Carol Govari Nunes – @carolgnunes
No início de 2011, O Cascadura volta aos palcos em projeto que incentiva a doação de sangue, fazendo shows gratuitos no Pelourinho (Salvador – Bahia) em quatro domingos de janeiro, ao lado de Dubstereo, Vendo 147, Velotroz e Maglore.
A música está em constante movimento. É esta experiência que o Cascadura vive em seus mais de 18 anos de estrada: uma trajetória que se sustenta em compromisso artístico e na atuação firme dentro do cenário independente nacional. Agora, para voltar aos palcos após um ano de reclusão dedicado aos processos de gravação do quinto álbum da carreira, o Cascadura retoma o projeto Sanguinho Novo, que tão bem representa esta conduta.
Baseado nas ideias de renovação, circulação, troca e parceria, o Sanguinho Novo assume a atitude de compartilhamento tanto no viés artístico quanto no social. Assim, o Cascadura inicia 2011 com uma série de quatro shows gratuitos nos domingos de janeiro (dias 9, 16, 23 e 30), no Largo Tereza Batista (Pelourinho), sempre às 17 horas, dividindo espaço com expoentes da música soteropolitana contemporânea – Dubstereo, Vendo 147, Velotroz e Maglore – e incentivando o ato solidário da doação de sangue entre os jovens. “Da junção dessas duas características, moldamos o conceito de um evento onde música, bem como o sangue em nosso corpo, circula e se renova”, resume Fábio Cascadura, vocalista e guitarrista da banda.
Sempre atento a oferecer ao público boas novidades e a contribuir para que a produção musical local se mantenha atrativa e em atividade constante, o Cascadura lançou este projeto em 2008, convidando a então iniciante banda Vivendo do Ócio – hoje um destaque do rock brasileiro. Formatar esta iniciativa foi consequência da tradição do Cascadura de apresentar nomes promissores: nos idos de 1993, por exemplo, trouxe o inesquecível The Dead Billies para o palco. Depois, o mesmo aconteceu com Dinky Dau, Inkoma, Sangria, Lacme, dentre outras. “Desde a formação da banda, criamos o hábito de somar forças com outros artistas e, depois que atingimos um certo patamar de exposição, passamos a abrir espaço para aqueles que estavam iniciando suas carreiras. Essa é uma política do Cascadura, um compromisso que temos com a nossa ética”, afirma Fábio.
A troca entre anfitriões, convidados e público, um fator motivador e positivo para todos eles, se alia à campanha de doação de sangue, numa parceria entre o projeto e a Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia (HEMOBA). Com stand montado no local, o HEMOBA estará disponível para esclarecimentos e fazendo pré-cadastro para interessados em se voluntariar. “A ideia de realizar um projeto que lembrasse às pessoas da necessidade constante do ato de doar sangue veio até nós através das frequentes mensagens encaminhadas pela internet de solicitação de sangue para amigos, parentes, conhecidos”, explica Fábio Cascadura, que estimula: “Já doei sangue algumas vezes e sei que este é um procedimento simples, praticamente indolor, que toma pouco tempo e que pode salvar vidas. É um ato de cidadania, de respeito à vida”.
Batizado de “Sanguinho Novo” também em referência a um disco lançado nos anos 1990 em tributo ao músico, compositor e cantor Arnaldo Baptista, o projeto, nesta edição, se realiza com apoio concedido pelo edital “Tô no Pelô – Apoio à Dinamização Artístico-Cultural do Pelourinho”, parte do programa Pelourinho Cultural, do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), vinculado à Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA).
Cascadura em novo show
Afastado dos palcos desde janeiro de 2010, quando encerrou a turnê do disco “Bogary”, o Cascadura apresenta os novos caminhos em que sua música vai se inserir, numa mostra prévia do que será o “Aleluia”, quinto álbum da banda, a ser lançado em 2011. “Vamos ligar aquilo que já temos como marca a possibilidades ainda não usadas, referências à música e à cultura soteropolitanas traduzidas pela argumentação da banda”, adianta Fábio Cascadura, que indica que, além de canções e sucessos da carreira, o CASCADURA irá apresentar, em primeira mão, músicas inéditas do novo trabalho.
A concepção do “Aleluia”, cujos bastidores de produção e gravação estão sendo compartilhados no blog “A Ponte” (em www.bandacascadura.com), busca o conceito viável que justaponha a personalidade artística do grupo e um discurso novo, que dialoga com as mais diversas esferas da cultura da cidade de Salvador. Coproduzido pela mesma dupla do disco anterior – andré t e Jô Estrada –, o “Aleluia” trará novas possibilidades sonoras, novos timbres, novos temas e abordagens, tanto líricas quanto rítmicas, melódicas e harmônicas. Esta produção conta com financiamento conquistado através do edital “Apoio à Produção de Conteúdo em Música”, da Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB).
SERVIÇO
Sanguinho Novo: Cascadura + 4 bandas baianas pela doação de sangue
Domingos de janeiro, 17 horas
Largo Tereza Batista – Pelourinho
Gratuito
09/01 – Cascadura e Dubstereo
16/01 – Cascadura e Vendo 147
23/01 – Cascadura e Velotroz
30/01 – Cascadura e Maglore
Realização: Piano Forte | Murilo Fróes Produções
Apoio: Hemoba | Pelourinho Cultural
Apoio financeiro: IPAC | Fundo de Cultura da Bahia | Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia | Secretaria de Cultura do Estado da Bahia
Informações:
71 9127-7803
Conheça um pouco das bandas convidadas:
Dubstereo: Analógico e digital, moderno e vintage, groovado e sintético, local e global. Esses são os adjetivos que traduzem o som que o Dubstereo, coletivo baiano fundado há três anos, vem produzindo. No canto falado dos vocalistas, a cadência do rap e do repente, a originalidade das letras que falam da vida vivida nas ruas através de crônicas do cotidiano. Na batida pulsam sons como o afrobeat, o drum’n’bass e o hip hop. No grave, o groove fervente do funk, encaixado como um mantra nas melodias. A harmonia dos teclados traz o som industrial dos anos 1990 jamaicanos. O Dubstereo com toda a certeza tem a Jamaica como fonte de inspiração. Não apenas no nome, que faz menção à mais orgânica das músicas eletrônicas [o Dub], mas na base de todo o seu instrumental. Tomando como referência clássicos riddims [bases instrumentais], o grupo descobriu a fórmula para misturar o bom e velho reggae com uma porção de outras coisas.
Vendo 147: Primeira banda brasileira a apresentar o “clone drum” – ou seja, ter dois bateristas dividindo o mesmo bumbo, simultaneamente –, a Vendo 147 faz som instrumental, tocado pelo quinteto Glauco Neves e Dimmy ‘O Demolidor’ Drummer – os “bateristas-clones” –, Pedro Itan e Duardo Costa nas guitarras e Caio Parish no baixo. Apesar de não querer ser rotulada, é inegável dizer, pelo menos, que a banda toca rock. Rock de verdade, como dizem alguns roqueiros velhos, órfãos, saudosistas. Rock bem tocado. Atual, mas com um leve toque de ontem. Virtuoso, sem ser chato. Rock pra quem odeia e pra quem adora rock. Pra suíços e baianos. Criada em 2009, a Vendo 147 já tem um produtivo histórico e vem se destacando em festivais e eventos em todo o país.
Velotroz: Surgida no início de 2007, a banda Velotroz tem influência de diversos ritmos, inclusive o Axé. Chama atenção do público tanto pela performance explosiva do vocalista Giovani Cidreira quanto pela alegria das músicas. Com guitarras assumindo papel relevante e fazendo o peso nas composições, violão construindo clima melódico e intimista e elementos percussivos incorporados em algumas canções, as apresentações da Velotroz são sinônimo de diversão. A boa aceitação só incentiva seus componentes – ao lado de Giovani no vocal e no violão, estão Tássio Carneiro (guitarra e teclados), Danilo Anes (guitarra), Caio Araújo (baixo) e Jeferson Dantas (bateria) – a serem ainda mais criativos. “Parque da Cidade”, o EP de estreia da Velotroz, mostra em oito faixas um trabalho que soa único e universal ao mesmo tempo.
Maglore: Em agosto de 2009, nascia a banda que logo se tornaria um expoente do cenário independente baiano. A Maglore propõe a sinestesia musical entre cores e sons, trazendo elementos musicais de vários cantos do mundo: da espontaneidade da música popular brasileira à classe do rock britânico, aliadas a letras sinceras. O resultado disso é um rock tropical. Formada por Nery Castro (contrabaixo), Igor Andrade (bateria), Leo Brandão (guitarra, teclado e vocais) e Teago Oliveira (guitarra, voz) – este também responsável pelas composições –, a Maglore começou a sua carreira com “Cores do Vento”, seu primeiro EP, produzido por Jorge Solovera. Em menos de um ano de estrada, a banda conseguiu acumular vitórias em concursos de música, como o Festival FUN MUSIC (SP), o Desafio das Bandas (BA) e o iBahia Garage Band, através de votação popular, que rendeu uma apresentação no Festival de Verão Salvador 2010.
Fonte: Assessoria de Imprensa – Banda Cascadura
Paula Berbert
(71) 9127-7803
paula@marcatexto.com.br
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[…] do cenário da Bahia nos últimos anos – realiza mais uma edição do projeto batizado Sanguinho Novo. Além de entreter e levar música de graça para a população, o Cascadura transmite a […]
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