – formadas por alunos do curso – e a Doutor Roberto que é conhecida dos estudantes.

Cassiano comenta que sempre há possibilidade de bandas em início de carreira fazerem parte do festival, “as bandas precisam estar sempre em contato com organizadores de festivais e eventos, e claro, precisam estar fazendo shows, mesmo que pequenos. Visibilidade é tudo”. Porém, o evento não deve ter edições fora de Porto Alegre, porque, segundo o produtor, é lá que os shows acontecem, onde as pessoas querem sair para dançar, beber e aproveitar a noite, e fazer um festival nesses moldes fora da capital é algo complicado.

The Modê e Doutor Roberto também sobem ao palco do festival (Fotos: divulgação)

O festival conta com o apoio dos professores do curso, principalmente o da disciplina “Projeto Festival”, mas o objetivo maior é que os próprios alunos organizem todo evento. Os professores auxiliam através dos contatos de casas noturnas, bandas e patrocinadores que passam aos estudantes. “E estamos aptos a organizar eventos de rock sim, o curso é mais voltado para a produção musical (trabalho dentro de estúdio de gravação), mas também temos cadeiras de produção de eventos, marketing, entre outras” acrescenta Cassiano.

O Amplifica Indie Rock será no dia 16 de junho, no Porão do Beco (Independência, 936 – Porto Alegre), a partir das 22 horas. Os ingressos custam R$10 (com nome na lista) e R$12 na hora.

Mais informações no Orkut e Twitter.

Ouça a música “Sorte” da banda Gulivers:

Natalia Nissen@_natiiiii

Na última terça-feira, 26, aconteceu em Porto Alegre a cerimônia do Prêmio Açorianos de Música. As distinções foram entregues aos trabalhos destaques no ano de 2010, e os artistas homenageados foram a dupla Kleiton & Kledir. O público lotou o Teatro do Bourbon Country e assistiu à entrega de 40 estatuetas.

O prêmio mais importante, o de “Disco do Ano”, foi para o cantor Vitor Ramil, irmão dos homenageados da noite, com o álbum “Délibab”. Neste trabalho Vitor musicou poemas do gaúcho João da Cunha Vargas e do argentino Jorge Luis Borges. O álbum ainda garantiu os prêmios de “DVD do Ano”, “Instrumentista” e “Disco” na categoria MPB.

Na categoria Pop/Rock os vencedores foram: Bebeto Alves em “Compositor” e “Interprete” pelo trabalho “Bebeto Alves em 3D”, Yanto Laitano em “Instrumentista” e o “Disco” foi para o álbum que leva o nome da banda “Apanhador Só”. Fernando Noronha & Black Soul arrebatou todos os prêmios da categoria “Blues/Jazz” com o álbum “Meet Yourself”. A banda Chimarruts também foi campeã no gênero Reggae.

As músicas dos irmãos Kleiton e Kledir foram interpretadas por vários cantores gaúchos que participaram da homenagem. Thedy Corrêa (Nenhum de Nós), Serginho Moah (Papas da Língua), Claus e Vanessa, Tati Portella (Chimarruts), Neto Fagundes e Carlinhos Carneiro (Bidê ou Balde) estavam na lista de apresentações. O cantor Rui Biriva também foi lembrado por artistas que subiram ao palco e comentaram a importância do compositor para a cultura gaúcha.

“É um prêmio importantíssimo, talvez o mais importante dos que valorizam a música do nosso estado”

O vocalista da banda Bidê ou Balde, Carlinhos Carneiro, nos falou sobre a experiência de participar do espetáculo. Ele comentou que ficou muito feliz com o convite para cantar uma música da dupla, afinal, Kleiton & Kledir são seus ídolos desde quando ele era criança. Dentre as letras que conhece há tempos está a da “Fonte da Saudade”, música que ele interpretou na cerimônia do Prêmio e, assim, não teve como ficar nervoso.

Carlinhos Carneiro homenageou seus ídolos de infância (Foto: Katia Prieto - divulgação)

“E, falando nisso, foi ótimo participar ao lado de Pirisca Grecco e Shanna Muller, amigos queridos e excelentes músicos, excelentes representantes atuais da nossa música de raiz eterna, mais a Tati Portella que é uma baita voz, e o arranjador Álvaro Luhti que foi o grande responsável pela nossa apresentação. Nada supera uma sessão de gargalhadas com o pessoal dos sopros da Banda Municipal mais Alemão Ronaldo e Rafa Malenotti” declarou Carlinhos.

O músico ainda disse que o Prêmio Açorianos é contemporâneo e valoriza o que há de melhor na música do estado, “as homenagens foram certeiras e adequadas, principalmente se tratando de uma edição de 20 anos do prêmio”. Para finalizar ele ainda sugeriu uma nova categoria de prêmios dedicada ao metal, pois o som pesado tem se destacado através de vários instrumentistas e bandas.

Leia mais sobre o prêmio aqui.

Lista completa dos vencedores aqui.

Natalia Nissen@_natiiiii

Porto Alegre recebeu nos últimos dias 22, 23 e 24 de abril o maior evento de tatuagem da região Sul do Brasil, o Poa Tattoo Festival. A 5ª edição do festival aproximou um público eclético com uma característica em comum: admiração à arte da tatuagem e ao body piercing.  O 5º Poa Tattoo Festival foi uma promoção do Lagarto Tattoo Clinic e do Leandro Fleck, vulgo Bola Tattoo, do Bola Tattoo Studio. Para a próxima edição há possibilidade de ocorrer paralelamente ao festival de tatuagem e body piercing um festival de música. O The Backstage já explicou (aqui) um pouco sobre a cultura da tattoo e a relação com a música, e agora, vai mostrar o que aconteceu em Porto Alegre no evento que atraiu milhares de visitantes em apenas três dias.

Muitos aproveitaram para fazer novas tattos durante o evento (Foto: Natalia Nissen)

Pessoas de todas as tribos e idades compareceram aos Armazéns A e B do Cais do Porto para conferir as novidades em tatuagem, piercing, moda alternativa, prevenção às doenças que podem ser transmitidas nesses processos, entre outras atrações. No sábado, 23, aconteceu também a exposição de Harley Davidson e Hot Rods. Nem a previsão de chuva forte espantou os apaixonados por desenhos no corpo.

Cultura e moda alternativa (Foto: Natalia Nissen)

Foram 50 stands de diversos estúdios de tattoo do Rio Grande do Sul, e de outras regiões do Brasil, como Sudeste e Nordeste. O tatuador Snappy, de Londres, também compareceu ao festival. Em um dos stands estava a “Família Moraes Tattoo & Piercing” mostrando que tatuagem e piercing como forma de expressão são coisas de família; são três irmãos e um primo. O piercer Titi contou um pouco sobre a relação da família com a tattoo, e explicou que um dos estúdios  fica em Porto Alegre, sob o comando de Rodrigo, mas a arte dos Moraes está também em Paris  e na Escócia. Além disso eles também participam de diversos encontros no Brasil e pelo mundo.

Na programação do festival estavam incluídas várias atrações como workshops, palestras e seminários para o público e profissionais de tatuagem e piercing, sorteios e concursos de tattoos, desfile de moda, acesso à internet e área de alimentação. Entretenimento garantido para aqueles que não têm tatuagem, mas apreciam a arte.

O evento promoveu um concurso da melhor tatuagem feita durante o Festival. O prêmio foi de R$4 mil mais uma máquina Paulo Fernando (criador da Electric Ink – empresa respeitada que produz e comercializa equipamentos e tintas para tatuagem seguindo padrões da ANVISA). Para os vencedores das demais categorias (no total foram 12) a premiação foi de uma máquina Paulo Fernando. No domingo ainda aconteceu a eleição da primeira Miss Tattoo. Dentre os premiados, o tatuador Julio Hatzenberger, de Gramado, foi vencedor da categoria New School; Éder (Éder Tattoo Arte), de Novo Hamburgo, garantiu o primeiro lugar no grupo Realismo. A melhor tatuagem feita durante o evento Electric Ink foi a do tatuador Diego, do Estúdio Verani Tattoo.

Rodrigo Moraes fazendo a tatuagem de Rafael (Foto: Natalia Nissen)

O Sinca RS (Sindicato dos Salões de Barbeiros, Cabelereiros, Institutos de Beleza e Similares) e o Hepatchê (Grupo de Apoio aos Portadores de Hepatite e Familiares) estavam presentes no evento para alertar o público sobre a importância de prevenir a transmissão de Hepatite B e C, e outras doenças, através dos processos de tatuagem e colocação de piercing por pessoas sem qualificação, e ainda, utilizando materiais não descartáveis. Cláudio Martins, do Sinca, comentou que muitas pessoas que visitaram o evento e aproveitaram a oportunidade para se tatuar foram ao stand tirar dúvidas sobre os métodos de prevenção às doenças, “essa parceria com o Poa Tattoo Festival é muito importante para que as pessoas conheçam os riscos e as formas de evitar as doenças”.

O Sindicato ainda aproveitou a ocasião para recolher assinaturas em um abaixo-assinado que visa a regularização de cabelereiros, manicures e tatuadores. Além da preocupação com a saúde da população, nos stands um cartaz alertava “proibido tatuar menores de 18 anos mesmo acompanhados pelos pais”.

Site oficial do Poa Tattoo Festival.