Carol Govari Nunes – @carolgnunes
O surgimento do MP3 apresentou diferentes possibilidades de venda e distribuição de música. Será o fim das músicas na televisão, das críticas em jornais impressos e audiências radiofônicas? Televisores, jornais e rádios têm suas características específicas e são altamente consumidos pela sociedade de massa, mas não podem atender a todos os pedidos e curiosidades de cada indivíduo. Já na internet, há uma convergência de todos esses outros meios de comunicação. Além da música de cada banda, podemos ver também suas fotos, seus shows, saber mais de suas vidas e, cada vez mais, esses artistas interagem com o público.
Vender música hoje em dia está se tornando uma tarefa cada vez mais difícil. O download, que é feito por um grande público, simplesmente mudou a maneira como música é produzida e vendida.
Todos sabem que o comércio de música digital é uma realidade, e a maior vantagem disso é poder conhecer bandas que, talvez, não teriam espaço através da tradicional prensagem de CD. Essa nova forma que é tão útil para as bandas, também proporciona um conforto para o consumidor comum, que hoje em dia possui muita facilidade em encontrar tudo o que procura.
Estratégias de divulgação
Para uma boa divulgação, essas bandas atuantes no cenário underground utilizam os mais variados canais que estão disponíveis na rede, buscando fazer chegar seu som ao maior número de pessoas, pois desde a década de 90 (quando houve essa revolução), nunca foi tão fácil conhecer bandas novas e, no caso dos músicos, mostrar seu trabalho.
Uma ótima divulgação pode ser feita pela internet utilizando ferramentas gratuitas e até mesmo custos de gravação das músicas podem ser reduzidos, graças aos estúdios caseiros e seus softwares de produção e edição.
As ferramentas que as bandas mais utilizam para divulgar suas bandas são: MySpace, Youtube, FaceBook, Orkut, Tramavirtual entre outras.
A maior onda do momento é o Twitter: milhões de bandas e pseudo-celebridades estão fazendo fama através dos 140 caracteres. Dentro desse novo espaço as bandas encontraram outro meio instantâneo para divulgar seu trabalho.
Selo Independente
Em relação aos produtos físicos mais utilizados nesse meio, os EPs e CDs independentes são aqueles em que a banda mesmo grava, trabalha em cima disso e ganha pela venda, fazendo ela mesma a divulgação, marketing e distribuição. Ou seja, não há investimento e contrato de uma grande gravadora com o artista. Então surge o Selo Independente, onde a banda arca com todos os custos e recebe integralmente o lucro das vendagens.

Nancy Viégas salienta a importância da internet para chegar até seu público (Foto: Caroline Bittencourt)
Sobre a disponibilização de CDs e EPs inteiros na internet, os músicos dizem o seguinte:
– É o que tem hoje e o que salva o artista independente que não tem um selo. Então você pode produzir uma parada na sua casa e minutos depois colocar na internet. Pronto, já está ali pro teu público sacar na hora – diz Nancy Viégas, cantora e compositora baiana.
A internet possibilitou uma convergência de todas as outras mídias: na rede virtual temos acesso de vídeos de televisão e textos que foram impressos, ou seja, somos bombardeados de informações por todos os lados, e essas bandas devem saber utilizar todas as ferramentas disponíveis a seu favor, com respeito e responsabilidade. E nós, consumidores, agradecemos.