8, 15 e 22 de junho, das 17h00 às 18h30
Evento online
Inscrições gratuitas até 8 de junho: https://forms.gle/GJSsSuBz6kgytRsm6
Com a chegada do coronavírus no Brasil, além das crises social, econômica, política e sanitária, enfrenta-se ainda uma crise cultural. Festivais de música, festas, shows, qualquer tipo de evento presencial que envolva música está impedido de ocorrer para que se evite aglomerações. Com isto, a expectativa é que o setor da música seja um dos últimos a retornar ao normal. Enquanto isso, surgem novas formas de compartilhar experiências musicais: multiplicam-se as lives em redes sociais; varandas de apartamento viram palcos voltados às janelas vizinhas; playlists têm picos de acesso devido ao aumento de pessoas reclusas em seus domicílios. Além do universo musical, a paisagem sonora urbana também se modificou: ora o som dos automóveis cede lugar a panelaços e palavras de ordem entoadas pela janela; ora buzinaços pela reabertura do comércio ressoam no lugar dos congestionamentos.
Diante desse cenário desafiador, o Instituto Federal do Rio Grande do Sul – Campus Alvorada e a Linha de Pesquisa Semiótica e Sonoridades (SemSono), em conjunto com pesquisadores brasileiros de música e comunicação de diversas universidades e instituições do país oferecem o seminário gratuito Som e música em tempos de pandemia.
O evento ocorrerá no formato de três mesas de debate online, em três segundas-feiras seguidas, nos dias 8, 15 e 22 de junho, das 17h00 às 18h30, através da plataforma online do IFRS. Certificados serão emitidos aos participantes que se inscreverem (link acima) e estiverem presentes em pelo menos dois dos três encontros.
PROGRAMAÇÃO
As lives como estratégias de fruição em tempos de pandemia
Segunda-feira, 8/6, 17h00-18h30
Adriana Amaral (Unisinos); Thiago Soares (UFPE); Simone Pereira de Sá (UFF); Marcelo Bergamin Conter (IFRS); Victor de Almeida Pires (UFAL); Mario Arruda (UFRGS)
Moderador: Tobias Queiroz (UERN)
O webencontro tem por objetivo levantar questões sobre as “lives musicais” enquanto fenômeno comunicacional que se consolidou no contexto da pandemia de covid-19. Aspectos ligados à indústria da música, à estética, às sonoridades, à produção de afetos e de sociabilidades, e das materialidades das lives serão exploradas pelos palestrantes.
Cultura de conectividade, distopia e música em tempos de ambientação digital
Segunda-feira, 15/6, 17h00-18h30
Jeder Janotti Jr (UFPE); Nadja Vladi (UFRB); Tobias Queiroz (UERN)
Moderadora: Simone Pereira de Sá (UFF)
Este webencontro tem o objetivo de discutir as interconexões e reconfigurações do consumo da música em tempos de pandemia no Brasil. A partir de observações em redes sociais buscamos refletir as relações entre diferentes ambientes de consumo musical e suas articulações através de práticas de compartilhamento, like/deslike/ e sistemas de recomendação, bem como, os aspectos estéticos dos ecossistemas digitais. Buscaremos observar a materialização destas questões nos agenciamentos de categorização e gênero musical a partir das experiências de algumas lives de cantor (es) (as) e rappers buscando entender as negociações e disputas que atravessam os recortes de gênero, raça, classe e território no acesso aos conteúdos musicais em tempos de cultura digital.
Músicas e sons que ecoam nas cidades – outras sensibilidades em tempos de pandemia e distopia
Segunda-feira, 22/6, 17h00-18h30
Jess Reia (McGill University); Cíntia Sanmartin Fernandes (UERJ); Pedro Marra (UFES); Simone Luci Pereira (UNIP)
Moderador: Micael Herschmann (UFRJ)
Ao longo da pandemia atual, enquanto as cidades estão mais silenciosas, assistimos de certa maneira a presença de ondas sônicas difusas de diversos tipos, as quais ecoam com frequência e nos mobilizam nos territórios. Por exemplo, têm-se acompanhado vários registros de atores cantando, tocando, dançando e (re)produzindo música nos balcões e varandas das urbes do país e do exterior. Ao mesmo tempo no Brasil, por conta de uma enorme crise, é possível identificar a realização de forma bastante recorrente de diversas manifestações políticas que ganham expressão significativa na forma de “panelaços” e “janelaços”. Assim, constata-se que vêm se produzindo durante a pandemia processos de sensibilização e de construção de relevantes conexões socioculturais e políticas temporárias que se materializam através de “manifestações sonoras presenciais mais distanciadas”, as quais (re)constroem processos de reterritorialização urbanos potentes.
Organização:
Marcelo Bergamin Conter (IFRS); Simone Pereira de Sá (UFF); Tobias Queiroz (UERN); Juliana Henriques Kolmar (IFRS); Eric Lima Pedott (IFRS)
Instituto Federal do Rio Grande do Sul – Campus Alvorada (IFRS)
Linha de Pesquisa Semiótica e Sonoridades (SemSono)
McGill University (Canadá)
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)
Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos)
Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Universidade Federal Fluminense (UFF)
Universidade Paulista (UNIP)
Tem como assistir as palestras do dia 08/06, ainda?
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oi João, tem sim. estão todas disponíveis no youtube. só jogar o nome do seminário lá que tu acha 🙂
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