Música do dia: The Shangri-Las – I Can Never Go Home Anymore

Posted: 22/10/2012 in Sixties
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Carol Govari Nunes@carolgnunes

Minha música do dia é praticamente a música da semana e do último mês. Gosto muito dessas girlbands dos anos 60 e The Shangri-las é a minha favorita. “I can never go home anymore” é um relato típico da adolescência: uma garota se apaixona por um guri na escola, mas sua mãe diz que ela é muito nova para o amor, então ela abandona a casa de seus pais por causa do namorado. Tudo dá errado, mas seu orgulho a impede de voltar para casa and that’s called ‘sad’.

Todas as letras das Shangri-Las trazem esse melodrama juvenil, entoando tragédias amorosas como, por exemplo, mortes, abandonos, decepções, solidão, saudade e tantos outros temas ligados ao sofrimento de um coração partido.

Na verdade, elas tinham PhD nesses temas. As canções falam de muita, muita dor e isso é facilmente percebido nos hits”Give Him a Great Big Kiss”, “Out in the Streets”, “Give Us Your Blessings”, “Long Live Our Love”, “He Cried”, só para citar alguns, os quais você encontra nesses “Greatest Hits” para download. Um dos hits que eu não posso deixar de citar (que é um dos meus favoritos e quase roubou a vez de “I can never go home anymore”) é “Remember (Walking in the sand)”: essa sim tem MUITA dor no timbre de voz e nos arranjos durante toda a canção. Só ouvindo para entender o que eu estou dizendo. Jeff Beck fez uma versão dessa música no “Rock’n’roll Party” com a Imelda May nos vocais. Morro mil vezes com essa música.

The Shangri-Las, para contextualizar a história do grupo, foi formado por quatro meninas: duas irmãs gêmeas chamadas Marie e Margie, e outras duas irmãs chamadas Betty e Mary. Elas foram descobertas no Queens, em Manhattan, e instruídas pelo grande produtor George Morton, emplacando sucesso logo no primeiro trabalho lançado. Tudo isso no início de 1964, quando elas tinham por volta de apenas 15 anos, dá pra acreditar? Vozes marcantes e abatidas vindo de adolescentes.

Infelizmente o grupo teve vida curta, encerrando suas atividades em 1968. Mas as músicas continuaram sendo relançadas em coleções e “The Best Of”, partindo o coração de apaixonados por esse ritmo melancólico e amargurado. Lindo.

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