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Carol Govari Nunes@carolgnunes

Seguindo nossa entrevista com os idealizadores da Marka Diabo – Nino Lee Rocker e Danny the Geek, vamos expor para os leitores, nesta segunda parte, a relação da Marka com várias bandas do cenário nacional, estampas favoritas e uma novidade que você confere na última pergunta.

Para acessar a primeira parte da entrevista, é só clicar aqui.

TB: Quais as estampas preferidas na equipe da Marka Diabo?

Nino: Uma que teve muita importância foi a do “Pulp Lego”, que também foi camiseta do mês da Bizz. Outra que gosto de citar é a do “Elvis o Rei”, porque ela foi presenteada  a uma pessoa que jamais acreditaríamos que fosse um dia ter uma camiseta nossa: o mestre dos quadrinhos Alan Moore. Quando o empresário dele viu o Roberto Sadoviski, então chefe da Revista Set, usando uma  na convenção da DC CON nos States e perguntou se ele não conseguiria uma igual pra dar ao Alan, lógico que providenciamos uma. Isso foi uma honra muito grande, o cara é super fan do Elvis.

Estampas especiais (arte: Daniel Souza)

Mas acho que sempre considero a estampa mais legal justamente aquela que saiu de dentro da sua cabeça e a gente acompanha todo o processo dela se tornado real, a nova do Didi Ramone, a nova baseada numa  clássica, mas modificada  cena do Pulp Fiction, a nova do Robert Johnson, a nova que mixou o ET com o House…Ver o nascimento de uma estampa nova me dá muito prazer.

Tenho muito carinho por todas estampas pois elas fazem parte de nossas vidas de maneira eterna.

Danny: Na Marka, eu me sinto como o Charlie na Fantástica Fábrica de Chocolate. Não consigo escolher menos do que 500 favoritas. Só posso dizer que é ótimo ser amigo do Willy Wonka.

TB: A parceria com bandas independentes é muito interessante e faz com que os usuários da Marka conheçam essas bandas. Como surgiu essa parceria com a Desvio Padrão e o Cascadura, por exemplo? Tem outras bandas em vista?

Nino: Bom, isso é algo que vem desde o início e na real posso dizer que vem antes da Marka nascer. Quando corri o Brasil com a Maria do Relento, conheci todos meus ídolos nacionais e dividi o palco com centenas de bandas sensacionais, a necessidade de retribuir o apoio ficou marcado. Sempre buscava meios de ajudar a divulgar quem admiro. Acabei escrevendo para várias revistas alternativas, bolando entrevistas e matérias com os músicos que ia conhecendo. Quando montamos a Marka, esse senso de comunidade foi incorporado a alma da empresa naturalmente.

Danny e Roger, do Ultraje a Rigor (Foto: Fernanda Cardoso)

A lista de bandas que apoiamos ao longo desses anos é enorme. Cachorro Grande, Graforréia, Replicantes, Rosa Tattooada, Maria do Relento,  Reação em Cadeia, Nenhum de nós, Edu K, Velhas Virgens, Skank, Wander Wildner, Mopho, a Mallu, The Headcutters, Redoma, Acústicos & Valvulados, Raimundos, Matanza além de grandes novas bandas paulistas como a Baranga, Cracker Blues, Forgotten Boys, Tomada, King Bird. Figuras lendárias como o Roger do Ultraje a Rigor, Biquini Cavadão, Débora Falabella,  Léo Jaime, Erasmo Carlos, Gastão Moreira, a lista vai muito mais longe.

A Desvio Padrão é uma banda amiga que muito nos ajudou nos eventos que fizemos como os festivais do Gauchada rock  onde levamos além deles  a Rosa, a Graforreia, a Pedrada a Fú, o Alemão Ronaldo, Sigma 7  e o saudoso Bebeco Garcia, sou muito grato a Desvio e eles surpreenderão com o disco novo, que tá bem conceitual e cheio de boas referências, muitas delas absorvidas em festas que fizemos juntos na sede da Marka. Aliás, o disco resenhado por vocês é um trabalho de quase 5 anos atrás que demorou muito a ser lançado, curto os caras.

Nossa parceria também não fica só no âmbito das bandas, apoiamos casas de shows como o Inferno club de São Paulo, a Confraria do Blues e o Bar do Morro. Já patrocinamos o Marcelo Adnet da Mtv e o Telecine Cult. O Cascadura pintou recentemente  na parceria e os caras são muito feras. A banda  mais recente a entrar no apoio foram os Efervescentes.

Pessoalmente, procuro apoiar criando meios de mostrar o que há de legal por aí. Basta ver a seção “Satelite Underground” no site, independente de estarem no cast da Marka ou não, o lance é divulgar coisas legais. Ainda continuo escrevendo minhas matérias e entrevistas, o blog do site tem muitas delas e na revista virtual “Monotongo” também. Além disso, escrevo para o site Whiplash e tenho divulgado, com assessoria direta dos caras, a banda canadense Danko Jones.

Marka Diabo Televison (Arte: Daniel Souza)

TB: E as novidades? Podem nos adiantar o que vem pela frente, em relação à produção, parcerias etc?

Danny: em 2011 teremos muitas novidades legais. A mais importante delas será um novo site. Estou trabalhando com muito carinho nele para dar a melhor experência de uso aos nossos clientes. O objetivo é ampliar e incentivar a integração de nossa pequena congregação de malucos.

Ah, e conforme prometido, temos uma exclusiva para vocês: o lançamento da MDTV! Para quem anda sentindo falta de um lugar para tocar clipes sem parar, criamos um canal no Youtube com diversas listas diretamente ligadas as nossas fontes de inspiração, tais como “Punk is not dead”, “The 80’s Show”, “Vigilantes do peso” com o melhor do Metal, entre várias outras. E as listas vão continuar crescendo. Para conferir é só acessar: http://www.youtube.com/markadiabotv

Marka Diabo Cult e Rock’N’Roll T-Shirts

Carol Govari Nunes@carolgunes

A Marka Diabo tem tudo a ver com o estilo de vida do The Backstage: cultura e rock n’ roll são nossos principais temas. Em uma grande (grande mesmo) entrevista, Nino Lee Rocker & Danny the Geek, idealizadores da Marka, nos contam tudo o que você gostaria de saber sobre a camiseteria mais rock’n’roll do Rio Grande do Sul (e por que não dizer do país?!).

Nesta primeira parte, você confere o que os caras falam sobre o surgimento da Marka Diabo, primeira estampa criada e  interação com o público. Deixei na íntegra porque não tive coragem (isso mesmo) de cortar trechos da entrevista. Todas essas informações são válidas aos seguidores da Marka e do The Backstage.

Então segue aí:

The Backstage: A Marka Diabo tem 5 anos de vida. Onde vocês se encontraram e resolveram criar esta equipe?

Nino: Na verdade a Marka começou quando uma garota chamada Ana Paula cruzou meu caminho depois de eu ter saído da banda Maria do Relento (uma frenética parte da minha vida que durou mais de 10 anos e 3 discos lançados)de onde saí por estafa total.

Quando abandonei a vida na estrada fui buscar um pouco de paz pra cabeça próximo ao Farol de Santa Marta, precisava recolocar minha vida nos eixos, tinham coisas que estavam fora do lugar. Fiquei lá, esperando por alguma idéia que proporcionasse prazer e me  conectasse de alguma maneira com todo aquele universo cultural e artístico que os longos anos com a banda me trouxeram.

Nino Lee Rocker pregando o estilo de vida rock'n'roll (Foto: Ana Paula)

Camisetas sempre foram uma curtição minha, desde minhas primeiras bandas na garagem , era eu quem as fazia em casa. Mesmo bem antes de cair de cabeça no mundo da música, cheguei a montar uma grife, nos anos 80, onde eu desenhava as peças que vendia, chama-se Hay Kay, um projeto que prometia mas que acabou naufragando numa sociedade mal feita,  um ano depois de montarmos a empresa.Com a Ana essas idéias vieram a tona novamente, porque ela me incentivou muito para que eu tentasse algo que eu mesmo pudesse tocar e expressasse paixão, eu e ela acabamos nos tornando o alicerce da Marka e nossa luta juntos deu inicio a tudo.

Quatro anos  depois demos o primeiro salto que considero  um divisor de águas em nossa empresa ao estrearmos o novo e atual formato do site, mais requintado, e pronto para encararmos o Brasil de frente  e ultrapassarmos qualquer limitação que pudesse vir pela frente, algo como o fim da inocência e o começo da maturidade total dentro do mercado online.

Na construção do site foi quando o Daniel Souza (Danny the Geek) entrou na jogada como um parceiro de visão e excelente  estrategista.

Danny: O mais engraçado de meu primeiro encontro com o Nino, foi a instantânea conexão. Não só dividíamos as mesmas manias e gostos (coleções de bonecos, filmes, seriados, livros, música) como tínhamos em comum a paixão por camisetas. Sempre foi um desejo meu poder fazer parte de algo que me desse tanta liberdade criativa e tivesse algo que acho fundamental: alma. Posso dizer quecom a Marka, foi amor a primeira vista.

TB: Como foi o início da Marka?

Nino: O início de tudo foi total “A little help from my friends”. Eu havia feito muitos amigos no cenário musical nacional dos anos 90 e o primeiro cara a dar uma grande força divulgando foi o Diego Medina, com ele a nossa idéia atingiu muita gente bacana. Logo em seguida a Revista Bizz acabaria elegendo duas de nossas estampas como estampas do mês da lendária publicação, no primeiro e segundo ano de vida tínhamos admiradores na Trama Virtual e na revista MTV e muitas bandas vestindo a idéia vieram no encalço.

Costumo citar muito os dois anos em que fomos funcionários do selo Excelente Discos do Gordo Miranda, aprendi muito com ele. Aquele conceito de “brodagem” que o cara tinha foi algo que me inspirou demais. Os primeiros anos foram no boca a boca e isso foi vital para nós, só depois da entrada do Danny que passamos a adotar estratégias mais fortes de marketing e divulgação por meios eficazes dentro do universo da internet, foi quando passamos a explorar muito mais dados, estatísticas e metas em relação a nosso desenvolvimento na rede, mas sempre priorizando as vendas voltadas ao consumidor da nossa loja.

TB: Notamos a variedade gigantesca de estilos – rock, jazz, samba, filmes, desenhos, seriados etc etc etc. O surgimento das ideias para as camisetas acontecem naturalmente, ou vocês fazem uma busca de mercado sobre o que as pessoas mais curtem usar?

Nino: Nenhuma busca de hypes  do  mercado ou baseada neles é feita. Nenhuma pesquisa no que vende ou não. O processo é bem natural: o que achamos o máximo, mesmo que seja algo muito pessoal mas que acreditamos que o mundo deveria ter percebido ou merece ser lembrado nas paginas de sua história cultural, seja pop ou totalmente underground.

Danny: Nossas melhores estampas fluem naturalmente, de conversas sobre coisas que marcaram nossas vidas ou “profundas” discussões sobre as novidades do cenário cultural. Muitas vezes essas conversas são para avaliar se daremos o “Selo Marka Diabo de Qualidade”. Nossas escolhas baseam-se muito mais em admiração pessoal do que qualquer modismo. Para nós, o que separa Milionário & José Rico de Simon & Garfunkel são fatores geográficos e culturais. O amor pela música é o mesmo e o resultado deve ser julgado apenas pelos fãs de cada um (ou de ambos, como nós). Nostalgia também é um grande fator. Daqui a 20 anos, teremos estampas de algumas “bandas de rock” que hoje fazem sucesso entre meninada de 10 a 13 anos. Mas só depois que elas lembrarem como nós lembramos do Menudo – uma mistura de carinho e vergonha, hehehe.

Daniel com a primeira estampa da Marka, em Paris (Foto: Fernanda Cardoso)

TB: Qual foi a primeira estampa criada?

Nino: A estampa que gerou tudo foi o logo do Thin Lizzy. É nossa banda símbolo. Foi uma estampa que desenhei a caneta para a Ana e ela me trouxe a camiseta feita como presente. Foi ali que percebi que coisas abandonadas pela moda e pelo gosto popular era algo que ainda existia guardado dentro de muitas pessoas.

TB: Desde sempre o público pode mandar sugestões para as camisetas? Ou a partir de quando isso começou?

Nino: Na verdade nunca sentimos a obrigação de aceitar todas sugestões que chegam até nós. Antes de tudo é levado em conta nossa ideologia; se é algo que a gente ache de extremo valor cultural, procuramos dar um jeito de disponibilizar, mas tem de ter a nossa cara e tem vezes que as sugestões não são.

Danny: Muitas das ações que foram implementadas esse ano em redes sociais, tem como objetivo facilitar a aproximação e ampliação de nossa comunidade  de Markeiros. Muitas sugestões surgem diariamente e algumas caem como uma bomba do tipo “como não temos isso ainda!”, já outras caem na categoria “Rejeitado!”.

TB: Tem alguma estampa que tenha um significado diferente / mais importante que as outras?

Nino: Além da estampa número um, do Thin Lizzy, não posso deixar de citar a “Clockwork Orange Playmobil”, que foi a primeira estampa criada por nossa equipe que correu o país inteiro quando escolhida como a camiseta do mês da Bizz e foi exatamente nesse ponto que fomos descobertos.

Danny: Para mim, duas estampas foram a gota d’água para cimentar meu amor absoluto pela loucura da Marka Diabo: a do Tatu da ilha da Fantasia e a do Paulo Cesar Pereio com a frase “Eu te amo, porra!”. Quando eu vi elas pela primeira vez pensei: eu pertenço a este lugar.

 

*Amanhã você confere a segunda parte da entrevista, que promete muito mais:  Nino Lee Rocker & Danny the Geek contam sobre a parceria com bandas e uma novidade exclusiva sobre a Marka!

Rio Grande do Paul

Posted: 08/11/2010 in Agenda, Rock, Shows
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Natalia Nissen@_natiiiii

Porto Alegre respirava Paul McCartney nas vésperas do show na capital gaúcha. O ex-beatle fez um espetáculo histórico de três horas de duração para mais de 50 mil pessoas, entre elas jovens que aprenderam a gostar do artista com os pais e também, aqueles que ouviram os sucessos dos Beatles durante sua juventude nas décadas de 60, 70 e 80. Foi a primeira apresentação do astro no Rio Grande do Sul.

Os fãs começaram a formar a fila para entrar no estádio Beira-Rio já na quinta-feira, 04, em frente ao hotel no qual o artista e sua equipe se hospedaram centenas de pessoas se uniram na esperança de ver um pouco mais de perto o ex-beatle. Paul McCartney desembarcou no terminal velho do Aeroporto Internacional Salgado Filho em Porto Alegre no final da manhã de sábado, 06.

Trinta e seis músicas fizeram parte do repertório do primeiro show da turnê Up and Coming no Brasil. Durante o show o ídolo surpreendeu os fãs, um legítimo gentleman, chamando duas garotas ao palco, elas tinham cartazes pedindo um autógrafo no braço para ser gravado com uma tatuagem.

Paul levou o público ao delírio quando falou “mas bah, tchê!” e provou que o o Rio Grande deixou de ser “do Sul” para ser “Rio Grande do Paul” na noite de domingo. Além de conquistar ainda mais o público com seu “gauchês”, Macca mostrou que mesmo aos 68 anos de idade ainda tem energia suficiente para retribuir o carinho e a dedicação dos fãs. No final do show agradeceu “Obrigado, Porto Alegre. Até a próxima”.

O contabilista Diego Dias, 22 anos, declarou emocionado:

Paul McCartney fez um show histórico em Porto Alegre. Eu olhava para um lado, via uma senhora de uns 50 anos chorando, do outro, um rapaz jovem também com lágrimas nos olhos. Famílias inteiras celebrando um momento único em suas vidas. Com tantas celebridades descartáveis hoje em dia, que show conseguiria reunir tantas gerações para prestigiar um ídolo? Como prometido, foram três horas de belas canções e uma energia inacreditável em todo o estádio. E se eu disser que essas três horas ainda foi pouco, você acredita? Só Paul McCartney consegue isso. Dificilmente Porto Alegre verá um show melhor que esse nas próximas décadas. Memorável! Um daqueles dias em que nos orgulharemos de contar para nossos netos.

Diego registrou momentos do show, como a música “Live and Let Die” que encantou o público com os efeitos pirotécnicos. 

Após a apoteose provocada por McCartney no estádio Beira-Rio os fãs deixaram o local cansados, porém satisfeitos. O ex-beatle faz show em Buenos Aires nos dias 10 e 11 e depois volta ao Brasil para as apresentações em São Paulo nos dias 21 e 22 de novembro.

Josefina Toniolo – @jositoniolo/ Natalia Nissen – @_natiiiii

Quem disse que a música não pode auxiliar na educação dos jovens? A professora de inglês do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, de Frederico Westphalen, Juliana Andrighe, fez um projeto com os alunos da 8ª série. Ela quis resgatar o rock’n’roll clássico e deixar de lado as bandas atuais, mostrando aos alunos as origens do gênero musical. A turma foi divida em grupos e cada um escolheu uma banda, dentre uma lista, para pesquisar. As opções foram várias, Rolling Stones, The Beatles, Aerosmith, Guns N’ Roses e até Abba. Os alunos tiveram palestras sobre o assunto e puderam desmitificar o rock e perceber que o estilo vai muito além do estereótipo “sexo, drogas e rock’n’roll”.

Aluna do Colégio Auxiliadora (Foto: Di Luis)

O vendedor e comunicador, Luis Carlos Nunes (Fuga), deu uma palestra aos alunos falando da história, traçando um paralelo entre o rock antigo e o atual, passando por Chuck Berry, Jerry Lee Lewis e o rock “comercializado” atualmente. Ele comentou fatos e discos polêmicos, contou dos festivais de música e das bandas que mudaram a história do gênero. O palestrante percebeu que poucos alunos já tinham uma base a respeito do assunto, mas que muitos se interessaram em buscar novas informações sobre as tradicionais bandas de rock.

Lyan Celuppy, 14 anos, achou muito interessante o projeto e afirma que já conhecia o estilo e gosta de bandas como Led Zeppelin, Black Label Society e também de Ozzy. Outros já gostavam das músicas, mas não tinham contato com essas bandas clássicas, e mesmo assim pesquisaram sobre, como é o caso da estudante Eloisa Sampaio, 14 anos.

O projeto foi apresentado na Feira de Ciências do colégio e na última quinta-feira, 21, a banda Áudio Etílico fez uma apresentação cantando algumas das músicas estudadas pela turma, “uma grande iniciativa fazer com que os jovens tenham contato com o rock’n’roll, o projeto trouxe muita coisa da história do rock com a palestra do Fuga.  Foi uma honra ser lembrado pra esse tipo de evento, foi tudo bem no improviso, bem itinerante mesmo, me diverti muito” declarou Eocares, vocalista da Áudio Etílico. Juliana fez contato com a banda por meio de um colega de trabalho e os alunos aprovaram a ideia.

Áudio Etílico (Foto: Di Luis)

 

Carol Govari Nunes@carolgnunes

O vocalista e guitarrista Martin em show no ano de 2006 (Foto: Carol Govari Nunes)

Há algum tempo meu namorado disse que eu sou muito exagerada. Não lembro direito a ocasião, mas provavelmente foi por que um fiapo de corda raspou no meu dedo e eu estava apavorada achando que iria pegar tétano. Ou na ocasião em que eu bebi demais e entrei em pânico pensando que acordaria no dia seguinte e ainda estaria bêbada, ficando assim pelo resto da minha vida.

Aí dia desses viciei completamente no Dezenove Vezes amor – disco de lançamento da dupla Martin e Eduardo. Um belo disco de rock com melodias bem trabalhadas e letras trazendo à tona o cotidiano e reflexões. E desde o dia do lançamento eu não tiro as músicas do play nem sob tortura.

Eu não gostei do Dezenove Vezes Amor: eu morri de amores pelo Dezenove Vezes Amor. Canto todas as músicas pelo apartamento, faço minhas amigas ouvirem na marra, crio clipes e me aposso das músicas como se elas tivessem sido escritas para mim (e por mim).

Todas as manhãs a mesma rotina: se eu não ouvir o disco, vou tropeçar na escada, cair e perder o ônibus para a faculdade. Ou eu coloco “Só” bem alto no fone ou meu dia será péssimo. É pior que passar debaixo de uma escada em uma sexta-feira 13. Então um, dois, três: lá estou eu tocando air drum ao atravessar a rua como se não houvesse trânsito.

Eduardo tocando com a cantora Pitty no Pepsi On Stage, em Porto Alegre (Foto: Carol Govari Nunes)

Reclamo porque falaram que o Dezenove Vezes Amor não é bom. Na verdade, quem disse isso mal ouviu o disco, mas eu não vejo assim: eu fico louca, chorando, esperneando, xingando todo mundo (mentalmente, é óbvio. Sou exagerada, mas ainda me sobra um pouco de bom senso).

Mas calma, não é sempre assim. Às vezes eu consigo me controlar e só coloco 4 vezes no repeat. Repeat, repeat, repeat, repeat.

Perder o show de lançamento de Martin e Eduardo foi uma desgraça, me deixou com o coração partido, foi o fim do mundo.

Ouvir o Dezenove Vezes Amor todo santo dia é algo sagrado, amém.

Eu disse que era exagerada, mas não disse que não era louca.

*O site da dupla é bastante completo e nele você encontra cifras e letras das canções, além de várias informações, vídeos, blog etc.