Archive for the ‘Videoclipes’ Category

Carol Govari Nunes@carolgnunes

Clipe de “Sai do sério” estreia amanhã (Divulgação)

Amanhã, dia 15, às 21h, os Acústicos & Valvulados lançam o 6º clipe do “Grande Presença” no hotsite http://rockmendigo.com.  Com muita cachaça, rock e frango frito, “Sai do sério” mostra os Acústicos encarnando mendigos neste clipe que é produzido pela Marquise 51 e Mico & Jegue Falc. Algumas das participações no clipe são ou já passaram por aquele prédio (onde também funciona a Rádio Putzgrila) na Cristovão Colombo, 51, como Daniel Pellin, Denise Pereira, Larissa Tavares, Manu Menezes, Rafael Cony, Rudel Gamon e Véio Romualdo.

E, afinal, o que é o “Rock Mendigo”? Diz a banda que “o principal é sacar que não se trata de uma invenção – é uma conclusão! Tipo, conclusão de que o rock sempre foi aquele mendigão simpático, que de vez em quando consegue furar a festa de debutantes da música popular…Bem naquela hora em que o segurança tá distraído com a mãe de uma das gurias. Mas, logo depois de pegar um champanhe e um canapé, ele é gentilmente reconduzido ao seu lugar de origem: a sarjeta. Lendas urbanas à parte, a existência do Rock Mendigo apenas confirma aquela máxima que diz que “os Deuses do Rock exigem sacrifícios constantes!”.”

Junto com o clipe, os Acústicos lançam uma promoção: a banda vai presentear um fã com uma tattoo oferecida pelo Frankenhaus Tattoo Parlour (ali na Coronel Genuíno, no bar/estúdio de tattoo do Dado), em Porto Alegre. Pode ser o logotipo da banda ou um trecho de uma letra. Basta acessar o site no dia/hora/local e conferir os detalhes.

Carol Govari Nunes@carolgnunes

O objeto que desencadeou toda essa história (Foto: Carol Govari Nunes)

Eu não notava a diferença entre um abajur e uma luminária até me mudar para Portugal. Em Frederico Westphalen eu tenho uma luminária: lâmpada fluorescente, luz branca, clara, boa para ler, dar foco, enxergar melhor. A casa onde moro, aqui em Faro, já estava toda mobiliada quando cheguei, e no meu quarto havia um abajur. Eu não me lembro de ter um abajur desde que era muito criança. O meu era colorido e peixinhos ficavam girando ao redor da lâmpada. Depois da luminária (e das lâmpadas fluorescentes, em geral), ficou tudo muito claro, muito limpo, muito nítido. Tudo parece uma farmácia. Eu sei, devemos economizar energia e as lâmpadas fluorescentes são mais econômicas e têm maior durabilidade, mas só aqui fui valorizar o toque intimista que o abajur dá em um quarto – ou em qualquer lugar em que ele esteja. Pode parecer idiotice, mas a penumbra portuguesa me faz querer chorar de tão confortável que eu me sinto. O abajur ilumina, mas não grita, assim como todas as luzes da cidade velha aqui em Faro.

Você pode estar pensando que eu sou louca por escrever sobre isso em um blog de música e que deveria escrever no diário que eu nem tenho. A verdade é que nem sei onde eu quero chegar com esse assunto. Talvez eu não chegue a lugar algum, são apenas coisas da minha cabeça, até porque o Agridoce ainda não lançou o disco. Eu pensei em esperar o CD da dupla sair para postar, mas acredito que não faria tanto sentido – pelo menos não pra mim. Além do mais, o The Backstage nunca foi um blog de furos de reportagens, “Extra! Extra!”, nunca nos preocupamos em postar primeiro ou seguir um critério vazio de cumprimento de pautas só porque “está acontecendo no momento”.

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As luzes da cidade velha aqui em Faro, na Freguesia da Sé, bairro onde eu moro (Foto: Carol Govari Nunes)

Ok, nem estou tão fora assim, já que “Dançando”, primeiro single oficial do Agridoce, saiu há alguns dias, porém, eu só consegui ouvir agora, devido a um problema na internet da minha casa. Assim como “Upside Down”, que não sai do repeat desde então. Músicas de abajur.

Pitty nunca foi lá muito “luminária” e agora com o Agridoce isso está mais notável. Martin também e isso eu já havia percebido no “Dezenove vezes amor”, onde pudemos ver o guitarrista como letrista e cantando pela primeira vez.

Se eu pudesse escolher como gostaria de ver o show do Agridoce, escolheria um lugar com poucas luzes e uma plateia silenciosa. Por favor, não coloquem holofotes na cara dos músicos, não peçam para cantar “Memórias”, esqueçam que “Me Adora” existe, não gritem, não decomponham o clima. Se não for pedir demais, aplaudam apenas nos intervalos, me deixem ouvir e sentir o que está acontecendo no palco. Mas é lógico que esse show só existe na minha cabeça pensante ao lado do abajur do meu quarto semiescuro, but’s ok, eu vou superar esse pensamento até o dia em que conseguir ver o show deles. Ou não.

Sei que o CD tá chegando e sorte de quem já garantiu o seu na pré-venda. Eu vou comprá-lo quando voltar para o Brasil, gosto bastante da dupla, mas o frete pra cá não é muito barato (então já fica o meu pedido para que alguma alma boa o coloque para download).

Também estou curiosa pra ver as imagens que o Otavio Sousa fez durante as gravações. Talvez eu nem escreva por aqui sobre o lançamento do CD, mas aposto que tem coisa boa vindo por aí.

(Aí eu escrevi isso ontem a noite e eles resolvem lançar um clipe hoje. Não vou modificar nada se não isso aqui vai virar uma folia, mas veja abaixo o lindo clipe):

Carol Govari Nunes@carolgnunes

Lançado no final do ano passado, o videoclipe de “Só Agora”, da cantora Pitty, circula pelas primeiras posições da MTV, além de ter passado de trezentas mil visualizações no youtube.

Dirigido por Ricardo Spencer, que tinha em punho uma Super 8mm, o clipe de “Só Agora” foi filmado em uma chácara em São Paulo, onde foram capturados momentos da banda, filhos e amigos próximos.

Cantora e diretor durante as gravações do clipe (Foto: Otavio Sousa)

Passados quase dois meses do lançamento, sonhei com cenas do vídeo. Curioso, pois o assisti poucas vezes, revendo só hoje. Na noite em que foi lançado, mandei um email para o diretor contando as sensações que as cenas tinham me causado – “uma montanha-russa de emoções”, disse a ele.

Ricardo Spencer também dirigiu os clipes de “Memórias” (junto com Alexandre Guena), “Deja Vu” e “Me Adora”, além do “Sessões Anacrônicas”, documentário sobre as gravações do disco Anacrônico (também com Alexandre Guena), o making of do “(Des) Concerto ao vivo” e “Chiaroscope”, uma espécie de home movie do disco Chiaroscuro.

Tendo isso para analisar, sentir e simplesmente ver, todas essas produções causam em mim, como espectadora, uma montanha-russa de emoções. Na verdade, um parque de diversão de emoções. Para que serve a arte, senão para divertir, sentir, se jogar? Pois esse é o tipo de arte que te acelera, excita, aperta o peito, surpreende e arrepia os pelos do corpo inteiro.

Spencer também dirigiu o clipe da música “Me Adora”, com mais de um milhão de views no youtube (Foto: Otavio Sousa)

Talvez o trabalho de Spencer vista tão bem as músicas da Pitty porque a música dela causa justamente esse sentimento meio (meio?) montanha-russa, não se encaixando no conceito de indústria musical que a mídia nos mostra. Ninguém esperava todo o experimentalismo do Chiaroscope, nem a música “Só Agora” como single e o estilo do clipe que assistimos. Acho isso curioso e lindo, porque o que mais vemos são bandas idênticas e com músicas idênticas, tudo produzido para ser absorvido da maneira mais fácil pelo público.

Acredito que vender com originalidade, não fazer o que todo mundo faz e, mesmo assim, crescer, conquistar espaço, é uma grande vitória para qualquer artista, independente do ramo.

Sobreviver em um meio que deseja e consome um acervo de coisas palatáveis demanda lutar bravamente contra essa previsibilidade artística, tão presente em nossos aparelhos de rádio e televisão.

É bom perceber que ainda há artistas lutando contra isso.

Débora Giese@dee_boraa

Apesar de estar em momento de pausa na carreira, a banda The Killers se reuniu para gravar o single natalino de 2010. A música chama-se “Boots” e foi lançada nos Estados Unidos em 30 de novembro e o videoclipe, dirigido por Jared Hess, nesta quinta-feira, dia 2 de dezembro.

A tradição de criar música natalinas começou em 2006. “A Great Big Sled“, “Don’t Shoot Me Santa“, “Joseph, Better You Than Me” e “¡Happy Birthday Guadalupe!” são as canções lançadas em anos anteriores. “Boots” está disponível para compra no itunes e cada vizualização, a Starbucks vai contribuir com R$0,85. O dinheiro arrecadado será para ajudar a combater a AIDS na África.

Os fãs se perguntam sobre o fato de só o Brandon Flowers (vocalista da banda que lançou álbum solo esse ano) aparecer no videoclipe indicaria o fim do The Killers. A curitibana Patricia Cristina, estudante, comenta que “esperava muito mais do clipe. A música soa pra mim como um single natalino do Flamingo, eu vejo só o Brandon e não consigo imaginar The Killers ali. Preferia então que ele não aparecesse, como em Guadalupe.”

Resta-nos aguardar para saber se as “férias” do Killers serão permanentes ou não.

Veja o videoclipe de “Boots” e entre no clima natalino:

Josefina Toniolo@jositoniolo

Slash, ex- Guns N’ Roses e atual Velvet Revolver, é mestre no que faz e quanto a isso não há dúvidas. Neste ano mostrou mais uma vez sua genialidade ao lançar seu primeiro trabalho solo. Nomeado de “Slash”, o álbum, lançado em abril nos Estados Unidos, conta com várias participações pra lá de especiais. Com 14 faixas dignas de repeat, pode ser considerado um dos grandes lançamentos do ano.

Arte da capa do disco (Divulgação)

Há coisas que só o gosto pela boa música pode explicar. Quem diria que Ozzy Osbourne, Fergie e Adam Levine, com características tão distintas, fariam parte de um mesmo CD? E pior, quem diria que isso ficaria realmente bom? Pois é, o Slash merece esses créditos.

Depois de ouvi-lo dezenas de vezes e ler algumas críticas cheguei a conclusão de que, talvez, o único defeito do disco seja a falta de identidade. Isso acontece pela troca de vocalista a cada faixa, mas não chega a ser algo tão grave que diminua a genialidade dessa obra.

O CD possui desde músicas agitadas até baladas, passando pelo clima característico dos trabalhos do Ozzy e por uma faixa instrumental super bacana. As composições são muito interessantes e os riffs e solos são geniais. Não era de se esperar menos do Slash, o cara sabe o que faz. E pelo que parece se esforçou para dar o melhor de si nesse disco e conseguiu!

O guitarrista com o vocalista Adam Levine (Foto: Divulgação)

Se você curte baladas, daquelas de apenas ouvir com os olhos fechados, curtindo toda a calmaria, “Gotten”, “Promise”, “Starlight” e “Saint is a Sinner Too” são boas opções. Mas não se engane, não se tratam de melodias iguais, com vocais chorosos e enjoados. Cada uma traz alguma singularidade e esse é um dos méritos do disco. Adam Levine (Maroon 5), Chris Cornell (Soundgarden), Myles Kennedy (Alter Bridge) e Rocco Deluca emprestaram suas vozes e um pouco dos seus estilos para essas canções.

A “Promise” é a mais agitada, quase foge a minha “pseudo-classificação”, a “Saint is a Sinner Too” é a mais tranquila, praticamente um Rivotril 2mg. Já a “Gotten” gruda na mente, como todas as músicas do Adam Levine, mas é gostosa de se ouvir e a “Starlight” é daquelas de chorar, gritar e afogar as mágoas em um pote de sorvete.

Agora, se você quer música para bater cabelo e pular a noite inteira tem também: “Doctor Alibi”, “I Hold On”, “We’re All Gonna Die”. Com Lemmy Kilmister (Motörhead) , Kid Rock e Iggy Pop, respectivamente, dão conta do recado. E não era pra menos, com nomes de peso como esses não há como ficar parado. Nem que seja apenas batendo o pézinho, mesmo que involuntariamente, seu corpo vai fazer-lhe entrar no clima.

Desse trio eu destacaria uma simplesmente por seu refrão incrivelmente fácil de decorar e cantar: “Doctor Alibi” na voz poderosa de Lemmy fica na cabeça o resto do dia: “Doctor, there’s nothin’ wrong with me! Doctor, doctor, can’t you see? Doctor, I ain’t gonna die. Just write me an alibi!

Com um clima quase que de faroeste, daqueles que nos fazem querer apenas um conversível, uma estrada e um bom rock, “Ghost”, “By the Sword” e “Back from Cali” acariciam os ouvidos. Gravadas em parceria com Ian Astbury (The Cult), Andrew Stockdale (Wolfmother) e Myles Kennedy (Alter Bridge) em sua segunda participação no álbum, são aquelas músicas típicas para viajar com o som a todo volume, sem pressa alguma de chegar.

Encontro de mestres: Slash e Ozzy Osbourne (Foto: Divulgação)

A parte mais pesada e obscura fica por conta de Ozzy Osbourne e M. Shadows (Avenged Sevenfold).  A “Crucify the Dead” começa calminha e logo todo o poder da voz inconfundível de Ozzy toma conta do ambiente. Não há muito o que falar sobre ela, são “apenas” dois dos maiores mestres do rock em uma música envolvente, dessas que dá vontade de apenas fechar os olhos, acender um cigarro e ouvir. Curtindo cada nota, cada sílaba…

A “Nothing to Say” também tem um pouco desse clima “das trevas”, mas é mais acelerada e o M. Shadows com seu vocal meio rouco e ritmado, gritado em algumas partes dá um charme a mais para a música. Se você está meio estressado, ouça e sinta o poder das guitarras tomando conta do seu ser.

Entre todas essas obras fonográficas há uma surpresa: uma música totalmente instrumental. Ótima, diga-se de passagem e que não é cansativa como esse tipo de som costuma ser. “What This Dave” foi feita em parceria com o Dave Grhol (Foo Fighters) e com, o ex-colega de Guns, Duff Mckagan. A música é intensa e em momento nenhum sente-se a falta de vocais, pois apenas os instrumentos já bastam para torná-la irresistível.

Por último, mas não menos importante, vem a maior polêmica do álbum: Fergie (Black Eyed Peas). Imaginá-la cantando rock era algo impossível, pelo menos para mim. E não é que ela dá conta do serviço? E olha que sou meio preconceituosa com vocal feminino… Na Beautiful Dangerousa cantora conseguiu deixar muita vocalista de rock no chinelo. Ela tem a manha, sabe o que faz. Ouso dizer que entende mais do negócio que o Fiuk. O resultado, é claro, foi excelente.

Slash e Fergie: a dupla polêmica (Foto: Divulgação)

E com esse álbum, o Slash provou que não há fronteiras para a boa música. E também, que mesmo muitos anos depois do auge da sua carreira, ele continua sendo mestre no que faz e servindo de inspiração para muitos iniciantes, apreciadores e até veteranos do rock.

Depois de toda essa apresentação, trago uma notícia “fresquinha” para vocês. Essa madrugada,  há 2 horas atrás, o Slash divulgou em seu twitter que o clipe da “Beautiful Dangerous” será lançado no canal Veevo do site YouTube, dia 28 de outubro. Então, se você curtiu a proposta e as músicas do novo trabalho do cara, fica ligado! E vamos esperar para ver quais as surpresas do vídeo dessa mistura inusitada de um disco pra lá de diversificado.