Archive for the ‘Famosos’ Category

Natalia Nissen@_natiiiii

No dia 18 de junho, segunda-feira, Paul McCartney completa 70 anos de idade. Sir Paul é um artista multifacetado, compositor, cantor, multi-instrumentista, produtor musical, pintor, empresário e mais, fez parte dos Beatles e Wings. Beirando os 70 anos, McCartney está a todo vapor fazendo shows, lançando disco, defendendo os direitos dos animais e o vegetarianismo, entre outras causas. Foi “morto” por alguns no final dos anos 60 e até hoje há quem acredite que este Paul que vemos é apenas um sósia. Escrever sobre suas obras é quase um clichê.

Paul na época que fazia parte dos Beatles (Foto: divulgação)

James Paul McCartney já se aventurou por vários estilos de música, recebeu prêmios, fez milhares de shows, fãs tatuam sua assinatura, lançou mais de 20 discos em carreira solo e  ainda afirma que não pretende parar tão cedo, são mais de 50 anos de carreira. As pessoas podem até não conhecer a história dele, mas, com certeza, já ouviram alguma música. Aqui no blog tem uma entrevista com uma fã que foi convidada por Paul para subir ao palco em um de seus shows no Brasil.

As parcerias de Macca foram muitas, Stevie Wonder, Elvis Costello, Michael Jackson, Eric Clapton, Diana Krall, entre outras. Também recebeu homenagem do presidente dos EUA, Barack Obama, e da Rainha Elizabeth II. Em abril lançou os clipes da música “My Valentine”, um vídeo estrelado por Johnny Depp, outro por Natalie Portman, e o terceiro no qual aparecem trechos dos dois artistas interpretando a música na língua dos sinais.

Juliana Leitão, 18 anos, foi a quatro shows do beatle no Brasil, a jovem afirma que no início Lennon era seu favorito, mas quando começou a tocar contrabaixo em uma banda passou a observar e admirar mais o Paul. “Ele não para! Com o dinheiro e prestígio que ele já ganhou ao longo da carreira, poderia muito bem parar por aqui e se ‘aposentar’, mas ele fez parte da história da música e continua fazendo porque é a paixão dele” comenta.

Ela que gostaria de ver uma parceria entre Paul McCartney e o pianista da banda Keane, Tim Rice-Oxley. A respeito do aniversário de Macca, Juliana complementa “eu desejaria que ele continuasse em atividade, gravando discos e, principalmente, fazendo shows no Brasil! Também porque quero que no futuro meus filhos assistam a um show dele”.

As comemorações ao aniversário do artista já estão programadas há tempo.  Paul estampa a capa de junho da Rolling Stone francesa, a revista Time também lançou uma edição especial sobre os 70 anos de Macca, sites de todo o mundo mobilizam os fãs para prestarem suas homenagens. Muitas festas estão confirmadas Brasil afora, em Porto Alegre tem o evento “McCartney 70th”, um tributo com as bandas “Strawberry Beetles”, “Dr. Macca” e “Nelson e Os Besouros” que acontece na livraria Fnac do Barra Shopping Sul amanhã a partir das 19h30min. A banda cover “The Beetles” – a segunda melhor do mundo – se apresenta no dia 16 em Santa Cruz do Sul na Legend Music Bar, o grupo já fez show em Frederico Westphalen no ano de 2009. E São Paulo também contará com um grande evento, o “Macca 70” dia 17 de junho no Gillan’s Inn.

Natalia Nissen@_natiiiii

Na próxima terça-feira, 07 de fevereiro, acontece o lançamento oficial do novo álbum de Paul McCartney. “Kisses On The Bottom” é um disco doce e reúne músicas que inspiraram a dupla Lennon/McCartney nas principais composições dos Beatles. Apesar de não ser uma grande produção cheia de músicas inéditas vale ouvir e se deixar levar pela leveza das 14 canções, releituras de sucessos das décadas de 30 e 40 e  duas composições próprias.

McCartney não brinca em serviço, o álbum conta com duas inéditas “Only Our Hearts” e “My Valentine” e a participação mais que especial dos mestres Stevie Wonder e Eric Clapton. Diana Krall também participa tocando piano. No último domingo, em entrevista ao programa Fantástico, o cantor disse que o disco deve ser ouvido depois de um dia de trabalho, “esse tipo de música é daquele que você coloca quando chega em casa, senta, pega uma taça de vinho e relaxa”.

“Kisses On The Bottom” não é um disco para entrar na lista dos mais vendidos, ou com as músicas mais pedidas nas rádios. O novo álbum do ex-beatle é leve e pode fazer companhia nos momentos mais íntimos. Músicas típicas de som-ambiente de um certo supermercado que faz as propagandas mais bonitas da televisão.

Ainda na semana que vem Paul receberá uma estrela na calçada da fama em Hollywood, a estrela ficará ao lado das homenagens aos companheiros da banda The Beatles, em frente à gravadora Capitol Records. Paul McCartney promete um disco de inéditas para 2012, mas não falou mais sobre o assunto, a divulgação de “Kisses On The Bottom” é a prioridade.

Carol Govari Nunes@carolgnunes

Nunca pensei que eu fosse escrever um texto sobre o Restart, mas hei que aqui estou. Na verdade, não é para falar sobre o Restart, o que eu acho da banda e etc, mas sobre o fato que ocorreu no último domingo, 15, durante um show deles em Rio Das Ostras (RJ), onde Pe Lanza, vocalista e baixista, foi atingido por uma pedra vinda da plateia durante uma das últimas músicas do show. Aí comentando o ocorrido com outro brasileiro que também está fazendo intercâmbio aqui em Faro, ele me disse que “ele deveria ter levado mais umas dez pedradas, isso sim”, e isso me fez pensar até aonde vai a intolerância das pessoas.

Você não gostar de uma banda, tudo bem. Você agredir alguém por não gostar do estilo musical do artista muda completamente de figura. Até aqui no blog, por exemplo, não gosto = não escrevo. Felizmente ainda tenho essa autonomia e não tenho chefe para me mandar/pagar (embora fosse uma briga com o professor que dizia que eu era muito “boazinha”). O meu gosto musical não é o teu, e o teu não é o de ninguém. Mas veja bem: isto é apenas a minha opinião, uma preferência particular.

Vocalista após ser atingido (Foto: divulgação)

O que eu venho a refletir é, como citei acima, até aonde vai essa intolerância. Há sempre a possibilidade de não ir a um show que você não gosta. Se isso não for possível, como no caso das inúmeras vaiadas bandas de abertura, geralmente há barracas de cerveja e comida em qualquer lugar que se disponha a apresentar uma banda em sua cidade. Morro de vergonha alheia toda vez que estou em um show e uma banda de abertura é vaiada. Acho péssimo. A Comunidade Nin-Jitsu sofreu isso quando abriu para o Red Hot Chili Peppers em 2002, no Gigantinho. Eu estava lá, adorei o show e nessa hora queria cavar um buraco e me esconder.  O que aconteceu foi que o grande Chad Smith disse que a Comunidade foi a melhor banda de suporte que eles poderiam ter. Massa.

Atravessando a “má educação” e chegando ao “inexplicável”, há casos como esse que aconteceu com o Pe Lanza, onde alguém do público joga uma pedra ou qualquer coisa semelhante no artista. Já vi vários caras atirando latas de cerveja em palcos de shows, até no Paul Di’Anno, primeiro vocalista do Iron Maiden, quando o metaleiro senhor resolveu falar que era corintiano (ou de outro time, no me recuerdo). Ora, que audácia. Eu paguei para te ver, ou você fala do meu time ou fica quieto. E assim incontáveis vezes: por causa de time, por causa de uma frase, por causa de uma camiseta, por causa de qualquer coisa que ultrapasse meu entendimento e me faça desacreditar na mútua evolução humana.

Sei não, mas não acredito que atirando pedra em um cantor teen vamos exterminá-lo do mundo. Tem mais biografia do Justin Bieber do que do Johnny Cash em qualquer livraria que eu andei visitando, e nem por isso vou querer machucar o guri ou coisa parecida. Michel Teló toca 354 vezes por noite em qualquer lugar e foi a primeira música que eu ouvi na virada do ano em Barcelona. Tenho vontade de chorar porque sei cantar “oh, if I catch you” de trás pra frente, da metade pra trás e até do avesso, mas vou fazer o quê? Tentar bater no cara, é lógico. (Já soube que ele vem tocar em Lisboa em fevereiro…).

Não se trata de conformismo (uhu, vamos deixar a música brasileira virar uma bosta – e, né, como se a gente tivesse condições de controlar o mercado fonográfico), se trata de cada um faz o seu e vambora, pois não é atirando pedra em alguém que a moda atual vai mudar – muito pelo contrário: pode até ganhar mais força.

Natalia Nissen@_natiiiii

Os fãs de Heavy Metal comemoram o anúncio da banda (Foto: divulgação)

Depois de muita especulação os fãs de Black Sabbath podem comemorar. A banda anunciou na última sexta-feira, 11, o retorno aos palcos para uma turnê mundial e o lançamento de um álbum de músicas inéditas.

A última apresentação com a formação clássica da banda foi há seis anos nos Estados Unidos. O vocalista Ozzy Osbourne, Tony Iommi na guitarra, o baterista Bill Ward e mais o baixista Geezer Butler iniciam a turnê no dia 10 de junho de 2012 no encerramento do festival “Download” na Inglaterra.

A expectativa para os shows da turnê é grande, já que, no início deste ano Ozzy fez uma turnê e mostrou que está em plena forma. De acordo com a própria banda, essa seria a turnê de despedida definitiva, com gravação de um disco depois de mais de 30 anos desde o último álbum de estúdio do Black Sabbath.

Carol Govari Nunes@carolgnunes

É lógico que isso aconteceria e eu não sei como ainda me espanto: a vida turbulenta de Amy Winehouse continua fazendo mais sucesso do que a sua carreira como cantora, mesmo depois de sua morte. Ou seria principalmente depois de sua morte? Poucos comentam sobre os Grammys, sobre os geniais CD/DVD “Back To Black” e “I told you I was a trouble”.

Um artista fica mais famoso pela sua arte ou pela sua vida pessoal?

Amy Winehouse é sem dúvida alguma a maior artista de sua geração (Foto: divulgação)

Notícias sobre escândalos e drogas vendem muito mais que a arte em si. As retrospectivas que aparecem na televisão sobre a vida da cantora mostram toda a lista de drogas que ela usou e quando ela esqueceu letras e caiu no palco. Nada de composições nem sobre as performances impecáveis que ela fez. A imprensa pega pesado. Eu sei que Amy deu o que falar, mas acho que está na hora de deixarem a guria descansar em paz.

Aí eu lembrei de uma crônica que a Martha Medeiros escreveu sobre o John Lennon que falava alguma coisa sobre isso, e o que ela escreveu vem a calhar também sobre a Amy Winehouse, alguém cuja versão musical dos fatos é muito mais interessante:

“O que me trouxe para este assunto e que ficou claro para mim que a arte é sempre superior ao artista, e que a angústia deste e igualar-se a imagem que projeta, um desafio desumano e inalcançável. A arte é soberana, o artista e um reles mortal. A arte emociona, o artista resmunga. A arte e única, e o artista tem os mesmos defeitos que a gente.

Uma atuação no palco sempre será mais digna do que uma briga de bar, uma letra de música sempre comoverá mais do que uma conversa por telefone, um bom quadro vale mais do que uma polaroide. A arte transcende, e o artista que tenta levar esta transcendência para seu dia a dia torna-se patético, vira personagem de si mesmo. Artistas comem omelete, vão ao banheiro, espirram, tem medo de assalto. E só são felizes quando não colocam em atrito sua genialidade com sua desoladora humanidade.

(…) A arte é o que conta, é o que fica, é o que não morre, e o artista nunca e páreo pra ela. (…) Na dúvida, fico com a versão musical dos fatos.”

E isso é só uma questão a ser refletida. Há quem diga que “ela colheu o que plantou” e coisas desse tipo, mas sei lá. Eu não estou aqui para julgar ninguém, e acho que você também não deveria estar.