Archive for the ‘Indie’ Category

Natalia Nissen@_natiiiii

Na noite desta sexta-feira, 27, a Antonieta fez a tão aguardada reestreia no palco do Les Paul Rock Pub. Casa lotada de um jeito que eu ainda não tinha visto desde a inauguração e a banda com um repertório caprichado. O clima ainda contribuiu bastante e não espantou a galera que quis aproveitar a noite de música. Faltou interação com o público, mas isso vem com o tempo e experiência. Tinha visto a Antonieta tocar uma ou duas vezes, isso lá em 2010, e o tempo só fez bem, amadureceu, escolheu boas músicas e agora está muito melhor.

Nova formação da Antonieta fez bonito no palco do Les Paul (Foto: Natalia Nissen)

O que mais chamou atenção foi o repertório, souberam valorizar o vocal feminino e escolheram músicas diferentes que dificilmente outras bandas tocam por aqui, Antonieta tem uma pegada meio Copacabana Club. Nunca pensei em ouvir Katy Perry e Lady Gaga num pub de rock and roll, mas nem só de pop a noite foi feita, também rolou The Beatles, The Doors, Nirvana, Amy Winehouse e até The Pretty Reckless (Make Me Wanna Die foi a que mais me surpreendeu e curti pra caramba). A proposta da Antonieta é fazer uma música mais dançante e conseguiu fugir do padrão sem perder a classe.

Ontem à tarde a banda participou de uma coletiva de imprensa na Vitrola e disponibilizou o novo single “23:59”. A ideia é conquistar o mercado de música europeu e a música foi feita visando esse objetivo, agora é esperar e ver o resultado. A produção de “23:59” é de Adriano Cintra (ex-Cansei de Ser Sexy).

O single “23:59” está disponível aqui.

The Dø é calmaria e boa música

Posted: 05/04/2011 in Indie, Pop
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Natalia Nissen@_natiiiii

The Dø é uma dupla franco-finlandesa, formada por Olivia Bouyssou Merilahti e Dan Levy, que faz um som com misturas de pop, folk e até música eletrônica. O primeiro álbum do duo foi lançado em 2008, e em março saiu o “Both Ways Open Jaws”. O novo disco tem 13 canções, todas elas com a voz doce e marcante de Olivia; em certos momentos essa voz soa como Björk, ou Mallu Magalhães – centenas de vezes melhorada.

O casal The Dø (Foto: divulgação)

Algumas faixas do disco são mais enérgicas, porém, mesmo assim, têm um poder calmante indescritível. Dan Levy é multi-instrumentista e garante uma composição muito interessante de instrumentos a cada canção, percussão, saxofone, violino, e até mesmo o corpo como forma de expressão musical por meio das palmas, como na música “Bohemian Dances”. Vale a pena parar e ouvir atentamente ao álbum inteiro. As músicas são únicas, no entanto, o conjunto é agradável aos ouvidos sem ser uma mistura de instrumentos jogados de qualquer jeito dentro de um composto, o disco deixa evidente a sintonia entre o casal.

“The Calendar” tem uma melodia quase infantil, se é que me entendem. Bem estilo trilha sonora de  desenho animado. Já “B.W.O.J” tem um minuto e quarenta segundos de duração, começa como se estivesse arrastando o som e depois agita uma dancinha folk, até terminar vagarosamente com uns sons excêntricos. O álbum é de ouvir em dias de chuva, pura melancolia, mas vale para curtir também sem depressão porque as letras são até românticas (romantismo sem sofrimento). As harmonias vão “crescendo”, músicas calmas que não assustam os desprevenidos.

The Dø exige disposição dos ouvintes para interpretar os diferentes sons, mas recompensa a atenção com músicas trabalhadas e envolventes. Para quem ficar interessado em saber mais, eu indico assistir aos vídeos da dupla. Os videoclipes não são tão clichês e têm umas imagens bem diferentes. “Slippery Slope”, “To Insistent“, e “Stay” que não está no último álbum, mas o clipe é muito legal.