Archive for the ‘Blues’ Category

Carol G. Nunes@carolgnunes

Luciano Leães é considerado um dos principais pianistas de blues do país. Além de ter aberto o show de Elton John em Porto Alegre, foi vencedor do Prêmio Açorianos de Música na categoria “Melhor Instrumentista Pop”, em 2013. Em seus 20 anos de carreira, dividiu o palco com nomes como Carey Bell, Magic Slim, Hubert Summlin, Larry McCray, Little Jimmy King, Holland K Smith, Ron Levy, Celso Blues Boy, Fernando Noronha, Miguel Botafogo, Solon Fishbone, entre tantos outros.

Foi no início dos anos 2000 que o músico começou a compor as músicas do The Power of Love, primeiro disco de sua carreira solo. Para a finalização e o lançamento do disco, o músico resolveu lançar uma campanha de financiamento coletivo, que ficará no ar mais 42 dias. As recompensas (ou contrapartidas) vão de R$ 30,00 (um CD) até R$ 5.400,000 (um show de Luciano Leães & The Big Chiefs). No site oficial do projeto, você encontra todas as informações e decide como quer fazer parte do projeto – o importante é fazer.

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Luciano Leães & The Big Chiefs (Foto: Doni Maciel)

Abaixo, Leães fala um pouco do seu disco, sua carreira, como é a vida na estrada e muito mais.

The Backstage: São 20 anos de carreira. Como tu enxerga o atual momento da música no estado e no país?

Luciano Leães:  Aprendi boa parte do que sei tocar no piano ouvindo blues, que por sua vez conheci a partir de bandas de rock como Rolling Sontes, Led Zeppelin, Faces entre outros. Minha carreira começou como músico de blues e até hoje boa parte da minha vivência musical está relacionada ao estilo. Viver tocando apenas o que realmente gosto tem um preço, que pra mim acaba sendo bem pequeno pois o dia-a-dia vira algo mais leve, mesmo que as vezes isso possa me trazer algumas dificuldades. Para tanto, dou aula de piano, faço minhas gravações no meu Estúdio do Arco e me desdobro do jeito que dá pra seguir tocando blues. Tenho o meu projeto Piano Night onde ponho meu teclado debaixo do braço e vou para onde for possível contar a história do blues e do new orleans piano; toco com a minha banda Luciano Leães & The Big Chiefs,  Fernando Noronha & Black Soul, minha dupla com a minha guria Luana Pacheco, as vezes acompanho músicos americanos que vem tocar aqui no sul ou em outros lugares do Brasil. Gosto de palco e acho que mesmo em tempos de crise é possível dar um jeito para seguir vivendo de música. Tenho muito orgulho também de fazer parte dos Acústicos & Valvulados, Locomotores e ter participado de bandas como Pata de Elefante, Pública, Gustavo Telles & Os Escolhidos entre outras. Crises vem e vão, e viver de música no Brasil sempre foi mais ou menos difícil dependendo da época, ainda mais quando se toca um estilo que não faz parte do mainstream. Com criatividade e improviso a gente vai trilhando esse caminho. 

Leães em frente ao primeiro estúdio de Cosimo Matassa (em New Orleans), importantíssimo para o R&B e soul music nas décadas de 1950 e 1960 (Foto: Doni Maciel)

Leães em frente ao local onde foi primeiro estúdio de Cosimo Matassa (em New Orleans), importantíssimo para o R&B e soul music nas décadas de 1950 e 1960 (Foto: Doni Maciel)

TB: Como foi a viagem pra New Orleans? Quais as tuas descobertas por lá?

LL: Foi incrível, pois me encontrei com um dos principais elementos da minha música que é a cultura de New Orleans. Acabei me sentindo em casa e tendo experiências que jamais pensei que teria e que me fizeram acreditar na magia daquele lugar. Fiquei amigo da filha do Professor Longhair, um dos grandes ícones do new orleans piano; conheci músicos e ídolos como Allen Toussaint, Jon Clery e Dr. Lonnie Smith; toquei na rua e em bares (ganhei U$ 40,00 em 40 minutos na rua e algumas cervejas em um dos bares mais legais de lá, o Spotted Cat); passei 15 dias em um dos bairros mais tradicionais de New Orleans, onde diversos músicos de rua e artistas vivem, o St Roch District; entre tantas outras vivências que não podem ser medidas por palavras. A arte do meu disco foi feito por uma artista de lá chamada Monica Kelly e tive a participação de músicos locais que gravaram Clarinete, Trompete e Trombone. Isso mostra bastante a sensação de pertencimento que senti naquele lugar.

TB: Tu assina todas as faixas do disco. Como é teu processo de composição? 

LL: Neste disco, todas as músicas são assinadas por mim. Na verdade este disco de estreia é um apanhado geral dos meus últimos 15 anos. Tem música que eu comecei a compor há mais de 15 anos e achei que seria justo fazer uma seleção de músicas compostas nestes últimos anos com o que venho fazendo atualmente. Eu tinha medo que o disco ficasse sem unidade, mas achei muito interessante como acabou fazendo muito sentido tudo que lá está. Tem um período meu mais roqueiro, uma forte influência da música de New Orleans, blues, música instrumental, etc. Como já falei antes, acho que na música não devemos ter preconceito. Devemos deixar nosso espírito se expressar livremente e acho que consegui muito isso no meu disco.

TB: Há quanto tempo tu vem trabalhando no The Power of Love? O que este disco significa neste momento da tua carreira?

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Segundo a revista Teclado e Áudio, Leães está entre os 4 melhores tecladistas de blues do país (Foto: Doni Maciel)

LL: É um marco importante. Embora os Big Chiefs tenham bastante chão (a estreia foi em 2008 no Festival de Blues de Ribeirão Preto), foi no ano passado que resolvi parar um pouco e focar no meu trabalho. Embora não fique pirando e depositando expectativas sobre o que vai acontecer daqui pra frente, posso falar com tranquilidade que tenho muito orgulho desse disco. Três músicas dele foram lançadas ano passado em um EP e uma delas, Song For J.B., tocou em uma das minhas rádios preferidas, a WWOZ de New Orleans. Me emociona muito também saber que nele tem músicos que eu admiro demais, como por exemplo o organista Ron Levy que tocou com o BB King nos anos 70 e é um dos meus grandes mestres. Foi um trabalho que começou a ser gravado há 4 anos e que fluiu naturalmente ao longo desse tempo. Quando foi hora de nascer ele simplesmente veio, e te digo que veio na hora certa, do jeito que eu imaginava.

TB: Como tu faz pra conciliar a carreira solo com as outras bandas que tu faz parte como, por exemplo, os Acústicos & Valvulados?

LL: As vezes é uma loucura. Mais de um show numa noite, toco no Paraná num dia e no outro tenho que estar no interior do Rio Grande do Sul. Mas no fundo eu adoro essa adrenalina e essa vida na estrada. Um fator importante que torna isso possível é o fato dos meus colegas de banda serem bastante compreensíveis com essa realidade da mesma forma que eu sou com meus parceiros dos Big Chiefs. Poucas vezes alguém incomoda por causa disso, mesmo porque todo mundo sabe como é viver de música. Todo mundo dá a maior força. Quero mais é que os meus parceiros se deem bem pois assim todo mundo fica feliz.

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* Quem quiser colaborar de outra forma, que não pelo site, é só mandar um email para llbcproducao@gmail.com, onde a equipe passará os dados bancários e a instruções para depósito.

O show de lançamento vai rolar no dia 3 de dezembro, no Teatro do Centro Histórico Cultural Santa Casa, em Porto Alegre.

Apoie os músicos locais e seus projetos independentes: essa é a única forma de eles continuarem fazendo o seu trabalho 🙂

Carol Govari Nunes@carolgnunes

Foi numa tarde de 2000 que minha irmã me fez sentar no sofá e escutar algumas músicas do “Janis Joplin’s Greatest Hits”. Meus pais têm até hoje o mesmo aparelho de som (toca discos, toca fitas e CD) no mesmo local, na mesma sala, e o início da minha identidade musical foi construída ali. Eu gostava de Bidê ou Balde e Acústicos & Valvulados e achei aquela Janis Joplin muito, muito, muito estranha. Eu não tinha paciência pra aquela gritaria dolorida, que não me deixava muito confortável. Menos de dois anos depois eu estava pegando escondido a agenda da minha irmã para copiar as frases de Janis Joplin, Jim Morrison e Jimi Hendrix. Aprendi cantar “Mercedes Benz” num inglês mega fajuto e achava que tava arrasando. Na verdade, eu “cantava” todo o Greatest Hits e minha agenda de 2002 está praticamente coberta de trechos de suas músicas e suas frases de liberdade.

Há poucos dias, na disciplina de Estéticas da Comunicação, caiu em minhas mãos um texto intitulado “A liberdade na voz de Janis Joplin” (trecho do livro Atmosfera, ambiência, Stimmung: sobre um potencial oculto da literatura, do Gumbrecht), o qual eu deveria apresentar, e que me fez revisitar todos esses sentimentos pré-adolescentes.

Curioso que o texto fala justamente disso: da capacidade que a voz da Janis Joplin tem de nos levar para o longe do presente, incorporando uma geração. No texto, Gumbrecht comenta que a voz de Janis é “metal escuro, vibrante, cheia de dor e de esperança, tão firme que toda uma vida poderia se segurar nela”. O autor refere-se precisamente à música “Me and Bobby McGee”, e comenta que, logo após ser metal escuro, sua voz fica suave quando a memória encontra a mão de Bobby, mas depois volta a ficar tão só e cheia de felicidade perdida que desmorona para se fundir com a música. Também diz que a voz de Janis se transforma em dor – no presente, ela sonha com o passado, e que o drama de “Me and Bobby McGee” se desenvolve nas modulações e metamorfoses da voz de Joplin (por vezes, quando está de mãos dada com Bobby, sua voz é quase tímida, vem da ternura). Mesmo quem não entende inglês, entende a música, pois o sentido das palavras é secundário. E foi assim que eu entendi Janis Joplin.

Quando quer tratar especificamente dos conceitos, Gumbrecht diz que o registro de canções e da voz de Joplin mantém vivo o stimmung existencial da juventude que passou – algo que é condensado nos versos “freedom’s just another word for nothing left to lose” e “I’d trade all of my tomorrows for one single yesterday”. Na voz da intérprete, recordamos uma liberdade que não sentimos no presente do passado. Além disso, ter sido gravada pouco antes de sua morte confere à voz, assim como às atmosferas e aos ambientes que evoca, uma autenticidade que nos agarra – uma autenticidade diante do rosto da morte.

Enfim, deixo abaixo uma imagem de um trecho do texto. 44 anos sem Janis Joplin e mesmo assim sua voz continua a nos agarrar.

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Natalia Nissen@_natiiiii

Sim, tivemos um recesso aqui no The Backstage, mas aos poucos tudo volta ao normal. Nós paramos um pouco, mas a música nunca para. Há poucos dias foi divulgado o novo single do próximo disco do Eric Clapton. “Gotta Get Over” tem o som característico das músicas do Clapton e me faz querer envelhecer tomando umas e ouvindo ele o Paul McCartney. Aliás, o novo disco tem participação do McCartney na canção “All Of Me”.

O single é só uma prévia do que deverá ser conferido no álbum “Old Sock”, com lançamento previsto para o próximo dia 12. Segundo informações do site oficial de Clapton, o disco é uma coleção de algumas das músicas preferidas do artista e que influenciaram sua vida desde a infância e que fazem parte de “seu vasto conhecimento musical”.

Ouvindo a nova canção me senti de novo no show dele. A mesma energia de ouvir alguém que sabe o que está fazendo, como se fosse a coisa mais simples do mundo.

Old Sock

1. Further On Down The Road
2. Angel
3. The Folks Who Live On The Hill
4. Gotta Get  Over
5.  Till Your Well Runs Dry
6. All Of Me
7. Born To Lose
8. Still Got The Blues
9. Goodnight Irene
10. Your One and Only Man
11. Every Little Thing
12. Our Love Is Here To Stay

Carol Govari Nunes – @carolgnunes

Foto: Carol Govari Nunes

Quando eu fui selecionada para o intercambio a primeira coisa que veio na minha cabeca foi a possibilidade de ver um show da Imelda May. Logo comecei a cuidar a agenda dela e procurar passagens. O primeiro show que pensei em ir foi em Paris, mas ainda nao tinha o meu cartao de residencia. Ok, passa. Depois resolvi esperar para fevereiro ou marco, que eh quando meu namorado vem pra ca, mas a agenda da cantora pulou de dezembro para maio. Entao minha unica oportunidade seria quando ela estivesse tocando em Dublin, dia 16 ou 17 de dezembro. Ingresso caro, lugar muito grande e uma semana a mais de hostel, entao como eu ia estar em Dublin quando ela estaria fazendo shows na Irlanda, resolvi ir pra outra cidade. Atravessei a Irlanda e fui parar em Killarney no dia 22 de dezembro: Bingo. Acertei em cheio.

Show em hotel, publico perto do palco, cidade pequena. Fiz reserva em um hostel onde eu era a unica hospedada. Na verdade, parecia que eu era uma das unicas estrangeiras naquela cidade de 14 mil habitantes. Sotaque do interior, eu brigando com o dito sotaque e morrendo de curiosidade pro show. O pessoal daqui eh bem diferente. O inverno na Irlanda eh complicado. Amanhece as 9 da manha e anoitece as 16h (pelo menos nos dias em que estive no pais). Nao me aguentei e fui as 17h pro hotel, ou seja, 2 horas antes de o teatro abrir. Lógico que me perdi no caminho e cheguei la umas 18h15min. O show estava marcado pras 20h30min. Cheguei la, conheci o hotel e fiquei passeando, ate que vejo a Imelda May vindo na direcao do teatro. Pensei sem pensar e a chamei. Me apresentei, disse que eu era do Brasil e que gostava muito dela. Tiramos uma foto e ela entrou. Foi tudo muito rápido.

Pouco tempo depois o teatro abriu e o púbico comecou a entrar. Fiquei perto do palco e de repente um homem (o que tirou nossa foto) veio falar comigo, perguntando se eu era mesmo do Brasil. Eu falei que sim e ele disse algo que não entendi muito bem, mas terminou com um “15 minutes after the show”. Ok.

Foto: Carol Govari Nunes

O show comecou e foi a coisa mais linda que eu ja vi na minha vida. A Imelda tem um dominio absurdo de palco e envolve o publico completamente. Durante todo o show ela conversou com a plateia, agradeceu quem montou o palco, brincou, contou historias, explicou musicas novas e fazia todos ficarem em total silencio para ouvi-la. Darrel Higham, guitarrista e marido de Imelda, eh um show a parte (ja ouviu Darrel Higham and the Enforcers? Ouça tudo dele o que cair em suas maos, por favor). Com sua gretch laranja, ele tocou e cantou junto com a esposa “Temptation”, dos Everly Brothers. Sem firula, guitarra cheiona, crua, rockabilly pra dancar. Dave Priseman, Steve Rushton e Al Gare tambem sao extremamente talentosos e carismaticos, arrasando em seus respectivos instrumentos.

Intercalando cancoes do Love Tattoo, Mayhem e More Mayhem, a banda tocou nada menos que 28 musicas. O bis foi todo natalino, incluindo “Christmas (Baby Please Come Home)”, pra morrer um pouquinho mais. A primeira musica foi apenas com Imelda e Al Gare sentados no rabeco, ele tocando ukulele e ela cantando. Depois a banda entrou, eles tocaram mais duas musicas e o show chegou ao final.

Entao o show acabou e eu fiquei por la, ja que aquele cara tinha dito algo sobre “after the show”. Eu ja estava quase indo embora quando um outro cara veio e fez praticamente a mesma pergunta: “are you the girl from Brazil?” – “yes” – “so come here with me”. Vou, desco uma escada e chego no corredor dos camarins. Neste instante a Imelda estava conversando com um pessoal da California que tambem tinha viajado para ver o show. Passou por mim, olhou no fundo nos meus olhos, segurou nas minhas maos e disse: “YOU! I’LL BE BACK FOR YOU” (isso deve ter durado 2 segundos, mas, por favor, entre no clima romantico da minha narracao/imaginacao). Quando a galera da California foi embora ela veio neste corredor me buscar e fomos para o camarim.

Foto: Carol Govari Nunes

A essas alturas ela ja sabia meu nome, pois o produtor dela, com quem eu havia conversado, ja havia dito. Sentamos, ela perguntou como eu tinha ido parar na Irlanda e como conhecia ela no Brasil. Contei que meu namorado comprou o Love Tattoo em 2009 e foi amor a primeira audicao. Continuamos falando sobre qualquer coisa semelhante a isso e que meu ingles permitisse. A Imelda eh aquele tipo de pessoa que fala te tocando (bem friendly, como aquelas pessoas que tu encontra nos pubs em Dublin querendo brindar com uma guinness). Receptiva, espontanea e muito curiosa (ainda querendo entender como ela tinha fas no Brasil), disse que a unica palavra que sabia em portugues era “obligado”. Sim, com L. Foi tudo muito divertido. Muitas das frases que eu comecava ela terminava, tentando me dar uma mao no ingles. Acabou que eu nao fiquei nervosa em nenhum momento, pois ela foi tao carinhosa que nao tinha como nao ficar a vontade. No camarim ela continuou sorridente e charmosa, tanto como no palco, mas parece que quando ela tirou o salto alto e o vestido, colocou uma babylook e uma calça jeans ficou mais humana, if you know what I mean. No palco era assustador. Logico que isso pode ser coisa da minha cabeca e ela eh soh mais uma cantora de rockabilly, mas era desconcertante encarar aquele mulherao cantando. E ela olha muito nos olhos das pessoas. Eu não conseguia, confesso, sempre que os olhos dela voltavam para mim eu derretia e desviava. E no camarim era mais acolhedor, longe da persona cantora-fodona-no-palco.

Chegou a hora de ir embora, tiramos outra foto e agradeci muito ao produtor dela e ja nem sabia mais o que falar. Ela extremamente querida e eu mais encantada. Fui completamente rendida no Love Tattoo. Conto nos dedos de uma mao os artistas que fazem isso comigo, e a Imelda eh daqueles que eu ainda nao encontrei uma explicacao plausivel pra tamanha gana que ela me causa. Eu sou muito chata, ou morro de amores por uma banda ou to me lixando pra ela. Nunca soube gostar um bocadinho, como dizem os portugueses. Sem falso nacionalismo, dizer que eu era do Brasil nunca foi tao bem dito. Nao acredito em sonho e fico um bocadinho irritada quando falam em realizacao de um sonho. Eu nunca “sonhei” nada disso. Acredito em oportunidade (poder viajar), persistencia (nem a pau eu nao ia pra Irlanda) e sorte. E, porra, eu tenho sido sortuda pra caralho.

Desculpem a falta de acentuacao, mas estou sem notebook e na Belgica, ou seja, sofrendo com um teclado frances. Ia esperar ate voltar pra Faro pra escrever, mas nao me aguentei. Quando eu voltar posto todas as fotos e videos no nosso Youtube e Flickr.