Carol Govari Nunes – @carolgnunes
A música do dia vem direto de 2002, do álbum “Outubro ou nada”, da banda Bidê ou Balde. Com essa chuvinha, quem é que quer sair da cama? A letra da música é praticamente minha biografia: “E eu sempre acordo tarde, então não me chama / que tal passa a vida inteira dormindo mais que a cama?”. Ultimamente tenho sido uma pessoa mais diurna, mas durante muitos anos cultivei o (feliz) hábito de dormir até (bem) tarde – com chuva ou sem chuva.
A música cita o clima inglês e é completada pela coerência presente nas letras de todos os álbuns da Bidê ou Balde. Aliás, me identifico muito com o “Outubro ou nada”. “O antipático”, por exemplo, com sua agradável melodia e afetuosa letra dizendo “Eu não vou ficar sorrindo só pra ganhar a sua atenção / pare de tentar vencer do jeito mais prático” sempre disse muito sobre minha discreta personalidade.
Na verdade, minha identificação com a Bidê ou Balde vem desde “Se sexo é o que importa, só o rock é sobre amor”, de 2000, até “Eles são assim. E assim por diante”, de 2012. Já falei isso aqui umas mil vezes, mas em dias tão chatos do politicamente correto, de mensagens melosas, harmonias batidas, bandas palatáveis e completamente sem irreverência, letras que rimam “conselho” com “joelho” (ouça “Não adianta chorar”) são sempre bem vindas.
“Hollywood”, “É preciso dar vazão aos sentimentos”, “Back to quinze”, “Senhor promotor”, “Madonna”, “Lucinha”, “A-há”, “Tudo é preza”, “Coisinhas nojentas de amor”, “(Eu te amo) Lucinda” são as que me vem na cabeça, agora. Então a “música do dia” praticamente passou a ser a “banda do dia”, mas foi impossível colocar pra tocar só “Adoro quando chove”, a discografia inteira veio de brinde. É que hoje acordei meio Bidê ou Balde.
Como sempre digo, às vezes acordo meio “embidêzado”…
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