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Carol Govari Nunes@carolgnunes

No último sábado, 22, o Salão de Atos da UFRGS foi palco para mais uma noite de “Concertos Dana”, dessa vez com a Cachorro Grande. Regida pelo Maestro Tiago Flores, a Orquestra de Câmara da ULBRA fez arranjos lindíssimos para grandes sucessos de todos os álbuns da banda convidada.

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Foto: Carol Govari Nunes

O Salão de Atos estava lotado para assistir à apresentação. De tarde, Beto comentou que estava preocupado porque tinha ficado sabendo que a procura por ingressos tinha sido baixa. Eu comentei que também não tinha visto muita divulgação online, e Gross interrompeu minha fala dizendo que tinha visto várias vezes na mídia impressa e na televisão. Talvez isso explique o fato de o local estar cheio de idosos. Eu, acostumada a um público de show de rock, achei que a divulgação tinha sido péssima. Erro meu – o público alvo era outro. E com razão: depois fiquei sabendo que os Concertos Dana são um sucesso há 13 anos, sempre superando as expectativas – inclusive as minhas. Além das pessoas mais velhas, muitas crianças habitavam as cadeiras com expressões curiosas e felizes. Adultos que eu também não costumo encontrar nos shows que vou, ou seja, era um público bem diferente do público da banda e bem diversificado entre si. Acho que era um público dos Concertos Dana, isso sim, mas que gostou muito da Cachorro Grande, pois aplaudiram muito e apreciaram cada minuto do espetáculo.

Houve uma necessidade de a banda se adaptar ao evento: nada de palhetada violenta na guitarra, corda arrebentando, nem baqueta quebrando na caixa. Aliás, as baquetas do Boizinho eram específicas para o concerto (aquelas baquetas pra Acústicos, tipo do Nirvana). Então foi tudo muito bem tocado, bem cantado, com uma interação extremamente gentil com o público e com a Orquestra. E que Orquestra. Criaram arranjos lindos, interessantes, e tudo tocado perfeitamente. Talvez eu tenha ficado tão boquiaberta porque onde eu vou geralmente tem um monte de gente bêbada, gritando e pulando em cima do palco. Confesso que eu já estava mais interessada e apaixonada por violinos do que por guitarras, e muitas vezes fiquei mais vidrada na própria Orquestra do que na banda.

No dia seguinte, conversei com Gross e ele comentou que as baladas foram privilegiadas, além de músicas que eles imaginavam que ficassem legais com orquestra, mas sempre desviando das “pauleiras”. Contou também que a banda ficou muito emocionada quando chegou para o ensaio em Canoas, na ULBRA, na tarde anterior, e os arranjos estavam lindíssimos. Sobre o concerto, disse que foi muito legal e muito louco porque eles estão acostumados a tocar para o público do Opinião, em nightclub, e ali tinha um monte de gente para quem eles nunca tocaram (ou não estão acostumados a tocar).

Disse também que a maior dificuldade foi ter que tocar baixinho, pois eles estão acostumados a tocar muito alto, mas que eles conseguiram fazer o que o Maestro havia dito sobre “segurar a mão para ressaltar o que a Orquestra estava fazendo”.

Então esse foi o lance essencial daquela noite: destacar a música como um todo, não só uma coisa ou outra. Não só a banda. Não só a Orquestra. E eu saí de lá com a impressão de que todos foram muito felizes nisso.

Outras fotos

Vídeo de Hey Amigo

PS: Se você quiser saber um pouco mais sobre o concerto, no blog do projeto CULTPOP tem um relato detalhado da noite.

Carol Govari Nunes@carolgnunes

Eles tinham ótimo primeiro disco, um amadurecimento nos discos seguintes, estavam prestes a debutar na estrada e tinham uma marca registrada. Quando tudo se solidificou, eles resolveram quebrar a casca e se libertar. Foi mais ou menos assim que Beto Bruno me falou sobre o “Costa do Marfim”, disco novo da Cachorro Grande, num boteco próximo ao Opinião, poucas horas do show de lançamento, dia 9.

Montagem de palco e passagem de som durante a tarde (Foto: Carol Govari Nunes)

Montagem de palco e passagem de som durante a tarde (Foto: Carol Govari Nunes)

Entre um tampico e um suco de uva, Beto falou da necessidade que a banda sentiu em sair do fácil, do cômodo, do sucesso certeiro. Disse que estavam cansados de fazer cover deles mesmos e é enfático quando comenta que a paixão deles é por fazer música, e não sucesso. Mesmo com o jogo ganho (o público conhecendo todas as músicas, turnês bem sucedidas etc), mesmo com tudo lindo, eles se sentiam musicalmente amarrados – daí o lance de quebrar a casca, de se libertar. Inclusive, acho que a palavra “libertador” foi uma das mais usadas pelo vocalista. Dividido entre o cansaço da agenda lotada de entrevistas (mais de 89 (!) desde o lançamento do disco) e a ansiedade pelo show da noite, Beto comentou que o tesão por fazer shows voltou. Não só nele, mas em todos os músicos, e isso era absolutamente visível durante a montagem de palco e a passagem de som.

Quando conversamos sobre a influência de Edu K no produto final, Beto diz que “Edu é do mundo”, por isso o chamaram para a produção do disco. Além de ser um sonho antigo em trabalhar com o líder do Defalla, a banda sabia que Edu seria crucial para a mudança da sonoridade da banda. “Nada no Rio Grande do Sul (e nem no Brasil) se parece com o Edu K”, comenta Beto, pouco antes de sermos interrompidos para ele tirar uma foto com um fã.

Continuamos num papo que vocês já devem ter lido por aí: que eles criaram tudo na hora, que não ensaiaram antes de gravar o disco, que é o disco mais experimental, que o Edu K fez eles pensarem um jeito diferente de fazer música. O que talvez vocês não tenham lido por aí é sobre a dificuldade de chegar onde a banda chegou. Quer dizer, chegar é fácil, o problema é se manter. E a Cachorro Grande, mesmo sem ter tido muito apoio da mídia no começo, tem se mantido firme desde então. Mas essa segurança não impediu a mudança sonora e estética da banda – quando falo em estética, penso (e Beto confirma) que não adiantava mudar o som e eles aparecerem de terninho, por exemplo. E também não adiantava continuar fazendo sucesso e eles se sentindo musicalmente estagnados. E, por mais a vida de estrada pareça “rock’n’roll all night and party every day”, Beto fala com muita seriedade da ideologia da banda, do trabalho duro de fazer um disco melhor que o outro, um show melhor que o outro, de se reciclar.

Quando somos interrompidos novamente para Beto tirar outra foto com duas fãs, ele diz que eu sou sua fotógrafa particular e que acabei de chegar da França. E foi assim que, por ora, terminamos um papo confortável sobre a cena local, a dificuldade do começo, o trabalho da banda, alucinações da vida y otras cositas más.

A banda interagiu com o público durante todo o tempo. Beto Bruno dedicou o show a seu pai, Bocajão, falecido recentemente (Foto: Carol Govari Nunes)

A banda interagiu com o público durante todo o tempo. Beto Bruno dedicou o show ao seu pai, Bocajão, falecido recentemente (Foto: Carol Govari Nunes)

Costa do Marfim, o show

Um público por volta de 980 pessoas aguardava ansiosamente por Beto, Gross, Pelotas, Coruja e Boizinho. Dividido em dois atos (o primeiro com as músicas do disco novo; o segundo com o “baile dos Cachorro Grande”), o show foi alucinante. As músicas novas foram executadas perfeitamente, e abrir com “Nuvens de fumaça” foi uma ótima escolha. Quem estava no meio do público era Edu K. Me arrisco a dizer que ele era um dos mais emocionados de todos que estavam ali. Também, pudera. Beto comentou, durante a tarde, que Edu não foi só um produtor, mas um integrante da banda, contribuiu em absolutamente tudo que estava no disco – as músicas que estavam sendo tocadas também eram dele.

E foi mais ou menos nesse clima que o show terminou (Foto: Carol Govari Nunes)

E foi mais ou menos nesse clima que o show terminou (Foto: Carol Govari Nunes)

O show seguiu com “Eu não vou mudar”, “Como era bom”, “Crispian Mills”, “Use o assento para flutuar”, “Eu quis jogar” e “O que vai ser”, e, mesmo sabendo que esse era todo o Ato 1, confesso que fiquei esperando mais músicas do disco novo. Desde que foi lançado, não ouço outra coisa senão o Costa do Marfim. E ver todo esse disco no palco deve ser a vontade de muita gente. Entretanto, preciso ser coerente e dizer que o Ato 2, para o público, em geral, foi o mais animado do show. Na verdade, são duas situações completamente diferentes: o Ato 1 é um desfrute sensorial, são várias texturas, somos jogados para dentro do (baita) telão e suas imagens psicodélicas, as músicas são tocadas em cima de uma base, é outro clima. O Ato 2 é um show pra fora, animadão. Mesmo que eu esteja total na vibe Costa do Marfim, entendo que foram as músicas “Lunático”, “Hey amigo”, “Deixa fuder”, “Bom brasileiro”, “A hora do Brasil”, “Roda gigante”, “Que loucura”, “Dia perfeito”, “Sinceramente”, “Velha amiga” e “Você não sabe o que perdeu” que levaram todos à loucura (externa).

Quem subiu para cantar “Helter Skelter” junto com a banda foi Edu K. “Subiu” foi um jeito educado de dizer que ele entrou correndo, arrancando o microfone do pedestal do Coruja (consequentemente perdendo o cabo do microfone, ou seja, começou a cantar sem sair som) e praticamente se jogando em cima do Beto Bruno. Foi um final catártico para todos, com direito a beijos na boca e bateria destruída no palco. E isso é tudo que eu me permito escrever – só quem estava lá é que sabe.

Term fotos de todos esses momentos na fanpage do blog, no Facebook. Clicando aqui você vai direto pra lá.

Nos dias 17 e 18 será a vez de São Paulo conhecer o Costa do Marfim. Uma boa viagem a todos.

Carol Govari Nunes @carolgnunes

O Josh Homme é tão perfeito que parece ser de mentira.

Eu não choro. Mentira, eu choro. Mas não em público, pelo menos. Eu consegui engolir o choro lá pela quinta música. Depois disso, durante as músicas seguintes, congelei. Fiquei hipnotizada, olhando para o palco sem me mexer. Só fui efetivamente bater cabeça em “Feel Good Hit of the Summer”. Confesso que não tenho sido o que se espera de bom público. Não faço parte do coro, não bato palma na hora combinada, não pulo abraçada com os amigos (até porque tenho ido a shows completamente sozinha), não fico gritando, enfim, não tenho atitudes muito tradicionais. Quem me vê de braços cruzados e completamente sisuda nem desconfia da minha excitação interna. Acho legal olhar para o lado e ver a galera abrindo rodas de pogo, acho divertidíssimo observar pessoas gritando e acenando para o palco, gesticulando na tentativa de fazer com que algum músico o veja, realmente fazendo parte daquilo. Mas eu também me sinto parte daquilo, só que de um jeito diferente: prefiro olhar compenetradamente, dançar na minha, bater palma na hora em que eu sentir vontade, mesmo que ninguém ao meu lado faça o mesmo. Eventualmente encontro pessoas perdidas com as mesmas atitudes, o que também é legal.

Percebo que o meu gostar tem sido cada vez mais pra dentro, e acho que isso meio que faz parte de envelhecer. Até então, o show mais emocionante da minha vida tinha sido o do Red Hot Chili Peppers (claro, tem o da Imelda May, que tá no Top 3, mas que também já faz parte da minha fase adulta), em 2002, aos 14 anos, onde eu me descabelei, gritei, pulei, desidratei, passei mal e fui parar na enfermaria, isto é, fiz tudo o que eu tinha direito. O mais engraçado é que eu tinha passado spray azul no cabelo, então o suor misturado com choro deixou meu rosto completamente azul. No final do show eu parecia um smurf. Tenho várias lembranças/histórias de quando eu gostava para fora, mas confesso que estou preferindo essa fase de gostar para dentro, mesmo que eu pareça completamente deslocada nos shows.

Queens of the Stone Age, Porto Alegre/RS, 27/09/14 (Foto: Carol Govari Nunes)

Queens of the Stone Age, Porto Alegre/RS, 27/09/14 (Foto: Carol Govari Nunes)

O show do QOTSA foi o melhor show da minha vida. Eu não consigo explicar, nem desenhar, nem nada. Logo no primeiro acorde de Millionaire eu vi que ia sair surda do Pepsi on Stage – Josh Homme e sua trupe chegaram com muita violência – e as guitarras ecoam no meu cérebro até agora. Acho que só quem esteve presente consegue entender o que aconteceu naquele espaço lotado. Não tenho palavras. Minha visão jornalística evaporou (ainda bem!). Eu até poderia tentar escrever uma resenha, mas seria desonesto da minha parte, pois eu não conseguiria expor 1% do que foi a noite do dia 27 de setembro.

E por mais que eu quase não tenha pulado, quase não tenha cantado junto, quase não tenha pirado fisicamente, parece que eu fui atropelada por um caminhão. Um caminhão chamado Queens of the Stone Age.

Carol Govari Nunes – @carolgnunes

Ela voltou com o pé na porta: chegou chegando com SETEVIDAS (a música) na abertura do show, não deu tempo para adaptações e nem tempo para a galera respirar entre uma música e outra. Sem pisar no palco do Opinião com sua banda principal há quase três anos, Pitty retornou sedenta ao bar na última quinta-feira, 21, para o show de lançamento do seu novo álbum. Iniciando pontualmente às 23h, o show de mais ou menos 1 hora e 45 minutos apresentou quase todas as músicas novas, além de hits dos outros discos, excitando o público a cada acorde tocado.

A mudança da disposição dos instrumentos no palco, que trouxe Duda e sua bateria para frente, fez com que a performance da cantora fosse enriquecida pela maior mobilidade, a deixando solta pelo palco. Pitty dança, pula, se mexe livremente, circula entre os músicos e se apresenta muito melhor do que antes. Um telão, que agora faz parte do show, é muito, muito interessante. E quando eu digo que “faz parte” é porque eu acredito que ele realmente integra o show, não está ali somente como suporte visual. Se é para ser assim, eu não sei, mas eu me perdi várias vezes naquelas imagens. Ponto alto para a nova iluminação de palco, que também está demais.

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A banda numa linha de frente, o que deixou o show muito mais interessante (Foto: Carol Govari Nunes)

Se dor exposta é pra doer, Pitty mostra, no SETEVIDAS, que a dor faz parte da nossa existência e que é tão natural quanto os momentos de alegria. Ela foge da obrigação de ser necessariamente feliz e não minimiza seus sofrimentos – muito pelo contrário –, deixa que eles transbordem em suas composições, transformando-os em um show brilhante e cheio de vida, porque a vida é composta de tudo isso.

SETEVIDAS (música, clipe, disco, turnê) é um renascimento, e só renasce quem morre. Se Pitty não tivesse morrido algumas vezes, ela não teria voltado mais experiente, mais sensual, mais autêntica, mais provocativa, mais livre, mais viva. Pitty nunca foi do time dos artistas que fazem músicas fofas (doces, sim) para relaxar, e sim músicas para provocar, para impulsionar, para questionar, para exorcizar e refletir. Não sei se todo mundo entende o que eu quero dizer, mas tenho certeza de que quem acompanha a sua carreira desde sua primeira respiração afobada em “Máscara” sabe do que eu estou falando.

Não digo que fiquei surpresa com o show, pois sei que a banda nunca fica estagnada e sempre aparece com novidades, mas fiquei muito bem impressionada e rendida. Por mais que eu já tivesse assistido a alguns vídeos na internet, nada no youtube consegue transparecer a essência de uma música executada ao vivo. No palco, que, para mim, é onde tudo faz sentido, Pitty liberta seu instinto mais primitivo e não, não tem domador. Por isso aconselho: se você puder, vá ao show e presencie esse retorno cheio de vida, de garra e de ousadia.

Carol Govari Nunes@carolgnunes

O Bar Opinião recebeu na última segunda-feira, dia 5, uma atração vinda direto de Nova York: a banda The Slackers. Pela segunda vez em Porto Alegre (a primeira foi em 2010), os Slackers tocaram na 2ª Maluca Especial Ska, logo após a abertura da Pata de Elefante – que também fez versões Ska de suas músicas.

Com um quarto CD previsto para ser lançado no início de 2013, a Pata de Elefante subiu ao palco por volta das 22h30min, dando início à Segunda Maluca. Prego, baterista da Pata de Elefante, comentou que eles ficaram durante um mês em ensaios para esse show, e que as versões deram bastante trabalho. Depois, em conversa com o The Backstage, comentou que já gostava do trabalho dos Slackers e ficou muito feliz com o convite, e que mesmo tendo sido bem trabalhoso transformar o ritmo das canções da Pata, aquilo foi muito gratificante e divertido.

A Pata de Elefante tem 10 anos de estrada e começou com um trio (os quais estão até hoje na banda) e com o tempo foi se tornando um quarteto, quinteto e agora septeto.

Com divertidas versões, a Pata de Elefante animou o público que ali chegava aos poucos – a maioria para ver a atração principal da festa.

Glen Pine e Vic Ruggiero dividiram os vocais e animaram o público durante todo o show (Foto: Carol Govari Nunes)

Sem firula, os Slackers entraram no palco e deram continuidade ao clima festivo da noite. Intercalando músicas dos mais de 8 álbuns, os Slackers mostraram por que são uma das bandas mais conhecidas da nova cena Ska de Nova Iorque. Os caras já abriram shows pra ninguém menos que Toots & the Maytals, The Specials, Rancid e Floggin Molly, just to name a few. Formada no Brooklyn em 1991, a banda que se intitula “Jamaican Rock’N’Roll” tocou mais de 15 dos seus sucessos que misturam Ska, Reggae, Rocksteady, 60’ Soul, Swing, Garage Rock, Jazz, Bogaloo entre outros ritmos. Tocaram, inclusive, em versão reggae-balada, “Like a Virgin” (assista a gravação desse momento aqui), da Madonna, além de “Bitch” (Stones) e “Attitude” (Misfits). Aliás, essas músicas estão em um álbum só de versões reggae/ska de vários hits, intitulado The Radio.

Formado por Glen Pine (trombone e voz), Agent Jay (guitarra), Vic Ruggiero (voz e orgão), Dave Hillyard (saxofone), Marcus Geard (baixo) e Ara Babajian (bateria) o grupo novaiorquino faz parte do Selo Punk “HellCat Records” e já havia feito outras turnês no Brasil. Falando várias frases em português, Glen Pine comentou da felicidade em estar de novo em Porto Alegre. A banda conversou com o público durante todo o show e fez todo mundo dançar enlouquecidamente no ritmo Ska.

Na Fanpage do The Backstage Blog você confere outras fotos do show. Em breve, mais vídeos no nosso canal no Youtube.