Carol Govari Nunes – @carolgnunes
Tenho um constante choro engasgado desde a morte do Nico Nicolaiewsky. Na verdade, desde a morte do Coutinho, a morte do Nico só intensificou isso e me deixou imobilizada a ponto de não conseguir escolher as palavras pra me manifestar. Desde então, fico ensaiando mentalmente para escrever sobre “A vida é confusão”, música que ficou martelando na minha cabeça no dia 7 de fevereiro, e como a Fernanda Takai a deixou mais bela, mais triste, mais profunda e mais delicada. Me permito fazer uma mistura de canções nesse texto, já que o que me impulsionou a escrever foi “Seu Tipo”, novo single da Fernanda Takai, que foi disponibilizado para download ontem à tarde. Como de costume, uma música leva à outra e “Seu tipo” me levou a “A vida é confusão”, ou seria o contrário?
Não sei, só sei que as duas foram feitas para a voz da Fernanda. Talvez seja uma heresia da minha parte e Nico que me perdoe, mas “A vida é confusão” fica perfeita e encaixa tanto na voz da Fernanda que chega a doer. Já “Seu tipo”, parceria de Fernanda e Pitty, não poderia ser cantada senão por Fernanda. A delicadeza, a suavidade, a doçura; a melodia, o timbre, os elementos sonoros (ouça no fone de ouvido), a métrica, a afinação.
Como às vezes a verdade dói demais e eu sou do tipo que pergunta o signo, esse texto pode não fazer sentido algum para quem está lendo. Eu entendo. A vida é mesmo confusão e eu sou do tipo que ainda tem memória, que não sabe se foi por ti ou por mim, que guarda sigilo e que não sabe de nada. Só que a vida vai seguir e que os deuses vão dançar.
[…] aquelas pessoas que choram mais em shows do que em outras ocasiões, não tem jeito. Primeiro, com “A vida é confusão” (não dá, não consigo, não sei lidar) e depois quando Kraunus Sang entrou correndo no palco, […]
GostarGostar