Archive for the ‘Rock’ Category

Vinte anos se passaram desde que Pitty lançou Admirável Chip Novo, seu álbum de estreia. Vinte anos se passaram desde que “Máscara” causou estranhamento nas rádios e que revistas destinadas a adolescentes estampavam na capa que Pitty estava “de bode da fama”. Nesses vinte anos, quem apostou que Pitty se moldaria ao sistema e à fama errou feio; é como Residente diz no Vol. 49 do Bzrp Music Sessions: “una cosa es ser artista, otra cosa es ser famoso”. E Pitty é artista. E qual é o trabalho de um artista? Criar uma gama de sensações que possua consistência. Artistas criam afetos e a arte – nesse caso, a música – é a expressão através da qual ele se relaciona com o arrebatamento desses afetos. E isso não se faz do dia para a noite. É preciso cuidado, atenção, obstinação. É preciso que a obra transcorra em seu meio, que possua uma relação entre suas partes. Mesmo que pequena ou curta, ela diz algo – e nos passa algo.

ACN é um álbum de quase 40 minutos que em 16 de abril de 2003, data em que chegou às bancas e lojas de disco, nos passou uma gama de sensações. E no dia 22 de abril de 2023, no auditório Araújo Vianna, em Porto Alegre, nos foi apresentado na ordem e na íntegra, passando novas sensações. Para quem viu a turnê do disco em 2004 e para quem ainda não tinha tido a oportunidade de vê-lo, ouvi-lo e senti-lo ao vivo, pudemos todos entender o porquê de esta ser uma das obras musicais mais consistentes do começo dos anos 2000.

Foto: Vic Martins

Preciso, de saída, avisar: ACNXX não é um espetáculo de arquivo. Não é um show nostálgico. Não somos transportados para 2003; é Pitty quem traz o ACN para 2023, transformando a celebração de vinte anos deste álbum em um espetáculo contemporâneo. Dividido em três atos e com direção da própria, ACNXX é um show com começo, meio e fim, mas com espaço para improvisos. (Vá ver, não vou dar spoilers dos atos 2 e 3.)

Seja no começo do show com o áudio de uma ligação entre Pitty e Rafael Ramos, nas transições com áudios de gravações de uma demo – ou, ainda, nos quadros cênicos de “Emboscada” sob uma luz que a cerca e, na sequência, com a obcecante performance de “Do Mesmo Lado” atrás de um tecido de voal, que cria uma dinâmica como se estivesse dentro de uma caixa transparente (provocando AFU o nosso imaginário [eu poderia passar horas observando aquela cena]), Pitty confirma que, enquanto artista, busca sempre adquirir mais ferramentas para criar sensações e para encontrar novos mundos. Para ela e para nós, público. Ela faz isso ao pensar na iluminação, no caminhar pela passarela, na imposição da voz, na construção do setlist, na forma de tocar guitarra. Falando em guitarra, isso sim acaba sendo uma lembrança do boom do álbum em 2003: uma guria tocando guitarra que mostrava que podemos ser viscerais sem nos rendermos à banalidade; sermos lascivos através do rock – e especialmente através do roll, como ela bem lembrou durante o show –, e que a tríade baixo-guitarra-bateria (com Paulo Kishimoto, Martin Mendonça e Jean Dolabella, respectivamente) segue estimulando pelo que de mais vibrante tem.

Em ACNXX, Pitty cavocou, esculpiu e criou um novo grupo de sensações onde todos nós mergulhamos. Deve ter dado um baita trabalho. Assim como o próprio ACN. E vinte anos depois ele ainda está aí, carregando uma parte do infinito, totalmente pertencente ao mundo.  

Quando reeditaram a obra da Hilda Hilst e o primeiro livro lançado foi A obscena senhora D, o organizador, na apresentação, escreveu: “é uma pancada justa, certeira, para apresentá-la sem meias medidas aos leitores potenciais, capazes dela”. Capazes dela. Capazes de absorver as inquietações, os delírios, a ironia e o hermetismo de Hilda. Com as devidas singularidades de cada obra, mas, vá lá: me parece que com o ACN, em 2003, Pitty também foi apresentada para quem era capaz dela – especialmente se lembrarmos o momento em que o rock nacional se encontrava (e se acomodava). Pitty chegou com o pé na porta afirmando suas capacidades (e incapacidades) e arrebatou para/com ela toda uma geração que, junto, dizia: somos capazes de enfrentar as nossas limitações, capazes de questionar quem decidiu o que era feio; incapazes para fórmulas prontas, incapazes de concordar cegamente com o que dizem ser o correto, incapazes de dizer “amém”.

Vinte anos depois, em ACNXX, a artista atualiza e ressignifica esses mesmos posicionamentos, fixando antigos fãs e capturando uma nova geração que surge sedenta por identificação e voz própria. Afinal, o importante, ainda, é ser você.

Sei que a turnê recém começou e tem shows espalhados por todo o país. Tu confere as datas clicando aqui.

Outras fotos do show (todas por Vic Martins):

Foi no começo dos anos 2000 que a Reação Em Cadeia recebeu de Alexandre Fetter, da rádio Atlântida, a alcunha de “fenômeno”. Um fenômeno nas rádios, de público, de vendas. Mais de duas décadas depois, Jonathan Dörr, agora acompanhado por Thissi Bergmann, Elias Frenzel, Eduardo “Panda” Petry e Tiago Medeiros, subiu ao palco do Araújo Vianna, no dia 14 de abril, para apresentar este recomeço da banda.

Todo mundo sabe que nos últimos anos Jonathan se dedicou à carreira internacional à frente do Ego Kill Talent. Agora, o artista afirmou que a volta da Reação é um manifesto seu, pois essa é sua vida. Se, por um lado, o hiato foi importante pelas experiências proporcionadas pela carreira internacional, por outro também reconectou Jonathan à Reação Em Cadeia: “Me fez ver o quanto eu amo esse projeto, que é o projeto da minha vida”.

Para a alegria dos fãs, Jonathan foi cantar no meio da plateia (Foto: Vic Martins)

Isso fez com que Jonathan e sua nova trupe estivessem completamente on fire na última sexta-feira; também, não era pra menos, um auditório completamente lotado aguardava pra ver (e rever) a banda. Na plateia, fãs novos, fãs antigos, casais que se formaram há 15 anos em um show da Reação, pais levando seus filhos para conhecerem a banda preferida.

Não é todo dia que uma banda formada em Novo Hamburgo, na região metropolitana de Porto Alegre, esgota os ingressos de um dos auditórios mais importantes da capital. Isso mostra a força que a Reação sempre teve – e ainda tem, mesmo após quase sete anos de hiato. Pela gana mostrada pela banda e pela paixão mostrada pelo público, que chorava, gritava, e se emocionava a cada canção, arrisco dizer que a Reação volta ainda com mais força do que em meados dos anos 2000. Isso porque tem um público fiel, consolidado, que reativou – e criou – incontáveis fã-clube nas redes sociais, e também pela renovação do público, que está descobrindo a banda nas plataformas digitais (nessa semana, a Reação está na capa da playlist Pátria Rock, no Spotify, tendo em primeiro lugar o novo single, “Canção da Despedida”).

Pela prévia que tivemos no Araújo Vianna, esse retorno da Reação vai dar o que falar.

E a agenda da banda está a todo vapor! Você pode conferir tudo clicando aqui.

Nesta sexta, o grupo Reação em Cadeia sobe ao palco do Araújo Vianna com a turnê ATÉ PARAR DE BATER. O setlist conta com todos os hits “Me Odeie”, “Espero”, “Eu Não Pertenço A Você”, “Quase Amor” e “Infierno” que marcaram gerações no Brasil. Ingressos mediante disponibilidade na Sympla.

SOBRE A TURNÊ

O fenômeno do rock brasileiro está de volta. Após um hiato de seis anos, Jonathan Dörr retoma o projeto musical de sua vida, a Reação Em Cadeia, para brindar os fãs com novas músicas e clássicos hinos que rodaram o Brasil nas primeiras décadas dos anos 2000 e que, mesmo durante a pausa, nunca saíram das playlists do público.

Durante o hiato, Jonathan dedicou-se à banda Ego Kill Talent, da qual se separou em 2022, e durante oito anos tocou nos maiores festivais do Brasil, dos Estados Unidos e da Europa, dividindo palcos e estúdios com lendas internacionais como Foo Fighters, Metallica, Pearl Jam e System Of A Down. “Finquei bandeiras pelo mundo, conheci ídolos, realizei sonhos. E agora é um novo momento para focar na Reação e colocar ela no lugar que ela pertence”, frisa Jonathan. Essa bagagem soma a uma nova postura, de assumir a banda como seu projeto de vida. “Eu sempre fui um cara que teve o sonho de ter uma banda, fazer parte, mas na Reação é mais do que isso. E essa volta é um manifesto meu, essa é a minha vida”, acrescenta.

Juntam-se a Jonathan Dörr na formação da Reação Em Cadeia para essa nova fase os músicos Thissi Bergmann, Elias Frenzel, Eduardo “Panda” Petry e Tiago Medeiros, e o retorno acontece no palco de um dos maiores festivais de música do Brasil, e onde já fez história em diversas edições: o Planeta Atlântida. E, a partir dessa apresentação, a Reação está de volta à estrada para levar seus hinos – e também novas canções – para todo o Brasil.

SERVIÇO:

Onde: Auditório Araújo Vianna (Avenida Osvaldo Aranha, 685) 
Quando: 14 de abril de 2023, sexta-feira, a partir das 21h30
Abertura da casa: 19h 
Classificação: 16 anos 

Lote 1:

Plateia Alta Lateral: 
Inteira Solidária (todas as pessoas podem comprar mediante a doação de 1kg de alimento não perecível): R$ 60
Meia entrada (desconto de 50%): R$ 55
Clube ZH (desconto de 50%): R$ 55
Inteira: R$ 110

Plateia Alta Central: 
Inteira Solidária (todas as pessoas podem comprar mediante a doação de 1kg de alimento não perecível): R$ 80 
Meia entrada (desconto de 50%): R$ 75
Clube ZH (desconto de 50%): R$ 75
Inteira: R$ 150

Plateia Baixa Lateral: 
Inteira Solidária (todas as pessoas podem comprar mediante a doação de 1kg de alimento não perecível): R$ 100 
Meia entrada (desconto de 50%): R$ 95
Clube ZH (desconto de 50%): R$ 95
Inteira: R$ 190

Plateia Baixa Central: 
Inteira Solidária (todas as pessoas podem comprar mediante a doação de 1kg de alimento não perecível): R$ 120 
Meia entrada (desconto de 50%): R$ 115
Clube ZH (desconto de 50%): R$ 115
Inteira: R$ 230 

Plateia Gold: 
Inteira Solidária (todas as pessoas podem comprar mediante a doação de 1kg de alimento não perecível): R$ 150  
Meia entrada (desconto de 50%): R$ 145
Clube ZH (desconto de 50%): R$ 145 
Inteira: R$ 290

Lote 2:   

Plateia Alta Lateral: 
Inteira Solidária (todas as pessoas podem comprar mediante a doação de 1kg de alimento não perecível): R$ 80 
Meia entrada (desconto de 50%): R$ 75
Clube ZH (desconto de 50%): R$ 75
Inteira: R$ 150

Plateia Alta Central:  
Inteira Solidária (todas as pessoas podem comprar mediante a doação de 1kg de alimento não perecível): R$ 100
Meia entrada (desconto de 50%): R$ 95
Clube ZH (desconto de 50%): R$ 95 
Inteira: R$ 190   

Plateia Baixa Lateral:  
Inteira Solidária (todas as pessoas podem comprar mediante a doação de 1kg de alimento não perecível): R$ 120  
Meia entrada (desconto de 50%): R$ 115 
Clube ZH (desconto de 50%): R$ 115 
Inteira: R$ 230 

Plateia Baixa Central:  
Inteira Solidária (todas as pessoas podem comprar mediante a doação de 1kg de alimento não perecível): R$ 150
Meia entrada (desconto de 50%): R$ 145 
Clube ZH (desconto de 50%): R$ 145 
Inteira: R$ 290 

Plateia Gold:  
Inteira Solidária (todas as pessoas podem comprar mediante a doação de 1kg de alimento não perecível): R$ 180
Meia entrada (desconto de 50%): R$ 175
Clube ZH (desconto de 50%): R$ 175
Inteira: R$ 350  

Lote 3: 

Plateia Alta Lateral:  
Inteira Solidária (todas as pessoas podem comprar mediante a doação de 1kg de alimento não perecível): R$ 100
Meia entrada (desconto de 50%): R$ 95 
Clube ZH (desconto de 50%): R$ 95 
Inteira: R$ 190    

Plateia Alta Central:  
Inteira Solidária (todas as pessoas podem comprar mediante a doação de 1kg de alimento não perecível): R$ 120
Meia entrada (desconto de 50%): R$ 115 
Clube ZH (desconto de 50%): R$ 115
Inteira: R$ 230  

Plateia Baixa Lateral:  
Inteira Solidária (todas as pessoas podem comprar mediante a doação de 1kg de alimento não perecível): R$ 140  
Meia entrada (desconto de 50%): R$ 135
Clube ZH (desconto de 50%): R$ 135 
Inteira: R$ 270 

Plateia Baixa Central:  
Inteira Solidária (todas as pessoas podem comprar mediante a doação de 1kg de alimento não perecível): R$ 180
Meia entrada (desconto de 50%): R$ 175 
Clube ZH (desconto de 50%): R$ 175
Inteira: R$ 350

Lote 4: 

Plateia Alta Lateral:  
Inteira Solidária (todas as pessoas podem comprar mediante a doação de 1kg de alimento não perecível): R$ 120
Meia entrada (desconto de 50%): R$ 115
Clube ZH (desconto de 50%): R$ 115 
Inteira: R$ 230

Plateia Alta Central:  
Inteira Solidária (todas as pessoas podem comprar mediante a doação de 1kg de alimento não perecível): R$ 140
Meia entrada (desconto de 50%): R$ 135 
Clube ZH (desconto de 50%): R$ 135 
Inteira: R$ 270

Plateia Baixa Lateral:  
Inteira Solidária (todas as pessoas podem comprar mediante a doação de 1kg de alimento não perecível): R$ 160  
Meia entrada (desconto de 50%): R$ 155 
Clube ZH (desconto de 50%): R$ 155
Inteira: R$ 310 

Plateia Baixa Central:  
Inteira Solidária (todas as pessoas podem comprar mediante a doação de 1kg de alimento não perecível): R$ 210
Meia entrada (desconto de 50%): R$ 205
Clube ZH (desconto de 50%): R$ 205
Inteira: R$ 410

Lote 5:  

Plateia Alta Central:  
Inteira Solidária (todas as pessoas podem comprar mediante a doação de 1kg de alimento não perecível): R$ 160
Meia entrada (desconto de 50%): R$ 155 
Clube ZH (desconto de 50%): R$ 155
Inteira: R$ 310 

Plateia Baixa Lateral:  
Inteira Solidária (todas as pessoas podem comprar mediante a doação de 1kg de alimento não perecível): R$ 180  
Meia entrada (desconto de 50%): R$ 175
Clube ZH (desconto de 50%): R$ 175 
Inteira: R$ 350 

Plateia Baixa Central:  
Inteira Solidária (todas as pessoas podem comprar mediante a doação de 1kg de alimento não perecível): R$ 210 
Meia entrada (desconto de 50%): R$ 205
Clube ZH (desconto de 50%): R$ 205 
Inteira: R$ 410

* Os alimentos deverão ser entregues no Auditório Araújo Vianna, no momento da entrada ao evento. 
** Para o benefício da meia-entrada (50% de desconto), é necessária a apresentação da Carteira de Identificação Estudantil (CIE) na entrada do espetáculo. Os documentos aceitos como válidos estão determinados na Lei Federal 12.933/13. 

Demais descontos: 
* 50% para idosos: Lei Federal 10.741/03 – obrigatória apresentação de identidade ou documento oficial com foto. 
* 50% para jovens pertencentes a famílias de baixa renda: Lei Federal 12.933/13 – obrigatória apresentação da Carteira de Identidade Jovem e de documento oficial com foto. 
* 50% para pessoas com deficiência (e acompanhante quando necessário): Lei Federal 12.933/13 – obrigatória apresentação do Cartão de Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social da Pessoa com Deficiência ou de documento emitido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). 
* 50% para doadores regulares de sangue: Lei Estadual n° 13.891/12 – obrigatória apresentação de documento oficial válido e expedido pelos hemocentros/bancos de sangue. 
* 50% para sócio do Clube do Assinante ZH. 

Pontos de venda: 

Online: www.sympla.com.br/araujovianna

Informações: 
www.araujoviannaoficial.com.br
www.facebook.com/araujoviannaoficial
www.instagram.com/araujoviannaoficial
www.instagram.com/maiaentretenimento
www.twitter.com/araujovianna_

51 3211-2838

Realização: Maia Entretenimento  

Promoção: Rede Atlântida e Clube do Assinante ZH

Fonte: Daniela Sangalli
Assessora de Imprensa – Opinião Produtora
imprensa@opiniao.com.br

O álbum Admirável Chip Novo foi um marco na música brasileira por vários motivos. Um disco de rock de uma cantora e compositora baiana lançado por uma gravadora independente fez enorme sucesso em todo Brasil. Um primeiro single, um rock pesado, cantando por uma mulher com o refrão “O importante é ser você mesmo que seja estranho, mesmo que seja bizarro”. Pitty apareceu não só marcando presença, mas abrindo caminho e sendo uma referência tanto para os artistas que viriam pela frente como para o público, que encontrava uma artista falando sobre assuntos que futuramente ganhariam ainda mais importância: feminismo, respeito às diversas existências, o excesso do culto à imagem e o controle da mídia, isso antes das redes sociais.

Vinte anos depois de seu lançamento, as músicas do Admirável Chip Novo (Deck), produzido por Rafael Ramos, são comentadas, discutidas e extremamente atuais, talvez mais atuais do que na época. Um disco que gerou muitos hits (“Teto de Vidro”, “Admirável Chip Novo”, “Máscara”, “Equalize”, “Semana que Vem” e “Temporal”, entre outras), que terminou o ano com um Disco de Platina (250 mil cópias vendidas), o prêmio de “Revelação” no Prêmio Multishow de Música Brasileira e o clipe da faixa-título como o mais pedido da MTV. A cantora também levou para casa os dois principais prêmios do VMB 2004: “Escolha da Audiência” e “Clipe de Rock”.

Foto: Caio Lírio

Por essas e outras, Pitty resolveu comemorar esse aniversário de 20 anos revisitando esse álbum, não num movimento saudosista, mas entendendo seu lugar no mundo em 2023. Batizada de ACNXX, a turnê vai rodar o Brasil, com o disco sendo tocado na íntegra com novos arranjos. “Não é para ser o que ele era em 2003, é para ser o que ele é agora, o que essas músicas representam hoje. Faremos novos arranjos, respeitando os originais, mas com elementos novos, usando as tecnologias disponíveis, interpretando o disco hoje”.

Pitty, que também assina a direção do show, será acompanhada por sua banda Martin Mendonça (guitarra), Paulo Kishimoto (baixo) e Jean Dolabella (bateria).

Além dos shows, os vinte anos de Admirável Chip Novo presenteará os fãs com outras surpresas, que em breve serão anunciadas. Aguarde um box especial cheio de novidades.

As datas confirmadas você pode encontrar aqui  https://www.pitty.com.br/agenda

Em Porto Alegre, o show está marcado para o dia 22 de abril, no Auditório Araújo Vianna, e os ingressos já estão disponíveis no Sympla. Confira, abaixo, o serviço completo:

SERVIÇO
Onde: Auditório Araújo Vianna (Avenida Osvaldo Aranha, 685)
Quando: 22 de abril 2023, sábado, a partir das 21h
Abertura da casa: 19h30
Classificação: 16 anos

Ingressos: atualização: ESGOTADOS

Lote 1:

Plateia Alta Lateral:
Inteira solidária (todas as pessoas podem comprar mediante a doação de 1kg de alimento não perecível): R$ 60
Meia entrada (desconto de 50%): R$ 55
Inteira: R$ 110

Plateia Alta Central:
Inteira solidária (todas as pessoas podem comprar mediante a doação de 1kg de alimento não perecível): R$ 70
Meia entrada (desconto de 50%): R$ 65
Inteira: R$ 130

Plateia Baixa Lateral:
Inteira solidária (todas as pessoas podem comprar mediante a doação de 1kg de alimento não perecível): R$ 90
Meia entrada (desconto de 50%): R$ 85
Inteira: R$ 170

Plateia Baixa Central:
Inteira solidária (todas as pessoas podem comprar mediante a doação de 1kg de alimento não perecível): R$ 140
Meia entrada (desconto de 50%): R$ 135
Inteira: R$ 270

Plateia Gold:
Inteira solidária (todas as pessoas podem comprar mediante a doação de 1kg de alimento não perecível):R$ 180
Meia entrada (desconto de 50%): R$ 175
Inteira: R$ 350

Lote 2:

Plateia Alta Lateral:
Inteira solidária (todas as pessoas podem comprar mediante a doação de 1kg de alimento não perecível): R$ 70
Meia entrada (desconto de 50%): R$ 65
Inteira: R$ 130

Plateia Alta Central:
Inteira solidária (todas as pessoas podem comprar mediante a doação de 1kg de alimento não perecível): R$ 90
Meia entrada (desconto de 50%): R$ 85
Inteira: R$ 170

Plateia Baixa Lateral:
Inteira solidária (todas as pessoas podem comprar mediante a doação de 1kg de alimento não perecível): R$ 110
Meia entrada (desconto de 50%): R$ 105
Inteira: R$ 210

Plateia Baixa Central:
Inteira solidária (todas as pessoas podem comprar mediante a doação de 1kg de alimento não perecível): R$ 160
Meia entrada (desconto de 50%): R$ 155
Inteira: R$ 310

Plateia Gold:
Inteira solidária (todas as pessoas podem comprar mediante a doação de 1kg de alimento não perecível):R$ 200
Meia entrada (desconto de 50%): R$ 195
Inteira: R$ 390

* Os alimentos deverão ser entregues no Auditório Araújo Vianna, no momento da entrada ao evento.
** Para o benefício da meia-entrada (50% de desconto), é necessária a apresentação da Carteira de Identificação Estudantil (CIE) na entrada do espetáculo. Os documentos aceitos como válidos estão determinados na Lei Federal 12.933/13.

Demais descontos:
* 50% para idosos: Lei Federal 10.741/03 – obrigatória apresentação de identidade ou documento oficial com foto.
* 50% para jovens pertencentes a famílias de baixa renda: Lei Federal 12.933/13 – obrigatória apresentação da Carteira de Identidade Jovem e de documento oficial com foto.
* 50% para pessoas com deficiência (e acompanhante quando necessário): Lei Federal 12.933/13 – obrigatória apresentação do Cartão de Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social da Pessoa com Deficiência ou de documento emitido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
* 50% para doadores regulares de sangue: Lei Estadual n° 13.891/12 – obrigatória apresentação de documento oficial válido e expedido pelos hemocentros/bancos de sangue.
* 50% para sócio do Clube do Assinante ZH.

Pontos de venda:
Bilheteria oficial (sem taxa de conveniência – somente em dinheiro):

Loja Planeta Surf Bourbon Wallig (Av. Assis Brasil, 2611 – Loja 249 – Jardim Lindóia – Porto Alegre)

Horário funcionamento: das 10h às 22h.

Online: https://site.bileto.sympla.com.br/araujovianna/

Informações: 
www.araujoviannaoficial.com.br
www.facebook.com/araujoviannaoficial
www.instagram.com/araujoviannaoficial
www.twitter.com/araujovianna_

Telefone: 51 3211-2838

Fontes:
Piky – Mariana Candeias
Assessora de Imprensa – Elemess

Daniela Sangalli
Assessora de Imprensa – Opinião Produtora

Se em 2022 o emo se tornou pauta por causa de um revival no cenário pop mundial, em Porto Alegre, ele prova que sempre se manteve ativo e que não vive apenas de nostalgia. No auge do sucesso, a Fresno, no último dia 18, levou milhares de fãs ao Araújo Vianna. Fãs novos, fãs velhos (os emos mais velhos do mundo, segundo o vocalista Lucas Silveira), fãs eventuais, fãs dos álbuns, fãs dos clipes, fãs do show (meu caso, como confessei no texto sobre o primeiro show que vi da banda).

Reforçando o que eu havia percebido em abril, a Fresno mira no futuro e nem de longe foca em um passado idealizado. A banda convida o público para celebrar uma herança compartilhada nas últimas duas décadas, com um desejo colossal de aproveitar aquele momento em comunhão, mas sempre sinalizando que eles ainda têm muito para viver e realizar.

Foto: Vic Martins

Intercalando clássicos da carreira como “Cada Poça”, “Diga”, “Quebre as Correntes” e “Milonga”, com sucessos do Vou Ter Que Me Virar, como “Fudeu”, “Casa Assombrada”, “Já Faz Tanto Tempo” e “Eles Odeiam Gente Como Nós”, Lucas (vocal e guitarra), Vavo (guitarra) e Guerra (bateria) – acompanhados por Lucs Romero (teclados), Tom Vicentini (baixo) e pela maravilhosa Michelle Abu (percussão), a banda, em perfeita sintonia com a plateia, confirma que nossas identidades são construídas historicamente, em ambientes sociais, através de pertencimentos coletivos. O emo não é apenas um movimento de mídia ou um estilo caracterizado através de um perfil em uma revista de adolescente. O emo, hoje, se consolida como uma das maiores subculturas do país, muito em função de artistas como Lucas Silveira terem tomado o rótulo para si, em um processo de afirmação e que, pasmem, está conquistando mais adeptos do que no começo dos anos 2000.

Apesar de manter as características fundamentais do gênero musical e de abastecer o íntimo dos fãs mais velhos que lotavam o Araújo Vianna, a Fresno caminha em direção a uma fase diferente – e complementar – da que apresentou para seu público 23 anos atrás. Se a banda já havia encontrado seu caminho de expressão e liberdade, com o VTQMV – e a turnê do VTQMV – esses pilares se incorporaram ao ideal de resistência e modernidade, formatando sua performance como uma das mais explosivas do rock nacional.  

E foi com essa performance explosiva, levando o público às lágrimas e às gargalhadas (vocês sabiam que os emos gaúchos se cagam rindo quando o Lucas fala alguma merda? Pois sim), numa troca mútua com a audiência, que a Fresno encerrou o melhor ano da carreira. E encerrou, também, os trabalhos desse blog em 2022.

Que venha 2023! Até o próximo show 😉