Carol Govari Nunes – @carolgnunes
A banda carioca Canastra apresenta em seus discos e shows uma mistura de surf music, rock, rockabilly, samba, jazz e MPB – uma mistura inusitada que vem dando certo desde 2004, ano em que a banda foi formada. Com dois discos lançados (“Traz a Pessoa Amada Em Três Dias” – 2004 e “Chega de Falsas Promessas” – 2007), o sexteto composto por Renato Martins – voz e guitarra; Rodrigo Barba – bateria; Eduardo Vilamaior – baixo acústico e voz; Fernando Oliveira – guitarra e trompete; Daniel Vasques- saxofone; Marco Serra Grande – trombone, encerrou há algumas semanas uma turnê pelo Nordeste brasileiro, mais precisamente Salvador, Camaçari, Vitória da Conquista, Natal, João Pessoa e Campina Grande.
Por e-mail, Daniel Vasques, saxofonista, me contou como foi tocar no Nordeste, além de falar sobre o cenário musical independente do Rio de Janeiro e os shows que fizeram no Rio Grande do Sul.
Confira, abaixo, nossa conversa:
The Backstage – Como foi a recepção do público em locais que vocês não tinham tocado antes?
Daniel Vasques – Muita gente conhecia as músicas e isso foi bem impressionante. Mas quem não conhecia gostou muito. Foi ótima a recepção do público em todos os lugares, vindo parabenizar depois dos shows e dançando durante.
TB – Como foi tocar com as bandas Camarones Orquestra Guitarristica, Vendo 147 e Maglore?
DV – A Camarones a gente já conhecia da Feira da Música de Fortaleza ano passado. É sempre bom tocar com eles. O som deles é excelente, de um peso maravilhoso. A Maglore e Vendo 147 a gente conheceu em Salvador e adoramos os sons. O clima das canções da Maglore é muito interessante, e a formação e a ideia musical da Vendo 147 são inusitadas e muito boas.
TB – Foram quantos dias fora de casa, rodando e fazendo shows?
DV – 13 dias fora de casa o que, normalmente, já é bastante cansativo. E dessa vez não foi diferente. Por sorte, fomos muito bem recebidos onde chegávamos, e isso facilitou a viagem.
TB – Como está o cenário de bandas independentes no Rio de Janeiro?
DV – Do jeito que a gente tem viajado no ano passado, e enfurnados em estúdio como estamos esse ano pra gravar o terceiro disco, é difícil dar muita atenção ao cenário independente do Rio. Eventualmente a gente esbarra com uns amigos de casa na estrada e é sempre muito divertido.
TB – Falando em bandas e músicas independentes, a internet tem sido o melhor meio de divulgação, atualmente. Como vocês utilizam essa ferramenta? Vi que agora o Twitter e Facebook estão linkados… O que aparece em um, aparece no outro…
DV – Foi difícil fazer a operação de linkar o twitter com o facebook porque o QI de internet da banda é bem baixo. Mas finalmente conseguimos. A internet é o maior e mais eficiente meio de divulgação de qualquer coisa. Bandas, trabalhos executivos, produções artísticas. A melhor forma de se exibir é através da internet. A gente ainda está engatinhando nesse processo, mas estamos correndo atrás porque sem internet, hoje em dia, não se consegue muito.
TB – Soube que vocês estão gravando disco novo. Pode nos adiantar alguma coisa? Tem previsão para lançamento?
DV – Estamos tocando algumas músicas do disco novo já em shows. No nordeste fizemos sempre “Ensimesmado”, que é uma das músicas que mais faz sucesso, antes mesmo do lançamento do disco. A previsão de lançamento é para o segundo semestre desse ano. O disco, por enquanto, só tem um mote: “Confie em Mim”.
TB – Já tocaram no Rio Grande do Sul? Alguma possibilidade de turnê passar por aqui em 2011?
DV – Tocamos no Rio Grande do Sul em 2009. POA e Santa Maria. Viagem longa… Muitas horas de ônibus… Mas adoramos e, claro, temos muita vontade de voltar para lançar o disco novo aí. Estamos na torcida e na batalha pra isso acontecer.