Posts Tagged ‘Carlinhos Carneiro’

Carol Govari Nunes@carolgnunes

ImageProxy

O final de ano da banda de rock Bidê ou Balde está sendo de um ineditismo inédito: entre este final de novembro e começo de dezembro está rolando a sua primeira turnê internacional, com shows no Uruguai, Argentina e Peru. No último final de semana que passou a Bidê encantou nossos hermanos em Montevidéu e Buenos Aires, e nem deu tempo de desfazer as malas para as próximas peripécias. Olha aí a primeira agenda com DDI dos Bidê:

21/11, sexta-feira (já ocorrido)

El Living

Montevidéu (Uruguai)

23/11, domingo (já ocorrido)

Festival Nuestro – Estadio del Bicentenario

Buenos Aires (Argentina)

29/11, sábado

Feira Binacional Brasil-Uruguai do Livro

Jaguarão (Brasil)

5/12, sexta-feira

Cocodrilo Verde – Miraflores

Lima (Peru)

6/12, sábado

II Festival Peru + Brasil – Asociacón Guadalupana

Lima (Peru)

Em Jaguarão (na Feira Binacional do Livro) e no Peru (no Festival Peru+Brasil) haverá também o lançamento internacional do livro “Uns Troço do Só Mascarenhas”, escrito pelo vocalista da Bidê, Carlinhos Carneiro, e recentemente lançado, com estrondoso sucesso, na 60ª Feira do Livro de Porto Alegre, com direito a show histórico da BoB para uma multidão ensandecida que lotava a praça da Feira.

Nesse período a banda também vai estar finalizando seu novo álbum, repleto de participações especiais, encontros inesperados e novidades chocantes, misturando e pondo pra fora de forma musical, um reflexo dessa fase alto astral, criativa e cheia de premiéres que a Bidê está vivendo.

Outra informação importante é: depois do sucesso na Feira do Livro, é chegada a hora do lançamento do livro “Uns Troço do Só Mascarenhas”, psicografado por Carlinhos Carneiro e ilustrado por Carla Barth, na Livraria Cultura (em Porto Alegre), dia 1º de Dezembro. Cola lá!

PS: em respeito à Ame o rock!, que alinha todos os seus textos à direita, o The Backstage também deixa esses bonitos caracteres alinhados dessa forma 🙂

Carol Govari Nunes@carolgnunes

10387964_1425317871073391_624293215_n

Registro fotográfico da noite (Foto: #euzinha)

“Pegue o seu sorriso e enfia no cu / Eu quero ver você sorrir com o cu cheio de dentes”. Acordei cantando esse trecho fofo da balada mais amor que eu ouvi nas últimas 24 horas. Na real, meu cérebro tava uma mistura de “Brindemos / Fa-fa-fa-fa” e “Adelaide nãoseioque”, que já esqueci porque não escrevi assim que acordei. Deve ter um dedo do negrinho (não, vocês também não falam “brigadeiro”) de Jack Daniel’s que entrou no cardápio do Gisarole Pub na noite de ontem, mas deixemos isso para o meu livro de críticas culinárias.

Pois bem. Localizado no bairro Santana e atendendo o público há 44 anos, o Girasole Pub está com uma noite +QD+ encabeçada por ninguém menos que o vocalista da Bidê ou Balde. Quem pensa que a Bidê tem as letras mais nonsense do cenário gaúcho é porque nunca viu o alter ego de Carlinhos em ação. Intitulado “Bife Simples” e improvisando com tudo e todos que estiverem ao redor, tivemos uma noite regada a clássicos jamais ouvidos e improvisos esdrúxulos e alucinatórios, os quais fizeram a alegria da juventude presente no pub.

Com uma musicalidade incompreendida por muitas pessoas da raça humana que habitam este universo, Carlinhos recebe toda quinta-feira vários amigos no minipalco do Girasole para noitadas musicais completamente descompromissadas. Quem também faz parte das Quintas do Gira são seus companheiros da Império da Lã (Chico Bretanha e Jojô Lalá), outra banda sem repertório nem formação fixa. Auto-intitulada como “uma junção de artistas para farrear e trabalhar, que se recusa a adotar a reforma ortográfica da língua portuguesa por pura simpatia com a trema”, a Império da Lã é uma banda-instalação-readymade anti-totalitarista, pró-álcool-festa-e-libertinagem. Entendam como conseguirem.

Entendam como conseguirem, também, o processo de composição do artista em questão. Ou melhor, não entendam: apareçam nas Quintas do Gira para ter uma noção do brilhantismo-bizarro-experimental com um quê de lo-fi psicodélico que sai do cérebro do Carlinhos naquelas horas únicas de musicalidade duvidosa, mas com muito coração.

O problema do segredo é que ninguém decorou o segredo do segredo inteiro (CARNEIRO, C., 2014).